Jornalismo com seriedade

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Tamanha cara de pau!




Roseana, Lula, Lobão e a trupe lançando a pedra fundamental de uma refinaria que não produz sequer óleo de peroba
Assustados com o esqueleto que queriam esconder debaixo do tapete, a sarneysada reagiu com ares de escândalo a iniciativa responsável do governo Flávio Dino em contratar uma empresa de segurança privada para garantir o terreno, que faz parte do patrimônio público, onde seria construída a refinaria de Bacabeira.
Apostavam que o abandono e o tempo levassem ao esquecimento mais um crime da ex-governadora Roseana Sarney na região, assim como acontecera com o pólo de confecção de Rosário, hoje entregue às moscas que sobrevoam apenas as lembranças de poucos, especialmente dos membros das associações comunitárias, que apostaram na promessa e acabaram com o nome no Serasa por dívidas com o Banco do Nordeste.
Depois de consumir R$ 1,5 bilhão exclusivamente com terraplanagem e a constatação de que tudo não passou de um golpe eleitoral para iludir os maranhenses com promessas de empregos e desenvolvimento, a Petrobras devolveu o terreno para o Estado.
– Neste momento, estamos todos juntos começando a construir uma nova etapa na história do Maranhão – disse Lula em janeiro de 2010, ao lado de Roseana e Lobão, durante o lançamento da pedra fundamental do empreendimento, orçado em R$ 40 bilhões, então o maior da América da Latina.
Enquanto a Petrobras gastava cerca de R$ 15 milhões por ano para preservar e manter vigilância na área, o governo Flávio Dino fez um contrato emergencial de R$ 1,5 milhão pelos mesmos serviços, o suficiente para a conclusão de uma licitação, até que se chegue a bom termo as negociações com investidores internacionais para a implantação de novos projetos que realmente favoreçam a população maranhense.
Este é que é o grande problema.
Ao dar finalidade ao terreno e os benefícios daí decorrentes será fixado na memória da população de maneira real, o que ali poderia ter sido e não foi, dando a devida dimensão da responsabilidade do regime Sarney pela miséria do Maranhão.
Sem a comparação com o presente, as ruínas das obras abandonadas são apenas registros do passado.
E assim a família Sarney e seus sócios continuam transitando numa boa, colocando a cabeça no travesseiro desprovidos de qualquer resquício de consciência; sentimento tolo, criado para substituir a falta de bens materiais por princípios morais e dar sentido à vida de quem não tem dinheiro e poder.
Mas, nem mesmo se os 600 mil barris diários previstos para a refinaria fossem de óleo de peroba seriam suficientes para ilustrar tamanha cara de pau!

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Tribunal solta Ribamar Alves






Ribamar Alves está preso desde o dia 30 de janeiro no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, quando foi acusado de cometer o crime de estupro contra uma estudante


O Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA) determinou, na manhã desta quinta-feira (25), a soltura imediata do ex-prefeito de Santa Inês, Ribamar Alves.
O pedido foi julgado por três desembargadores da 2ª Câmara Criminal do TJ. Dois deles, sendo Zé Luís e João Santana votaram a favor da soltura. Já, o magistrado Vicente de Paula votou contra.
O desembargador João Santana entrou na votação em razão do impedimento do também desembargador José Bernardo de julgar o caso.
Ribamar Alves está preso desde o dia 29 de janeiro no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, quando foi acusado de cometer o crime de estupro contra uma estudante.

Homem é velado em bar



Homem é velado em bar com cerveja liberada e roda de samba

Noel Rosa já dizia “Quando eu morrer/ Não quero flores/ Nem coroa com espinho / Só quero choro de flauta / Violão e cavaquinho”. Esse também era o desejo de Gleisson Silva, boêmio famoso de Cachoeiro de Itapemirim, que foi velado em um bar, rodeado de amigos, com cerveja liberada e muito samba até o sol raiar.
Gleisson morreu aos 68 anos, era casado há 44 anos e tinha quatro filhos. Flamenguista doente e portelense de coração, Seu Gleisson era dono de um bar no bairro Ilha da Luz há mais de 30 anos.
“Meu pai, quando ia ao velório de algum amigo, voltava triste e cabisbaixo. E ele sempre dizia: ‘no meu velório não quero tristeza, quero samba, quero ser velado dentro do bar'”, conta Glaucio Fragosos da Silva, 42 anos, filho e atual dono do bar.
Fã de um baralho e de uma cerveja, Gleisson teve o pedido atendido. Segundo a família, ele teve um acidente vascular cerebral na terça-feira de Carnaval, após uma viagem para Cabo Frio, no Rio de Janeiro, e foi internado em um hospital da cidade. Dois dias depois, Gleisson sofreu três paradas cardíacas e acabou falecendo na manhã de sexta-feira (12).
O corpo de Gleisson chegou ao bar às 11 horas do mesmo dia para ser velado. Amigos e familiares de Vitória, do Rio de Janeiro e de Cachoeiro começaram a aparecer, numerosos. “Acho que ao todo, entre idas e vindas, umas três mil pessoas passaram para ver meu pai. É muito bom saber que seu pai quando morre é bem quisto”, conta Glaucio.
Com o grande número de visitantes chegando para prestar as últimas homenagens ao Seu Gleisson, a rua na frente do bar foi rapidamente tomada de pessoas e carros. A comoção foi tão grande que a Guarda Municipal teve que intervir para impedir que o trânsito fosse totalmente bloqueado.
Velório
O sol foi baixando e os amigos do samba foram chegando, cada um trazendo seu instrumento. Em uma roda de samba improvisada, eles tocaram os clássicos do samba que tanto agradavam ao falecido. “Quando o negócio animava demais alguém gritava ‘fala baixo que vai acordar o veio'”, lembra Glaucio.
O batuque seguiu noite adentro e só parou de manhã, quando era a hora de levar o corpo para sepultamento. Gleisson Silva foi enterrado no cemitério municipal do Coronel Borges por volta das 8 horas da manhã de sábado (13).
No total, foram consumidas 11 caixas de litrão de cerveja, 20 caixas de latão e 15 litros de cachaça. Tudo de graça, para chorar a morte do bon vivant. “Foi muito bom ver todo mundo, receber as pessoas que meu pai tanto gostava. Era uma pena que ele não pode aproveitar com a gente”, conclui o filho