Jornalismo com seriedade

sábado, 27 de fevereiro de 2016

FHC será investigado pela Polícia Federal



Jornalista diz que ex-presidente usou empresa para bancá-la no exterior.
FHC afirma que nunca usou empresas para fazer remessas internacionais.

Do G1, em Brasília

O Ministério da Justiça divulgou nota nesta sexta-feira (26) na qual informou que a Polícia Federal determinou a abertura de um inquérito para investigar "eventuais ilícitos criminais" que tenham sido cometidos pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.

A nota do ministério afirma que o inquérito vai tramitar em sigilo e terá como base reportagem publicada pelo jornal "Folha de S.Paulo" na qual a jornalista Miriam Dutra diz que FHC utilizou uma empresa para bancá-la no exterior, assim como o filho dela, cujo pai, segundo a jornalista, é o ex-presidente (veja reportagem do Jornal Nacional ao final deste texto). De acordo com Miriam Dutra, essa empresa era a Brasif Exportação e Importação, concessionária à época do governo FHC das lojas duty free nos aeroportos brasileiros.

Em nota divulgada na última sexta-feira (19), o ex-presidente afirma que "nunca utilizou qualquer empresa, exceto bancos, para a remessa de recursos a pessoas no exterior. Todas  as remessas internacionais que realizou obedeceram estritamente a lei, foram feitas a partir de contas bancárias declaradas e com recursos próprios resultantes de seu trabalho. Não tem fundamento, portanto, qualquer ilação de ilegalidade". A nota diz que Fernando Henrique Cardoso "lamenta o uso político de uma questão pessoal".

A jornalista vive no exterior desde 1991, e as transferências, segundo ela, foram feitas por meio da assinatura de um contrato fictício de trabalho.

Segundo tal contrato, ela teria de fazer análise de mercado em lojas convencionais e de duty free. Miriam Dutra, entretanto, disse ao jornal que jamais pisou em uma loja para trabalhar. Mesmo assim, recebia a quantia de US$ 3 mil mensais.

Leia abaixo a íntegra da nota divulgada pelo Ministério da Justiça.


O Ministério da Justiça informa que a Polícia Federal, no âmbito das suas competências constitucionais, determinou nesta sexta-feira (26), a abertura de inquérito para apurar a ocorrência de eventuais ilícitos criminais noticiados por Mirian Dutra Schimidt, em matéria publicada pela Folha de São Paulo, na coluna Monica Bergamo, no último dia 17 de fevereiro de 2016. O inquérito tramitará em sigilo, na forma da legislação em vigor.

Vixiiiiii!!! PF faz operação no Maranhão



Vixiiiiii!!!
PF faz operação no Maranhão para investigar fraudes em obras da ferrovia Norte e Sul

A Polícia Federal deflagrou, nesta sexta-feira (26), uma operação baseada em dados obtidos no acordo de leniência e colaboração premiada da empreiteira Camargo Correa, uma das investigadas da Operação Lava Jato, que apura esquema de corrupção na Petrobras. A operação se chama “O Recebedor”. Segundo a polícia, há suspeita de pagamento de propina nas obras das ferrovias Norte-Sul e Integração Oeste-Leste.
Também são investigados crimes de cartel e lavagem de dinheiro fruto de superfaturamento das obras das ferrovias. As autoridades apuram suspeita de pagamento de propina a ex-diretores da Valec por construtoras que foram contratadas para as obras.
Agentes foram às ruas em seis estados (Paraná, Maranhão, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Goiás) e no Distrito Federal para cumprir 7 mandados de condução coercitiva (quando a pessoa é obrigada a ir à delegacia prestar depoimento) e 44 de busca e apreensão.
Um dos mandados de condução coercitiva é para José Francisco das Neves, o Juquinha, ex-presidente da Valec (empresa estatal ferroviária ligada ao MInistério dos Transportes). Em 2012, ele foi preso na Operação Trem Pagador. Segundo a polícia, o nome “O Recebedor” é uma referência à Trem Pagador.
Segundo o Ministério Público Federal de Goiás, que também atua na operação, a propina era disfarçada por pagamentos regulares feitos por contratos simulados a um escritório de advocacia e duas empresas sediadas em Goiás.
Ainda de acordo com o MPF/GO, a Camargo Correa admitiu ter pago R$ 800 mil a Juquinha.Só no estado, as autoridades calculam que o esquema desviou R$ 630 milhões dos cofres públicos.
A defesa de José Francisco das Neves que a operação de hoje se refere aos mesmos fatos em apuração na ação penal da Trem Pagador. O advogado Luís Rassi disse que ainda analisa os dados novos das investigações.
A operação desta sexta é o segundo desmembramento da Lava Jato. O primeiro foi a Operação Cratons, realizada em dezembro de 2015. Na ocasião, a PF investigou crimes ambientais e comércio ilegal de diamantes extraídos de terras indígenas da etnia dos cinta-larga, em Rondônia.
Na capital paulista, a PF foi à sede da construtora Constran, ligada à UTC, empreiteira de Ricardo Pessoa, um dos principais delatores da Lava Jato.
No Rio de Janeiro, houve busca e apreensão na construtora Odebrecht, também investigada na Lava Jato.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Tamanha cara de pau!




Roseana, Lula, Lobão e a trupe lançando a pedra fundamental de uma refinaria que não produz sequer óleo de peroba
Assustados com o esqueleto que queriam esconder debaixo do tapete, a sarneysada reagiu com ares de escândalo a iniciativa responsável do governo Flávio Dino em contratar uma empresa de segurança privada para garantir o terreno, que faz parte do patrimônio público, onde seria construída a refinaria de Bacabeira.
Apostavam que o abandono e o tempo levassem ao esquecimento mais um crime da ex-governadora Roseana Sarney na região, assim como acontecera com o pólo de confecção de Rosário, hoje entregue às moscas que sobrevoam apenas as lembranças de poucos, especialmente dos membros das associações comunitárias, que apostaram na promessa e acabaram com o nome no Serasa por dívidas com o Banco do Nordeste.
Depois de consumir R$ 1,5 bilhão exclusivamente com terraplanagem e a constatação de que tudo não passou de um golpe eleitoral para iludir os maranhenses com promessas de empregos e desenvolvimento, a Petrobras devolveu o terreno para o Estado.
– Neste momento, estamos todos juntos começando a construir uma nova etapa na história do Maranhão – disse Lula em janeiro de 2010, ao lado de Roseana e Lobão, durante o lançamento da pedra fundamental do empreendimento, orçado em R$ 40 bilhões, então o maior da América da Latina.
Enquanto a Petrobras gastava cerca de R$ 15 milhões por ano para preservar e manter vigilância na área, o governo Flávio Dino fez um contrato emergencial de R$ 1,5 milhão pelos mesmos serviços, o suficiente para a conclusão de uma licitação, até que se chegue a bom termo as negociações com investidores internacionais para a implantação de novos projetos que realmente favoreçam a população maranhense.
Este é que é o grande problema.
Ao dar finalidade ao terreno e os benefícios daí decorrentes será fixado na memória da população de maneira real, o que ali poderia ter sido e não foi, dando a devida dimensão da responsabilidade do regime Sarney pela miséria do Maranhão.
Sem a comparação com o presente, as ruínas das obras abandonadas são apenas registros do passado.
E assim a família Sarney e seus sócios continuam transitando numa boa, colocando a cabeça no travesseiro desprovidos de qualquer resquício de consciência; sentimento tolo, criado para substituir a falta de bens materiais por princípios morais e dar sentido à vida de quem não tem dinheiro e poder.
Mas, nem mesmo se os 600 mil barris diários previstos para a refinaria fossem de óleo de peroba seriam suficientes para ilustrar tamanha cara de pau!