Jornalismo com seriedade

terça-feira, 24 de maio de 2016

Temer anuncia confisco da poupança

Temer anuncia confisco da poupança


temer_confiscoO governo provisório de Michel Temer (PMDB), nesta terça (24), anunciou o confisco da poupança do pré-sal denominada Fundo Soberano. Ele também declarou intenção de reduzir investimentos da saúde e educação e em financiamentos à produção.
O fundo soberano é uma reserva criada em 2008, no governo Luiz Inácio Lula da Silva, cujo saldo chega a R$ 2,4 bilhões.
A poupança soberana era constituída pela sobra do superávit primário que existia naquele momento e com royalties do petróleo. A ideia era utilizar esses recursos para momentos de crise econômica.
Além do confisco da poupança, Temer e o ministro interino da Fazenda, Henrique Meirelles, anunciaram medidas para acalmar o mercado especulativo. Dentre elas, o “confisco” de R$ 100 bilhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), que serão devolvidos ao Tesouro Nacional, isto é, reduzindo a capacidade de financiamento da produção.
O golpista Temer também reforçou a intenção de reduzir investimentos na saúde e na educação, limitando o orçamento, visando formar superávit para o pagamento de juros aos bancos

O Supremo Tribunal Federal continua mudo

Por que o Supremo está quietinho?

24 MAIO 2016 - 16:15 
jandiraO Supremo Tribunal Federal continua mudo e calado após ser puxado pelo ex-ministro do Planejamento, o senador Romero Jucá (PMDB-RR), para o centro do golpe de Estado que afastou a presidente eleita Dilma Rousseff (PT).
A corte máxima continua silente diante das conversas gravadas entre Jucá e o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, divulgadas ontem (23), nas quais o homem forte de Michel Temer (PMDB) diz que o impeachment seria para barrar as investigações da Lava Jato. Claro, conforme Jucá, com a providencial ajuda de ministros do STF.
Quem também está sumido é o procurador-geral Rodrigo Janot, apontado como sócio do golpe. O chefe do Ministério Público Federal tem feito vistas grossas às delações contra Temer na Lava Jato, por exemplo.
A respeito deste silêncio, a deputada Jandira Feghari (PCdoB-RJ) cobrou nesta terça (24), na sessão do Congresso, um pronunciamento oficial do Supremo acerca da revelação de Jucá. Ela acha muito esquisito esse mutismo dos homens da toga.
A pergunta é: quem cala consente? Com a palavra o STF.

Após caso Jucá,




O líder do PV no Senado, Álvaro Dias (PR), avisou que a direção executiva do partido pede que o ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, se licencie da legenda. A decisão veio após vir a público uma conversa do ministro do Planejamento, Romero Jucá, em que ele sugere que seja feito um acordo para travar as investigações da operação Lava Jato.
De acordo com Álvaro Dias, a direção executiva do partido se reuniu nesta segunda-feira, 23, em Brasília e, entre outras determinações, colocou essa posição para Sarney Filho. Álvaro Dias explicou que o PV não faz parte da base aliada do governo Temer e que o cargo de Sarney Filho como ministro do Meio Ambiente foi um convite do presidente, que não demonstra qualquer aliança partidária.
Dessa forma, para manter a isenção ante às ações do governo, a direção executiva do partido achou por bem orientar Sarney Filho a se licenciar, caso ele queira se manter no cargo, como ministro do governo interino de Temer, explicou o senador.
Gravação
Em uma conversa, revelada pelo jornal Folha de S. Paulo entre Jucá e o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, Jucá sugere a existência de um pacto para obstruir a operação Lava Jato e diz que é preciso “estancar a sangria”.
Na mesma gravação, Jucá sugere ainda que uma solução para travar a operação da Polícia Federal seria por meio do impeachment da presidente Dilma Rousseff e a consequente ascensão do vice Michel Temer. Mesmo antes do início do governo provisório de Temer, Jucá já se destacava com um dos principais aliados do presidente

Jucá diz que acertou com Supremo

Jucá diz que acertou com Supremo ‘parar a Lava Jato’ com saída de Dilma

 
juca_vaza_jatoO ministro interino do Planejamento, Romero Jucá (PMDB-RR), foi flagrado em conversas “não republicanas”, em março, nas vésperas da votação do impeachment, nas quais confessa que acertou com ministros do STF derrubar a presidente eleita Dilma Rousseff (PT) para barrar as investigações da operação Lava Jato.
De acordo com reportagem da Folha (aqui e aqui), Jucá disse na conversa gravada com o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, que um eventual governo Michel Temer (PMDB) deveria construir um pacto nacional “com o Supremo, com tudo” para delimitar e parar a Lava Jato.
Jucá e Machado, nos diálogos, dizem temer o juiz federal Sérgio Moro, de Curitiba, e só isentaram o ministro Teori Zavascki a quem classificaram de “um cara fechado”.
Eles ainda insinuam que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) teria comprado a eleição para a presidência da Câmara (2001-2002). “O que que a gente fez junto, Romero, naquela eleição, para eleger os deputados, para ele [Aécio] ser presidente da Câmara?”, disse Machado, para afirmar que “o primeiro a ser comido vai ser o Aécio” pela Lava Jato.
Na prática, o ministro interino entregou um conluio entre oposicionistas e ministros do Supremo contra Dilma.
Senador licenciado, Juca poderá ter o mesmo fim do ex-senador Delcídio do Amaral (sem partido- MS), que foi preso e perdeu o mandato depois de incriminar ministros do mesmo Supremo.
Jucá é alvo de um inquérito no STF derivado da Lava Jato por suposto recebimento de propina.

domingo, 22 de maio de 2016

GABI: ‘EU SERIA SÓ UMA ESTAMPA



GABI: ‘EU SERIA SÓ UMA ESTAMPA DE UM GOVERNO QUE NÃO PRIVILEGIOU A MULHER’

Dias depois de ter negado o convite do governo interino de Michel Temer para a Secretaria da Cultura - "Ainda falavam em ministério", lembra -, a jornalista e apresentadora Marilia Gabriela comenta o assunto: "Eu seria um medalhão, uma figura espaçosa e midiática ali. Seria apenas uma estampa fazendo um papel neste momento em que há um governo que não prestigiou a mulher", disse
Dias depois de ter negado um convite para assumir a Secretaria da Cultura no governo interino de Michel Temer, a jornalista e apresentadora Marilia Gabriela comentou o assunto em entrevistas à coluna da jornalista Mônica Bergamo, da Folha, e ao Globo.
"Eu seria um medalhão, uma figura espaçosa e midiática ali. Seria apenas uma estampa fazendo um papel neste momento em que há um governo que não prestigiou a mulher", disse ao Globo.
A apresentadora grava neste momento uma nova versão do "TV Mulher", programa que lhe fez famosa na década de 1980. E volta a comentar a questão dos direitos da mulher:
"Tive que aceitar [regravar o programa]", reconhece. "Achei estimulante o convite neste momento em que se faz necessário prestar atenção às condições femininas outra vez", comenta.
Sobre o convite do governo, ela conta ter recebido primeiro um telefonema da ex-jogadora de basquete Hortência Marcari, para introduzir o convite, e depois da senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), que falou em nome do presidente interino. "Ainda falavam em ministério. Me parece que naquele momento havia uma ideia de retomar o ministério", lembra.
Marilia Gabriela diz que não aceitaria o convite de nenhum governo. "Eu quero me 'culturar', consumir cultura. Não é para mim ser gestora de cultura", disse