Jornalismo com seriedade

quarta-feira, 8 de junho de 2016

TEMER SOFRE 3ª DERROTA



TEMER SOFRE 3ª DERROTA COM PERÍCIA NO PARECER DO TCU; ACOMPANHE
O presidente interino Michel Temer (PMDB) sofreu na comissão do impeachment, nesta quarta-feira (8), sua terceira derrota em menos de 48 horas.
O relator do colegiado, Antonio Anastasia (PSDB), acatou pedido da defesa de perícia no parecer do Tribunal de Contas da União (TCU), que apontou “pedaladas fiscais” da presidente eleita Dilma Rousseff.
A advogada Janaina Paschoal, da acusação, se posicionou contrária à perícia do parecer do TCU. “É para atropelar o processo”, disse ela, lembrando que são 4 mil páginas.
O advogado Miguel Reale Junior também disse ser “desnecessária” a peritagem do parecer do TCU.
A comissão ainda não votou a proposta da defesa.
As duas derrotas sofridas pelo golpista Temer na comissão tem relação com a decisão do Supremo, que obrigou o colegiado a ouvir as 48 testemunhas apontadas pela defesa da presidente eleita, e o recuo de acelerar o impeachment, encurtando o processo em 20 dias.
Sobre a reunião
A Comissão Especial do Impeachment ouve as primeiras testemunhas de acusação num contexto em que há um pedido de prisão do presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-PR), e de 30 senadores que se pronunciam contrários ao afastamento definitivo da presidente eleita Dilma Rousseff.
Na manhã desta quarta-feira (8), o colegiado começa tomando depoimentos do o procurador da República junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Júlio Marcelo de Oliveira, e do auditor do TCU Antonio Carlos Costa d’Ávila Carvalho.
Outras quatro testemunhas foram propostas pelos senadores pró-golpe de Estado: Rogério Jesus Alves OliveiraAdriano Pereira de Paula e Otávio de Medeiros, pertencentes ao quadro de operação de crédito da Secretaria do Tesouro Nacional, e o ex-diretor do Banco do Brasil Jânio Macedo

Símbolo dos “coxinhas”,



Símbolo dos “coxinhas”, Japonês da Federal que ‘vendia informações da Lava Jato’ para revistas é preso em Curitiba

O agente federal Newton Ishii, chamado de Japonês da Federal, foi preso na tarde de ontem (7) em Curitiba. O mandado foi expedido pela Vara de Execução Penal Justiça Federal de Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná.
O Japonês da Federal ficou conhecido nacionalmente devido suas aparições em fotos conduzindo presos na Lava Jato.
Em Curitiba, o grupo criminoso Tenda Digitalligado ao governo Beto Richa (PSDB), fez jinglepara glamourizar o “Japa da Federal” exatamente no momento em que veio à tona sua ficha criminal na tríplice fronteira.
Segundo a Operação Sucuri, da PF, o Japonês da Federal facilitava a entrada de contrabando no país, pela fronteira com o Paraguai, em Foz do Iguaçu, no Oeste do Paraná.
Numa das gravações que levou o ex-senador Delcídio Amaral à prisão, em novembro de 2015, também foi declinado o nome de Ishii — identificado como “japonês bonzinho” — como agente que vaza e vende informações da Lava Jato às revistas semanais.
O áudio abaixo é fruto da conversa entre Delcídio, o filho de Nestor CerveróBernardo Cerveró, e o advogado Edson Ribeiro, que menciona a existência de um carcereiro da Polícia Federal que seria responsável por vazar informações sigilosas das investigações da Lava Jato para a imprensa e cobrar pelo “serviço”.
A seguir, trecho da conversa gravada:
BERNARDO: os caras não tinham uma escuta em cima da.. da cela?
DELCÍDIO: Alguém pegou isso aí e deve ter reproduzido. Agora quem fez isso é que a gente não sabe.
EDSON: É o japonês. Se for alguém é o japonês.
DIOGO: É o japonês bonzinho.
DELCÍDIO: O japonês bonzinho?
EDSON: É. Ele vende as informações para as revistas.
BERNARDO: É, é.

FURACÃO LAVA JATO ATINGE







FURACÃO LAVA JATO ATINGE PARTIDOS TRADICIONAIS A QUATRO MESES DA ELEIÇÃO




Conforme a investigação avança, a desconfiança da população com os partidos aumenta

“Renan, não sobra ninguém, Renan! Do Congresso, se sobrar cinco ou seis, é muito. Governador, nenhum”. A frase, dita pelo ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado em uma conversa gravada com o presidente do Senado, Renan Calheiros, pode até ser exagero. Mas poderia muito bem representar a percepção do brasileiro em relação ao sistema político atual. O que até pouco tempo parecia se concentrar mais no PT, se esparramou para as principais legendas. Conforme as investigações da Operação Lava Jato, iniciada em março de 2014, avançam e se aproximam da casta política dos partidos tradicionais, que sempre pareceu intocável. A sensação é de que o sistema político brasileiro parece estar à beira de um colapso e, com seus principais nomes sob suspeita, enfrenta danos cada vez maiores a suas imagens. E a pergunta que fica é: os partidos conseguirão sobreviver a isso?
Só nas últimas semanas, as gravações feitas por Machado, um ex-aliado do PMDB e do PSDB que se tornou delator na Lava Jato, comprometeram ainda mais não só Calheiros, mas Romero Jucá, presidente nacional do PMDB, que acabou afastado do cargo de ministro, e Aécio Neves, presidente nacional do PSDB, que nesta quinta-feira foi alvo de um novo pedido de investigação feitopelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Além deles, o principal nome do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, também já é investigado, assim como outro peemedebista de peso, Eduardo Cunha, que se tornou réu na operação e acabouafastado da presidência da Câmara pelo Supremo Tribunal Federal.
O desgaste na imagem dos partidos não é causado apenas pelo envolvimento de seus quadros com a corrupção. Mas os escândalos ajudam a piorar uma situação que nos últimos anos já não é das melhores. A última pesquisa Datafolha sobre a próxima corrida presidencial, feita em abril deste ano, mostra que os principais nomes presidenciáveis despertam cada vez menos paixões. Aécio Neves, por exemplo, que quase ganhou de Dilma Rousseff na última eleição, tem caído nas preferências desde dezembro do ano passado, quando tinha 27% das intenções de voto -hoje tem 17%. Geraldo Alckmin, outro tucano presidenciável, também tem recuado -foi de 14%, em dezembro, para 9%, em abril. O mesmo aconteceu com o outro nome forte do partido, José Serra -foi de 15% para 11%, no mesmo período. Os três chegaram a ser vaiados numa manifestação que pedia o impeachment de Rousseff neste ano. Lula é o único que parece caminhar um pouco na contramão, viu suas chances subirem de 17%, em março, para 21%, em abril.
Pesquisas do Ibope também têm mostrado que a rejeição dos brasileiros aos partidos políticos chegou a níveis recordes - em abril de 2015, por exemplo, 66% dos brasileiros afirmavam não ter simpatia por nenhuma legenda;