Jornalismo com seriedade

terça-feira, 14 de junho de 2016

Polícia apreende cerca de 250

Polícia apreende cerca de 250 kg de maconha no Maranhão
Uma operação realizada entre as Polícias Militar e Civil apreendeu  na região do Vale do Pindaré, cerca de 250 kg de maconha que estava sendo transportada em um veículo de passeio entre os municípios de Monção e Igarapé do Meio.

Três homens, ainda não reconhecidos, que estavam no carro com o material apreendido fugiram, mas os policiais conseguiram localizar e prender o dono do veículo identificado como José Ribamar da Conceição Sousa Filho, também conhecido como “Biá”. Ele é suspeito de ser o proprietário da droga apreendida.



Segundo os policiais, a droga estava dividida em aproximadamente 200 tabletes. Além da maconha prensada, as Polícias Civil e Militar também apreenderam uma sacola com maconha misturada com sementes.

Para procurador,

Para procurador, áudios de Sarney revelam plano para acabar com a Lava Jato
O procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato, em Curitiba, disse ser “possível e até provável” que as investigações do maior escândalo de corrupção do país acabem. “Quem conspira contra ela são pessoas que estão dentre as mais poderosas e influentes da República”, afirmou.
Dallagnol disse que as conversas gravadas pelo ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado com o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), o ex-presidente José Sarney (AP) e o senador e ex-ministro do Planejamento Romero Jucá (RR), todos da cúpula do PMDB, expuseram uma trama para “acabar com a Lava Jato”.
“Esses planos seriam meras especulações se não tivessem sido tratados pelo presidente do Congresso Nacional”, disse o procurador. As informações são do jornal “O Estado de S. Paulo”.
Pergunta – Os áudios do delator Sérgio Machado tornados públicos pela imprensa mais uma vez revelam movimentos para tentar interferir nos andamentos da Operação Lava Jato. As investigações correm algum risco?

Dallagnol – As investigações aproximaram-se de pessoas com poder econômico ou político acostumadas com a impunidade. É natural que elas reajam. Há evidências de diferentes tipos de contra-ataques do sistema corrupto: destruição de provas, criação de dossiês, agressão moral por meio de notas na imprensa ou de trechos de relatório de CPI, repetição insistente de um discurso que aponta supostos abusos jamais comprovados, tentativas de interferência no Judiciário e, mais recentemente, o oferecimento de propostas legislativas para barrar a investigação, como a MP da leniência (medida provisória que altera as regras para celebração de acordos entre empresas envolvidas em corrupção e o poder público). Tramas para abafar a Lava Jato apareceram inclusive nos áudios que vieram a público recentemente. A Lava Jato só sobreviveu até hoje porque a sociedade é seu escudo

segunda-feira, 13 de junho de 2016

Valor pago pelos brasileiros

Valor pago pelos brasileiros em impostos supera a marca de R$ 900 bilhões, indica Impostômetro

Enquanto muito brasileiro joga, semanalmente, na loteria federal na esperança de ganhar alguns milhões para resolver seus problemas financeiros, o governo já arrecadou R$ 900 bilhões em impostos. A marca registrada pelo Impostômetro, de 1.º de janeiro até esta segunda-feira, 13 de junho, sinaliza o quanto já foi pago pela população em impostos, taxas e contribuições. Se dividir o montante pela população total é como se cada um tivesse tirado R$ 4.339,49 do bolso e entregado para o poder público, segundo cálculo feito pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) para usar de exemplo.
O valor foi calculado por meio de mecanismo criado pela Associação Comercial de São Paulo, em 2005. Segundo a associação, com esse valor, seria possível construir mais de 25,7 milhões de casas populares de 40 metros quadrados, por exemplo. Também poderia edificar mais de 9,7 milhões de quilômetros de redes de esgoto, mais de 3,1 milhões de postos de saúde equipados e fornecer cestas básicas para toda a população brasileira durante 15 meses.
Em 2015, a mesma cifra foi alcançada em junho, no dia 9, e até o final do ano mais de R$ 2 trilhões foram pagos em impostos no Brasil. A época, a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos fez uma ilustração indicando que em toda a Via Láctea existem cerca de 300 bilhões de estrelas. Isso significa que, até agora, já foi tirado do povo brasileiro, em dinheiro, três vezes mais que a quantidade de estrelas no universo.

De acordo com o presidente da associação e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Alencar Burti, o impacto dos números é ainda maior pelo fato de o país está em forte recessão. “A população brasileira já paga tributos. Apoiamos os ajustes propostos pelo governo, mas ponderamos que é impossível cogitar qualquer ideia de aumento de impostos agora: isso aprofundaria a crise”, disse.

TEORI LIBERA PARA

TEORI LIBERA PARA JULGAMENTO SEGUNDA DENÚNCIA CONTRA EDUARDO CUNHA
O ministro Teori Zavascki, relator da Operação Lava-Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), liberou para julgamento a segunda denúncia contra o presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Ele é acusado de manter contas secretas na Suíça abastecidas por dinheiro desviado do esquema de corrupção da Petrobras.
Segundo o Broadcast apurou, o mais provável é que o caso seja levado a plenário no dia 23 de junho. Também serão julgados recursos que pedem para que a mulher de Cunha, Cláudia Cruz, e a filha Danielle Dytz sejam julgadas pelo STF, e não pelo juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava-Jato na Justiça de 1ª instância, em Curitiba.
A liberação para a pauta aconteceu na quinta-feira(9/6), no mesmo dia em que Moro aceitou a denúncia contra Cláudia e a transformou em ré – já que uma das contas na Suíça está no nome dela.
A denúncia contra Cunha foi oferecida ao STF pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, em março. O parlamentar é acusado da prática dos crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e evasão de divisas. Também em março, o peemedebista se tornou réu no processo que apura se ele recebeu propina por contratos de navios-sonda da Petrobras.

Cunha ainda responde a pelo menos outros quatro processos no STF, um deles sobre a sua participação no esquema de corrupção de Furnas. A defesa do parlamentar tem sustentado que não há provas materiais de que o peemedebista tenha contas no exterior.

domingo, 12 de junho de 2016

CÚPULA DO PMDB, INCLUINDO SARNEY,

CÚPULA DO PMDB, INCLUINDO SARNEY, TERIA RECEBIDO MAIS DE R$ 200 MILHÕES EM PROPINA
Propinas relatadas por sete colaboradores da Operação Lava-Jato com destino ao quarteto do PMDB que o Ministério Público quer ver na cadeia superam os R$ 200 milhões, de acordo com levantamento do Correio. Os valores, parte deles convertida na cotação do dólar de quarta-feira, não incluem correção monetária. Se tudo o que disseram é verdade, o presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), é o campeão dos pixulecos, à frente do ex-presidente José Sarney (AP), do deputado Eduardo Cunha (RJ) e do ex-ministro e senador Romero Jucá (RR).
Foram analisados depoimentos de dez pessoas dentre os mais de 60 acordos de colaboração premiada de leniência: os ex-diretores da Petrobras Paulo Roberto Costa e Nestor Cerveró, o ex-senador Delcídio do Amaral (ex-PT-MS), o empreiteiro da UTC Engenharia Ricardo Pessoa, os executivos da Andrade Gutierrez Otávio Azevedo e Flávio Machado, o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado, os lobistas Fernando “Baiano” Soares e Júlio Camargo, e o entregador de dinheiro Carlos “Ceará” Souza.
Segundo o relato de sete deles, Renan recebeu R$ 96,7 milhões em propinas. Desse valor, R$ 33 milhões foram diretamente para ele. Uma parcela de mais R$ 63,7 milhões foi compartilhada com outros políticos, mas os colaboradores não explicam qual a parte de cada um.
Eduardo Cunha teria recebido R$ 61,8 milhões, pela narrativa de quatro acusadores. Sarney, R$ 30 milhões, segundo o relato de Sérgio Machado. Sozinho, Romero Jucá seria destinatário de R$ 21,5 milhões e ainda teria compartilhado parte de um repasse de R$ 30 milhões, a ser dividido com outros colegas do partido e do PT.
Os corruptores indicados são a empreiteira UTC Engenheira, a Andrade Gutierrez, o lobista do estaleiro Samsung Júlio Camargo e o banqueiro André Esteves, do BTG Pactual — este nega a acusação de pagar R$ 45 milhões a Eduardo Cunha por uma emenda à Medida Provisória 608. A empreiteira Serveng é apontada como fonte propinas para Renan, mas Paulo Roberto Costa não informa eventuais valores.
Executivo da Andrade Gutierrez, Otávio Azevedo disse, sem citar nomes, que o PMDB recebeu 0,5% dos contratos do consórcio que lidera na usina de Belo Monte, no Pará. Delcídio do Amaral disse que R$ 30 milhões em subornos foram destinados a Renan, Jucá, Jader Barbalho (PA), Valdir Raupp (RO) e os ex-ministros das Minas Energia Edison Lobão e Silas Rondeau, além da campanha do PT.
Em Angra 3, a negociação começou em 3% para os peemedebistas, de acordo com Flávio Machado, executivo da Andrade, a fim de beneficiar Jucá e Lobão. Outro executivo, Flávio David Barra, contou que o ex-ministro do Planejamento recebeu propina em forma de doações eleitorais. Informação semelhante foi prestada por Ricardo Pessoa. Segundo ele, dos contratos da UCT em Angra, retirou R$ 1 milhão para a campanha do filho de Renan, o governador de Alagoas, Renan Filho, e R$ 1,5 milhão para a campanha de Jucá.
Jucá esquivou-se de comentar o pedido de prisão e as acusações de propina. “Não posso me manifestar sobre algo que não sei”, disse o senador. A assessoria de Renan negou que ele tenha recebido subornos e criticou as acusações, consideradas sem provas por ele. “O senador reafirma que jamais recebeu vantagens de qualquer pessoa e reitera que delações não confirmadas deveriam servir para agravar a pena dos autores e não livrá-los da cadeia”. Por meio de assessoria, Sarney se disse “perplexo, indignado e revoltado” com o pedido de sua prisão. “Jamais agi para obstruir a Justiça. Sempre a prestigiei e fortaleci”. O deputado Eduardo Cunha não prestou esclarecimentos. Na quarta-feira, ele disse que o pedido de prisão contra ele lhe causava “estranheza”.