Jornalismo com seriedade

domingo, 23 de outubro de 2016

Temer alista seu governo na infantaria de Renan


Renan, tem 32 milhões de motivos para espumar de raiva

Às favas a lógica com o caso da Polícia Legislativa do Senado. Sob Renan Calheiros, montou-se nos porões do Poder Legislativo um departamento de bisbilhotagem. Com verba pública, adquiriram-se equipamentos de inteligência capazes de fazer e desfazer grampos e escutas ambientais. Às custas do contribuinte, policiais legislativos foram mobilizados para proteger senadores suspeitos de assaltar o Estado. Realizaram-se varreduras de escutas em gabinetes, residências funcionais e imóveis particulares —em Brasília e alhures. E Renan, em vez de ficar constrangido, está irritado.
Pilhado numa investigação de mostruário —nascida de uma delação, executada pela Polícia Federal, sob supervisão do Ministério Público Federal e com a anuência do Poder Judiciário—, o Senado reagiu com uma nota oficial assinada por seu presidente. Nela, Renan Calheiros defende as ações de quatro policiais legislativos presos e demarca o seu terreno: “As instituições, assim como o Senado Federal, devem guardar os limites de suas atribuições legais.” Beleza. Mas faltou responder: quem zelará pelo interesse público quando o Senado for utilizado como biombo para ilegalidades?
Depois de emitir a nota, Renan dedicou-se a uma de suas especialidades: a retaliação. Borrifou ameaças no ar. Fez saber ao Planalto que não gostou da entrevista na qual o ministro Alexandre Moraes (Justiça) justificou a operação montada para deter as extrapolações dos policiais legislativos. E voltou a brandir o projeto que pune os chamados abusos de autoridade. Renan faz dessa proposta uma espécie de espada multiuso. Ora espeta os procuradores da força-tarefa da Lava Jato ora cutuca Sergio Moro. Revela-se capaz de tudo, menos de um autoexame que o faça enxergar seus próprios abusos.
De repente, numa subversão da lógica, o Planalto deflagrou uma articulação para acalmar Renan. Coordenador político do governo, o ministro Geddel Vieira Lima tocou o telefone para o senador. O próprio Michel Temer adulou Renan com um telefonema. Antes, enquadrou o ministro da Justiça, convocando-o em pleno sábado para prestar informações sobre a operação em que a Polícia Federal, munida de cinco mandados judiciais de busca e apreensão e quatro ordens de prisão, recolheu equipamentos de espionagem do Senado e prendeu quatro policiais legislativos, entre eles o diretor da Polícia do Senado, Paulo Ivo Bosco Silva, homem de confiança de Renan.
Num par de telefonemas, o governo Michel Temer atravessou a Praça dos Três Poderes para se alistar na infantaria que, sob Renan Calheiros, é acusada de obstruir investigações que alvejam personagens como Fernando Collor, José Sarney, Edison Lobão Filho e Gleisi Hoffmann. O Planalto reforça seu alinhamento com Renan num instante em que a Lava Jato arromba o principal armário do imperador de Alagoas: a Transpetro.
O delator Felipe Rocha Parente, que se apresenta como entregador de propinas, revela aos investigadores os caminhos que a verba suja percorreu para migrar da subsidiária da Petrobras para os bolsos de pajés do PMDB. Estima-se que escoaram por esse duto pelo menos R$ 100 milhões em 12 anos. Desse total, Renam apropriou-se R$ 32 milhões, informou outro delator, o ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado.
Compreende-se a irritação de Renan. Ele tem 32 milhões de motivos para espumar de raiva. Quem conhece o senador sabe: é nos instantes em que está for a de si que ele mostra o que tem por dentro. O que parece incompreensível é o esforço que o governo empreende para demonstar que é parte do problema. Não há governabilidade que justifique o erro político de reforçar a impressão de que Renan manda porque pode e o presidente da República obedece porque tem juízo. Dilma Rousseff mantinha com Lula um relaciomamento do mesmo tipo. Deu em Michel Temer.


Quase 80% das cidades brasileiras estão com as contas no vermelho

Situação se agravou neste ano porque os municípios contavam com repasse de R$ 99 bi do FPM, mas valor deve ficar em R$ 84 bi.
 ‘Bomba fiscal’ aguarda novas administrações
       
Adriana Fernandes e Idiana Tomazell/Brasília
O Estado de S. Paulo

Passado o segundo turno das eleições, a situação financeira das prefeituras virá à tona. De 3.155 municípios que informaram o quadro de suas finanças ao Tesouro Nacional, 2.442, ou 77,4%, já estão com as contas no vermelho, segundo levantamento feito pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM). E a situação vai piorar até o fim do ano, com a contínua queda da arrecadação, deixando a bomba fiscal para a próxima administração.

Ao contrário dos governadores, que alardearam nos últimos meses a crise sem precedentes nos seus cofres para ganhar mais dinheiro do governo federal, as prefeituras empurraram os problemas para debaixo do tapete durante a campanha eleitoral – não é exatamente um trunfo eleitoral mostrar que as finanças estão descontroladas.

Os futuros prefeitos, que vão herdar o rombo – no caso dos reeleitos, deles mesmos –, fizeram uma romaria nos últimos dias pelos gabinetes do Congresso em busca de dinheiro para 2017. Mas, com o teto de gastos já aplicado ao Orçamento federal do ano que vem, se depararam com uma grande dificuldade em emplacar seus pedidos de emendas aos deputados e senadores.

As informações prestadas pelos municípios ao Tesouro não são obrigatórias. Por isso, boa parte dos 5.570 prefeitos não as enviam. Mesmo assim, o levantamento representa o retrato mais amplo disponível sobre as finanças das prefeituras. Ao analisar por Estados, todos os municípios do Amazonas e do Rio que divulgaram as informações estão no negativo. Em São Paulo, 402 prefeituras registram déficit. No Rio Grande do Sul, o quadro não é muito diferente, com 371 cidades nessa situação.

“A bomba já estourou e vai ficar pior até o final do ano. No período eleitoral, quem vai dizer que está mal?”, diz o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski. Segundo a confederação, 576 delas estão atrasando salários.

Fundo menor

A crise se agravou porque os prefeitos contavam com R$ 99 bilhões de repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM) em 2016, mas a previsão é que esse valor não chegará a R$ 84 bilhões no fim do ano. A queda das transferências da União é mais dramática para Estados do Nordeste e Norte do País, onde boa parte das prefeituras depende desse dinheiro.

As prefeituras também arcam com custos cada vez maiores com a Previdência. No ano passado, a despesa com servidores inativos cresceu 13,22% ante 2014, segundo dados do Tesouro Nacional para municípios acima de 200 mil habitantes. As receitas correntes, por sua vez, subiram apenas 6,81% no período.

“Só vamos saber mesmo a situação quando sentarmos na cadeira”, diz o prefeito eleito de Brejo Grande (SE), Clysmer Ferreira. Membro do PSB, ele era o candidato da oposição no município e esteve no Congresso na última semana para pedir emendas aos parlamentares.

Se para os prefeitos que vão assumir os cargos a perspectiva para o ano que vem não é animadora, para os que estão deixando o cargo com as contas deficitárias o risco é de uma condenação por crime de responsabilidade fiscal. Na avaliação da CNM, muitos prefeitos vão virar ficha- suja. A Lei de Responsabilidade Fiscal proíbe uma série de práticas nos últimos oito meses do mandato, entre elas deixar ao sucessor restos a pagar a descoberto (sem dinheiro em caixa para honrar o pagamento).

O economista José Roberto Afonso, pesquisador do Ibre/FGV e um dos formuladores da LRF, acredita que a sanção é correta, desde que em situação de normalidade econômica. “Não é o caso agora. Seria preciso encontrar uma solução que impedisse uma gastança, mas não levasse a punições de prefeitos por fatores que são alheios à sua atuação.”

“Só vamos saber mesmo a situação quando sentarem na cadeira.”


Três pessoas morrem em acidente grave na BR-135, em Presidente Dutra


Três pessoas morreram em um acidente grave na BR-135, na saída da cidade de presidente Dutra, por volta de 17h30 de sábado (22).

Pelas informações passadas em redes sociais, um mototaxista teria tentado desviar de uma carreta e perdeu o equilíbrio depois de passar por um buraco.

Descontrolada, a motocicleta colidiu contra uma caminhonete que seguia em sentido contrário.

As vítimas do acidente são dos povoados Palma e Sapucaí, na cidade de Presidente Dutra. 

Duas das vítimas são pai e filha, inicialmente identificados como Douro e Jéssica, que deixa um filho de um ano


Comerciante envolvido em assaltos a bancos é preso na cidade de Presidente Dutra

A Polícia Civil, por intermédio da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (SEIC), prendeu em flagrante delito na cidade de Presidente Dutra, Raimundo Belarmino da Silva, de 44 anos, natural de Lima Campos.

Ele é acusado de participar de uma quadrilha que explodiu e assaltou a agência do Banco do Brasil na cidade de Governador Eugênio Barros na madrugada de ontem, sábado (22).

Em relação a esse assalto, que ocorreu por volta de 1h30, de acordo com informações da polícia a quadrilha era composta  de dez integrantes. Eles chegaram à cidade em dois veículos, foram à guarnição  da PM e trocaram tiros com os policiais para despistá-los. Enquanto isso, ouutra parte do bando explodia os caixas eletrônicos da agência bancária. Os caixas eletrônicos e as portas de vidro foram destruídos por completo.  Logo após o assalto os assaltantes fugiram em direção a Gonçalves Dias e a polícia deu início às investigações, chegando a Berlarmino.

Agência do BB em Governador Eugênio Barros ficou destruída
Ele também teve prisão decretada por participação no assalto ao Banco do Brasil na cidade de Gonçalves Dias, no dia 22 de julho.

O preso é comerciante na cidade de Presidente Dutra e realizava o levantamento das rotas de fuga, dia de abastecimento dos bancos na região e a movimentação dos policiais para posteriormente repassar para a quadrilha realizar os assaltos.


A polícia acredita que, com a prisão do comerciante, será possível chegar aos outros integrantes da quadrilha


sábado, 22 de outubro de 2016

Em menos de dois anos Seccor prendeu quatro prefeitos e sete ex-prefeitos; confira relação


O governo do estado através  da Secretaria de Segurança Pública (SSP) tem desde o início do governo Flávio Dino – quando o secretário Jefferson Portela assumiu a gestão da instituição — realizado operações que têm apresentado resultados positivos à toda a sociedade maranhense.
Criada no governo Flávio Dino para combater de forma intensiva a corrupção contra o patrimônio público, a Superintendência Estadual de Prevenção e Combate à Corrupção (Seccor), órgão ligado a Polícia Civil do Estado  – coordenado pela Delegacia Geral com o delegado geral Lawrence Melo – é responsável por ações que desarticula quadrilhas especializadas em desvios de recursos.
A instituição policial comandada pelo Delegado Roberto Fortes, foi uma das medidas adotadas pelo Governo para impedir que crimes contra órgãos da esfera pública, continuassem acontecendo no estado.
Em menos de dois anos de existência, a SECCOR realizou várias operações contra a corrupção em diversos municípios maranhenses. Nas ações, de forma exitosa foram presos 04 (quatro) prefeitos, 07 (sete) ex-prefeitos, além de muitos empresários e diversas pessoas envolvidas em desvios de recursos públicos.
O blog fez relação de alguns nomes que ganharam notoriedade na imprensa local e até nacional. Confira Abaixo:
No ano de 2015:
Maria Arlene Barros costa – ex-prefeita de Dom Pedro;
Manoel Edivan Oliveira Costa – então prefeito de Marajá do Sena;
Perachi Roberto de Farias Morais – ex -prefeito de Marajá do Sena;
Raimundo Nonato Sampaio , Natim – ex-prefeito de Zé Doca;
Richard Nixon Monteiro dos Santos – então prefeito de Bacuri;
Raimundo Nonato Lisboa – ex -prefeito de Bacabal;

No ano de 2016:
José Cardoso da Silva Filho – ex -prefeito de São Domingos do Azeitão;
Maria Arlene Barros costa – ex-prefeita de Dom Pedro; [Segunda vez]
Domingos Sávio Fonseca e Silva – ex -prefeito de Turilandia;
Tancledo Lima Araújo – prefeito de Paulo Ramos;
Elano Martins Coelho – prefeito de Nova Colinas;
Nilce de Jesus Farias Ribeiro – prefeita de Guimarães.



sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Collor, Sarney e Lobão são alvo da PF no Congresso

Um policial relatou à PGR que o chefe da polícia do Senado teria realizado medidas de contra inteligência nos gabinetes e residências dos senadores

A suspeita é de que policiais legislativos faziam varreduras nas casas dos políticos para, por exemplo, identificar e eliminar escutas instaladas com autorização judicial.
De acordo com o portal G1, a operação se baseou no depoimento de um policial legislativo. Ele relatou à Procuradoria Geral da República que o chefe da polícia do Senado teria realizado medidas de contrainteligência nos gabinetes e residências dos senadores Fernando Collor de Mello (PTC-AL), Edison Lobão (PMDB-MA) e do ex-senador José Sarney.
O advogado do senador Edison Lobão e do ex-presidente José Sarney, Antonio Carlos de Almeida Castro, o Kakay, negou que seus clientes tenham cometido alguma irregularidade. A declaração foi feita nesta sexta-feira, 21, logo após a Polícia Federal cumprir diligências no Senado na Operação Métis.
"O presidente Sarney ficou completamente atônito, disse que não usa os serviços do Senado desde que saiu do Senado e não fez nenhum pedido de varredura. Ele tem uma estrutura de ex-presidente da República. O presidente Sarney não usou, não fez pedido absolutamente nenhum e não foi feita varredura", disse Kakay.
A respeito de Lobão, o advogado disse que o senador peemedebista fez pedido justificável neste sentido - da polícia legislativa fazer varredura em sua casa, após os grampos feitos pelo ex-diretor da Transpetro Sérgio Machado.
"O senador Lobão desde 2007, esporadicamente faz na tentativa de encontrar grampos ilegais. O mais importante é que não foi encontrado. Se não foi encontrado, não tem como se falar em obstrução. Se fosse encontrado, teria de ter uma formalização. Ele pediu para efeitos de grampo ilegal e eu acho que é natural. Você tem um cidadão do naipe, do porte de Sergio Machado que grampeia o presidente do Senado e um ex-presidente da República, é natural que você queira saber se tem grampo ilegal", destacou o advogado.


Roseana Sarney anda irritada com projeto de João Alberto ser Governador

 Completamente irritada com o descaso que Filuca deixou a cidade de Pinheiro

É azedo o clima na relação entre o senador João Alberto e a ex-governadora Roseana Sarney.
Nesta semana, numa pequena reunião em sua residência, instada sobre a peleja judicial de João Alberto para seu pupilo Roberto Costa assumir a prefeitura de Bacabal, Roseana externou todo o seu desprezo para com a dupla.
Durante a campanha eleitoral deste ano, em diversos momentos, João Alberto aproveitou os palanques para pontuar seu sonho de ser candidato a governador do Estado. Vem daí o combustível para a irritação de Roseana.

Na verdade, o plano foi urdido em duas fases. A primeira, conquistar a prefeitura de uma cidade polo como Bacabal para depois construir um ambiente favorável à sua indicação como candidato a governador. Faltou combinar com Roseana e com o povo, que deu a maioria dos votos para Zé Vieira em Bacabal deixando Roberto Costa na segunda colocação. Para completar a grosseria da ex-governadora ela perdeu o apoio da cidade de pinheiro, o seu aliado Filuca Mendes perdeu para o grupo dos Genesio.