Jornalismo com seriedade

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

'Seria muito ruim para o País ter um ministro do Supremo assassinado', diz filho de Teori




DE CURITIBA/Folha de S. Paulo

Um dos principais investigadores da Operação Lava Jato, o delegado federal Marcio Adriano Anselmo pediu a investigação "a fundo" da morte do ministro Teori Zavascki, "na véspera da homologação da colaboração premiada da Odebrecht".

"Esse 'acidente' deve ser investigado a fundo", escreveu em sua página no Facebook, destacando a palavra "acidente" entre aspas.

Anselmo afirmou que a morte de Teori é "o prenúncio do fim de uma era" e disse que ele "lavou a alma do STF à frente da Lava Jato".

"Surpreendeu a todos pelo extremo zelo com que suportou todo esse período conturbado", afirmou.

À Folha, Anselmo disse que o post foi um "desabafo pessoal". "Ele fez história", afirmou.

A Polícia Federal informou, por meio de nota, que abriu inquérito para apurar as causas do acidente aéreo que matou o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), Teori Zavascki, e outras três pessoas.

Uma equipe de policiais especializados nesse tipo de investigação está a caminho de Paraty, segundo a PF.

Teori Zavascki, 68, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, morreu na tarde desta quinta-feira (19) em um acidente de avião na costa de Paraty (RJ).

O Corpo de Bombeiros do Rio confirmou que ao menos três pessoas morreram na queda. De acordo com os bombeiros, o avião permanece submerso e três pessoas estão presas nas ferragens. Não há informações até o momento sobre demais ocupantes. A capacidade da aeronave é de sete pessoas, incluindo tripulantes.


Juiz da corte desde 2012, ele era responsável pelos casos da Lava Jato que envolvem pessoas com foro privilegiado, como congressistas e ministros.

'Seria muito ruim para o País ter um ministro do Supremo assassinado', diz filho de Teori

Francisco Zavascki falou à Rádio Estadão, lembrou que seu pai já havia sido ameaçado e disse que nenhuma possibilidade pode ser descartada ainda 
O Estado de S. Paulo

São Paulo - O advogado Francisco Prehn Zavascki, filho do ministro Teori Zavascki, que morreu nesta quinta-feira, 19, em Paraty (RJ), cobrou uma investigação da morte do pai e disse que nenhuma possibilidade está descartada. "É preciso investigar a fundo e saber se foi acidente ou não, que a verdade venha à tona seja ela qual for", afirmou à Rádio Estadão.

Francisco disse que a família está em contato com colegas próximos para acompanhar os desdobramentos das investigações. O Ministério Público Federal (MPF) e a Polícia Federal (PF) já comunicaram que abriram processos para apurar as causas do acidente.

"Ainda não parei para pensar, não deu tempo para pensar com mais calma nisso, mas não podemos descartar qualquer possibilidade. No meu íntimo, eu torço para que tenha sido um acidente, seria muito ruim para o País ter um ministro do Supremo assassinado", disse.

O filho relatou ainda que havia grupos contrários às investigações de casos de corrupção no País e que o ministro já teria recebido ameaças. Ele era relator dos processos da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), sendo responsável por conduzir os julgamentos de investigados com foro privilegiado. "Seria infantil dizer que não há movimento contrário, agora a questão é o que o movimento seria capaz de fazer", afirmou.

Francisco Zavascki disse que o pai estava bastante concentrado na homologação das colaborações premiadas de executivos e ex-executivos da Odebrecht, o que estava programado para ocorrer em fevereiro. "Ele tinha perfeita noção do impacto que tem no País e que isso poderia realmente fazer o País ser passado a limpo."

O velório do corpo do ministro vai ser realizado na sede do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, em Porto Alegre. Data e horário ainda não estão definidos

quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Morte: Teori Zavascki era conhecido como um ministro técnico e coerente


Do: Conjur
Morto nesta quinta-feira (19/2), aos 68 anos, em um acidente de avião no litoral fluminense, Teori Albino Zavascki era ministro do Supremo Tribunal Federal desde 29 de novembro de 2012, quando foi nomeado pela então presidente, Dilma Rousseff (PT), para a vaga aberta com a aposentadoria do ministro Cezar Peluso.
Teori nasceu em 15 de agosto de 1948, em Faxinal dos Guedes (SC). Era formado em Direito pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (1972) e mestre e doutor em Direito Processual Civil pela mesma instituição.
Antes de chegar ao Supremo, foi ministro do Superior Tribunal de Justiça (2003-2012), onde atuou quase sempre na 1ª Seção, que julga apenas matérias de Direito Público. Começou sua carreira na magistratura como desembargador do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (1989-2003), onde ingressou pelo quinto constitucional da advocacia. Foi ainda juiz do Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (1991-1995) e presidente do TRF-4 (2001-2003).
Também atuou como superintendente jurídico do Banco Meridional (1986-1989) e advogado do Banco Central (1976-1989).
Além de magistrado, foi professor universitário. Deu aulas de Direito na Universidade de Brasília (2005-2013), de Direito Processual Civil na UFRGS (1987-2005 e desde 2013) e de Introdução ao Estudo de Direito na Unisinos (desde 1980, atualmente licenciado).
É autor dos livros Eficácia das Sentenças na Jurisdição Constitucional (2013), Processo Coletivo (2011), Antecipação de Tutela (2009) e Processo de Execução (2004).
Homem discreto e técnico
Era tido entre seus pares como um homem técnico e coerente — qualidades que deixavam Dilma Rousseff orgulhosa de sua escolha. Certa vez, o ministro do STJ Napoleão Nunes Maia Filho disse que Teori era "absolutamente coerente, por isso previsível em suas posições".
"Ele se recusa a dar uma interpretação mais aberta da Constituição, como eu faço às vezes. Segue estritamente o que está escrito na lei", comentou o hoje ministro aposentado do STH Castro Meira.
De tão discreto e afeito à judicatura, não ganhou fama fora das paredes do tribunal. Tanto que, quando a Presidência anunciou sua indicação, pouca gente fora do STJ e do grupo de advogados militantes na corte, especialmente os tributaristas, o conheciam.
Tudo mudou em 2014, quando a distribuição de um caso por sorteio o tornou o relator dos processos da operação “lava jato” no Supremo. Teori se tornou, então, o senhor de um dos maiores fenômenos midiáticos já promovidos pelo aparato estatal de investigação na história. Era ele, por exemplo, quem definia o que fazer com os Habeas Corpus relacionados ao caso que chegavam à corte ou os destinos dos políticos investigados na operação. Por causa disso, o ministro era conhecido por todo brasileiro que lê jornal e até por muita gente de fora do país.
O curioso é que, se foi com a “lava jato” que o ministro Teori ganhou manchetes, foi nas discussões sobre controle de constitucionalidade que ele deu suas maiores contribuições. Um dos seus grandes votos em 2015 foi o que definiu que a declaração de inconstitucionalidade de leis em ações de controle concentrado (ou abstrato) não atinge a coisa julgada. O Plenário seguiu, por unanimidade, o entendimento de Teori, segundo o qual decisões judiciais são atos jurídicos perfeitos, e só podem ser questionadas por ações rescisórias, que têm regras processuais e prazos próprios.
Na esfera penal, foi fundamental o voto que autorizou a execução da pena de prisão já depois da decisão de segundo grau que confirma sentença condenatória. Teori puxou o entendimento do Plenário de que a segunda instância esgota a fase de análise de fatos, provas e materialidade do crime. Os recursos ao STJ e ao STF, por definição constitucional, só podem discutir questões de direito, e não de fatos. Por isso, segundo ele, o princípio da presunção de inocência permite que o recurso seja interposto já durante o cumprimento da pena.
Teori tinha 7.566 processos em seu acervo, 186 deles recebidos em 2017.
Alvo de ameaças
A fama também o tornou alvo de ameaças e protestos. Em março do ano passado, ocorreram manifestações em frente a casa do ministro em Porto Alegre, depois que ele julgou inconstitucional o levantamento do sigilo das interceptações telefônicas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, determinado pelo juiz federal Sergio Moro.
Já em junho, o ministro confirmou que sua família havia recebido ameaças, mas não deu muito crédito aos autores das mensagens. “Não tenho recebido nada sério”, disse à época.
Vida privada
Filho de Severino Zavascki, descendente de poloneses, e Pia Maria Fontana, descendente de italianos, Teori era viúvo desde 2013, quando sua mulher, a juíza federal do TRF-4 Maria Helena de Castro morreu vítima de câncer. Tinha três filhos.

Enem 2016: resultado já pode ser consultado

Com as notas, estudantes podem disputar vagas em universidades públicas pelo Sisu e bolsas de estudo pelo Prouni.

Por G1

O Ministério da Educação divulgou nesta quarta-feira (18) as notas do Exame Nacional do Ensino Médio 2016. As consultas são individuais e restritas aos candidatos. Para ter acesso, o estudante precisa digitar CPF e senha no site http://enem.inep.gov.br/participante.

Os candidatos terão acesso às notas de cada uma das quatro provas – ciências humanas, ciências da natureza, linguagens e matemática – e da redação, que teve como tema a intolerância religiosa no Brasil. Para consultá-las, o candidato deve fazer login no site do Enem com dados pessoais e senha. Quem perdeu a senha, pode resgatá-la no botão 'esqueci minha senha.'

As notas do Enem podem ser usadas para disputar vagas no ensino superior público pelo Sistema de Seleção Unificado (Sisu). As datas de inscrições para a edição do primeiro semestre de 2017 devem ser divulgadas nesta quarta. Estudantes que fizeram qualquer uma das três edições do Enem realizadas em 2016 poderão concorrer a vagas pelo sistema.
Em seguida ao Sisu, o MEC abre inscrições para o processo seletivo do Programa Universidade para Todos (Prouni), que oferece bolsas de estudo na rede privada, a partir do desempenho no Enem e da situação socioeconômica do candidato.

Com a nota do Enem, também é possível participar do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies). Ainda não há datas para abertura de inscrições em ambos os programas.


Candidatos com mais de 18 anos podem ainda usar o Enem para receber a certificação do ensino médio

quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Líder de uma organização criminosa que desviou cerca de R$ 2 bilhões dos cofres da Saúde do Maranhão,

Liquidado politicamente, Murad muda o domicílio 
eleitoral
Acompanhado de aliados, o peemedebista – abatido para uns, empolgado para outros – foi até o Cartório Eleitoral de Coroatá realizar os procedimentos devidos para emissão do novo título de eleitor.Líder de uma organização criminosa que desviou cerca de R$ 2 bilhões dos cofres da Saúde do Maranhão, segundo a Polícia Federal, Ricardo Murad transferiu o domicílio eleitoral ontem, segunda-feira (16), para a cidade onde a esposa, Tereza (PMDB), foi derrotada na eleição do ano passado.
Ainda não se sabe ao certo qual o desejo do ex-chefão da Saúde do governo Roseana Sarney ao transferir o domicílio eleitoral, supõem-se que Murad busque, em 2020, tentar recuperar a prefeitura perdida para Luis de Amovelar.
Certeza mesmo é que Ricardo foi um dos maiores derrotados da eleição municipal passada, e por tabela, terá muita dificuldade para reeleger a filha, Andrea, na Assembleia Legislativa.
Nas urnas de 2016, Murad amargou derrota em três municípios que ele dava como certo: Coroatá onde a esposa tentava reeleição; Além de Alto Alegre, local que pretendia retornar ao comando do executivo o médico Liorne. E em Peritoró, cidade que investiu em Dr. Júnior.
Perdeu tudo!!!