Jornalismo com seriedade

sábado, 1 de julho de 2017

Polícia prende casal com 45 kg de drogas no São Cristóvão, em São Luís

A Polícia Civil, por intermédio da Superintendência Estadual de Repressão ao Narcotráfico (SENARC), efetuou no final da tarde de ontem (29), a prisão de Marcos Paulo Carvalho Gonaçalves, 31 anos e Audilene Duarte Alves, 28 anos, ambos suspeitos de tráfico de drogas, no bairro do São Cristóvão, em São Luís.
Segundo a Senarc, foram apreendidos 5KG de cocaína prensa, em forma de tablete, bem como, 26 tabletes de maconha, no mesmo formato, equivalente a 40KG.
A ação policial ocorreu após denúncia anônima, via aplicativo whatsApp, dando conta que a conduzida Audilene transportaria a referida substancia entorpecente da cidade de Alto Alegre do Maranhão para a cidade de São Luis, em ônibus Inter-municipal, local onde entregaria a droga a Marcos, na rotatória do bairro São Cristóvão, e este, por sua vez, a entregaria a outra pessoa, a fim de ser distribuída na região metropolitana.
O Marcos e Audilene foram presos em flagrante delito, e em seguida foram encaminhados à sede da SENARC onde foram autuados por prática de crime de tráfico e associação para o tráfico ilícito de drogas. Logo após, foram recambiados para o Complexo Penitenciário de Pedrinhas onde ficarão à disposição da justiça estadual.

Temendo prisão, Sarney vetou indicação de Nicolao Dino para PGR

Raquel Dodge, a escolhida por Temer, era a preferida do ex-senador José Sarney, o principal conselheiro do presidente. Medo de ir para a cadeia, levou o oligarca a vetar o número um da lista tríplice

O ex-senador José Sarney, o principal conselheiro do ainda presidente Michel Temer, tem muito que comemorar. Por influência do oligarca, Temer (PMDB) escolheu para o cargo de procurador-geral da República Raquel Dodge, segunda colocada da lista tríplice da eleição interna da Associação Nacional dos Procuradores da república (ANPR).

Sarney fez de tudo para que Nicolao Dino, o mais votado da lista tríplice para suceder Rodrigo Janot, não fosse o escolhido pelo presidente.

Sarney é inimigo do governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), irmão de Nicolao. O oligarca acha que por ser Nicolao Dino um dos assessores mais próximos de Janot, o Ministério Público não iria sossegar enquanto não botasse um dos seus na cadeia.

Em maio deste ano, o colunista Lauro Jardim havia reiterado que Temer tinha feito a promessa a Sarney que jamais nomearia Nicolao.

O veto de Sarney, portanto, segue mais uma vez o instinto de preservação política do clã maranhense, que é alvo de diversas investigações, mas tem conseguido se manter fora da cadeia.

Raquel Dodge é conhecida por combater a corrupção e apoiar a Lava Jato. Será que atrelada aos seus ‘padrinhos’, Temer e Sarney, vai ter coragem e isenção para continuar apoiando o trabalho do Ministério Público e dos juízes da Lava Jato?

Não custa lembrar que ela tem a simpatia de líderes de uma organização criminosa, segundo Rodrigo Janot. De acordo como o empresário Joesley Batista, Temer é o chefe da organização criminosa mais perigosa do país. Será que Raquel Dodge tratará essa turma de outra forma?

Com Raquel, Temer, Sarney e aliados continuarão livres de punição e respirando aliviados, distantes da cadeia? Só o tempo dirá!

Em tempo: A nova procuradora-geral da República só assumirá em setembro. Será que Temer se sustentará até lá? Tudo indica que o desembarque dele da presidência pode ocorrer antes disso.

Rocha se alimenta da desgraça de Temer e ganha importância no Senado como mero cumpridor de tarefas

Por Raimundo Garrone

O senador Roberto Rocha (PSB) literalmente se alimentou da desgraça do presidente Temer para finalmente ocupar espaço no governo federal, antes reduzido à sua própria insignificância, e compor o time principal do que restou de uma base aliada, em sua maioria investigada na Lava Jato.

Da noite para o dia, foi nomeado corregedor do Senado e relator da indicação da procuradora Raquel Dodge, o que o faz acreditar ter alguma importância, embora não passe de um cumpridor de tarefas indigestas perante à opinião pública.

Em meio ao turbilhão em torno de Michel Temer, primeiro presidente brasileiro formalmente denunciado pelo crime de corrupção passiva enquanto exerce o cargo, o senador maranhense  vem cumprindo à risca o que é determinado pelo Planalto.

Depois de trair o seu partido o PSB, o eleitor e votar a favor da reforma trabalhista, Rocha antecipa agora o seu relatório favorável, por ordem de Temer, à indicação de Raquel Dodge para a Procuradoria Geral da República, levando em conta somente sua competência e exuberância curricular, sem questionar sua ligação com o ministro do STF, Gilmar Mendes, Sarney e o próprio presidente, defensores do engavetamento da Lava Jato.

Dodge foi a segunda colocada na lista tríplice elaborada pelo voto dos procuradores, vencida por Nicolau Dino, aliado de Rodrigo Janot, a quem é considerada adversária dentro da PGR.

Roberto Rocha quer salvar Temer porque sonha trazer o presidente ao Maranhão – como já prometeu -, na expectativa de garantir investimentos federais que possam alavancar   sua candidatura ao Palácio dos Leões em 2018.

Esquece, no entanto, que esse governo imposto por um golpe parlamentar conseguiu apenas 7% de aprovação, segundo última pesquisa DataFolha.

Em artigo republicado pelo blog, o presidente da OAB/SE, Henri Clay Andrade, diz que “após denúncia de corrupção passiva baseada em fatos estarrecedores revelados em gravação autêntica, Temer, apequenado e enroscado, apega-se à mediocridade e a cumplicidades”.

Além de Loures, Fachin libertou sono de Temer

A dúvida é autora de insônias cruéis. Em sentido inverso, a certeza vale como um irresistível chá de camomila. Ao transferir Rodrigo Rocha Loures da prisão para casa, o ministro Edson Fachin, do STF, fez brotar nos principais gabinetes do Palácio do Planalto a convicção de que o “homem da mala” tomará distância da tentação de se tornar um delator premiado. Sem saber, Fachin libertou junto com Rocha Loures o sono de Michel Temer e dos membros do seu staff.
A prisão de Rodrigo Rocha, elo entre Temer e o delator Joesley Batista, fizera surgir em Brasília um fenômeno sui generis. Tomados de assalto (ops!) por uma espécie de Louresfobia, o presidente e seus auxiliares viviam o temor de uma delação que estava por vir. Premido pelo pânico, Temer chegou a afagar um personagem do qual deveria se distanciar. Chamou de pessoa “de muito boa índole” o ex-assessor filmado correndo com uma mala contendo propina de R$ 500 mil.
Ao elogiar quem merecia repúdio, Temer soou como um refém do potencial delator. Foi como se tentasse recompensar com afagos verbais o silêncio de um cúmplice. Na expressão do procurador-geral da República, Rocha Loures atuou como um “verdadeiro longa manus” do presidente –um personagem que Temer indicara para o delator Joesley Batista como preposto de sua “estrita confiança”.
O alívio com que a libertação de Rocha Loures foi recebida no Planalto é o mais eloquente sinal da fragilidade da situação penal de Temer. Imagina-se que o despacho de Fachin afastou do horizonte o risco de uma delação que transformaria em pó a defesa do presidente da República.

O Supremo provou nesses últimos dias que cadeia é para petista, preto, pobre e puta

Primeiramente, uma consideração: cadeia não é lugar para gente, nem recupera ninguém. Dito isto, vamos à soltura do ex-deputado Rocha Loures (PMDB-PR) autorizada pelo ministro Edson Fachin.
O mundo jurídico considera a decisão de Fachin, que mandou libertar o ex-assessor de Michel Temer, acertada porque o manteve preso em regime domiciliar.
A 1ª Turma do STF também havia determinado há duas semanas a prisão domiciliar aos réus Andréa Neves, Frederico Medeiros e Mendherson Lima, que respondem a inquérito junto com o senador Aécio Neves (PSDB-MG), acusado de pedir propina a executivos da JBS.
A devolução do mandato do senador Aécio Neves, hoje, pelo ministro Marco Aurélio Mello, igualmente foi considerada o cumprimento do devido processo legal no Estado Democrático de Direito.
Ok, beleza.
O diabo é que o Supremo provou nos últimos dias que a cadeia, o xilindró, a prisão, é coisa para petista, preto, pobre e puta — o famoso PPPP, segundo o ator Zé de Abreu.
O seletivismo do STF pode ser constatado com a prisão ad eternum do ex-deputado André Vargas cuja liberdade poucos reclamam por ele ser um “Da Silva”, de origem humilde; ou no sequestro político do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, mantido preso por uma birra do juiz Sérgio Moro, inimigo fidalgo de Lula e dos petistas, mesmo absolvido pelo TRF-4.
E quem olha para os jovens pretos e pobres, quase 700 mil, depositados no cárcere sem ao menos uma condenação? Ninguém. Muito menos o Supremo.
O que se pede é apenas uma coisa: ISONOMIA.

Aliás, foi em homenagem à isonomia [da decisão que pôs os parentes de Aécio em prisão domiciliar] que o ministro Fachin também colocou Rocha Loures em prisão domiciliar.