Jornalismo com seriedade

terça-feira, 26 de setembro de 2017

“Curador” que abusava de adolescentes em ritual de umbanda é condenado a mais de sete anos de prisão


No decorrer das sessões de umbanda, as vítimas foram inicialmente orientadas a ficarem nuas em um dos cômodos da casa, uma de cada vez, na presença do acusado. 
Após seguidas sessões, Sampaio disse para as vítimas que elas teriam que praticar relação sexual com ele, como ritual de purificação umbandista.
Um homem que enganava e abusava de meninas no Município de Codó foi condenado a 7 (sete) anos e 9 (nove) meses de prisão (regime fechado) e a 2 (dois) meses e 25 (vinte e cinco) dias de detenção (regime aberto). O denunciado José Francisco Sampaio foi acusado de violação sexual mediante fraude, estelionato e ameaça. A outra acusada, Hauricelha da Silva Dutra, foi absolvida mediante insuficiência de provas. A sentença foi proferida pelo juiz Holídice Cantanhede, titular da 2a Vara de Codó.

Relata a denúncia que, entre os meses de outubro e novembro do ano passado, o denunciado Francisco Sampaio praticou os crimes acima citados contra cinco adolescentes, utilizando-se da mesma metodologia. Ele se aproximou das vítimas por intermédio de outra adolescente, filha de Hauricelha, que contava a ele detalhes da vida familiar das meninas e, diante das informações, as fazia acreditar que ele tinha poderes mediúnicos. As ações de José Francisco Sampaio eram praticadas na casa de Hauricelha Dutra.

No decorrer das sessões de umbanda, as vítimas foram inicialmente orientadas a ficarem nuas em um dos cômodos da casa, uma de cada vez, na presença do acusado. Após seguidas sessões, Sampaio disse para as vítimas que elas teriam que praticar relação sexual com ele, como ritual de purificação umbandista. Desta forma, as meninas foram induzidas, de forma ardilosa, a fazerem sexo com Sampaio. Elas acreditavam que somente o sexo com ele resolveria os problemas pessoais de cada uma. Além da prática de sexo, ele cobrava a sessão de umbanda das adolescentes, em média 70 reais, caracterizando o delito do estelionato.

Como exemplo de um dos casos, a vítima L. disse que se aproximou de Sampaio por intermédio da filha de Hauricelha. Quando resolveu se encontrar com Sampaio, ele começou a falar sobre detalhes da vida dela. Em um dos encontros, o acusado disse haver uma macumba sobre L., o que somente se resolveria com um benzimento (com a vítima nua) e mediante o pagamento de 70 reais. Em outro encontro ele simulou ser uma entidade espiritual e praticou sexo com a vítima. O fato criminoso veio a público depois que a mãe de uma das vítimas descobriu e contou os fatos às mães das outras meninas. Ouvidas na modalidade ‘Depoimento Sem Dano”, as vítimas relataram todos os detalhes à Justiça.

Em depoimento, a menina L. afirmou que o denunciado disse “não ter medo de nada e que a Justiça era fraca e que, quando estivesse solto, elas iriam pagar”. No caso de outra menina, A. L., o acusado teria dito que havia uma macumba sobre ela e sobre seu namorado, e que somente com a prática do sexo essa macumba seria desfeita. Ele teria utilizado esse argumento com outras meninas, consumando o ato sexual, conforme a denúncia.

“Tendo em vista que José Francisco Sampaio Pessoa respondeu toda a instrução processual preso, mantenho a prisão cautelar do acusado”, finaliza o juiz na sentença.

Detalhes sobre a prisão do “curador” em janeiro de 2017

Após três meses de investigação da Delegacia da Mulher, que é comandada pelos delegados Zilmar Santana e Maria Tecla, foi pedida ao judiciário a prisão do segurança de festa José Francisco Sampaio Pessoa, 35 anos, morador da Rua do Bacuri no Bairro Trizidela, em Codó. Sampaio, como é conhecido, teve o pedido de prisão depois que quatro mães de meninas, com idade entre 15 e 17 anos, denunciaram ele por estupro.

Em conversa com a polícia, as menores chegaram a relatar que o suspeito falava para elas que ele tinha que fazer sexo com as mesmas, para que ficassem purificadas e isso era uma ordem do seu encantado “MÃE MARIA”. Em depoimento à polícia, as mães disseram que assim que acusado ficou sabendo que havia sido denunciado, começou a ameaçar às famílias das vítimas.

Foi efetuada a prisão preventiva de Sampaio e na ocasião o delegado regional Zilmar Santana também cumpriu outro mandado de busca e apreensão na casa dele, onde a Polícia Civil, com o apoio da Polícia Militar, encontrou um revólver com munição. 

“Estamos onde jamais o Governo veio”, diz Flávio Dino ao entregar Escola Digna em povoado de Lago da Pedra


Entrega de títulos de posse de terra
Além da série de obras entregues e anunciadas pelo governador Flávio Dino no município de Lago da Pedra, a inauguração de duas Escolas Dignas encheu os moradores de alegria. O povoado de Centro do Chagas recebeu pela primeira vez a visita do Governo do Estado.

“Estamos onde jamais o Governo do Maranhão veio. Estamos aqui pela primeira vez trazendo uma ação, uma política pública justa, aquela que decide o destino de gerações, a educação”, destacou Flávio Dino.

Na sede do município, o governador apresentou o cronograma de serviços do programa Mais Asfalto, o que marcou o início das obras para recuperação das vias urbanas em apoio à prefeitura da cidade. Também foi apresentada a estrutura do VIVA para que a população tenha opção de lazer e interação.

A segunda Escola Digna inaugurada na cidade nesta segunda-feira foi no povoado de Centro dos Colados.

Houve, ainda, o lançamento do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), em que a Prefeitura irá adquirir alimentos da agricultura familiar para distribuição a famílias em vulnerabilidade social, e a entrega de títulos de terra para 14 famílias, política do Governo do Maranhão realizada por meio do Instituto de Colonização e Terras do Maranhão (Iterma).

“É uma parceria entre prefeitura e governo que tem sido melhor do que o esperado. É um governo que não fez diferença de política partidária, simplesmente chegou nos ajudando e a gente recebe com alegria”, afirmou o prefeito de Lago da Pedra, Laércio Arruda.

Escola Digna
Escola Digna D. João Napoleão, no povoado Centro dos Chagas, em Lago da Pedra
Na Escola Digna entregue pelo governador e que substituiu a antiga construção de taipa no povoado de Centro do Chagas, funcionará a Unidade Integrada João Dias Napoleão, a qual beneficiará diretamente 56 alunos, um investimento de longo prazo no Maranhão.

Ainda nesta segunda-feira, o governador já tinha entregue uma Escola Digna em Vitorino Freire. “O programa Escola Digna é acima de tudo para o futuro. Serão cinco entregas apenas nesta semana, transformando a realidade, elevando a autoestima dos professores e estudantes, e, acima de tudo transformando vidas, o grande objetivo deste governo”, afirmou o secretário de Estado da Educação, Felipe Camarão.

Para pais e estudantes que agora conhecem uma nova realidade, a escola é de fato uma mudança, impossível até de comparar com a situação anterior, como afirmou Maria da Conceição da Silva, mãe de Maysa e Mynara, que estudarão na nova escola: “As crianças ficavam todas apertadas, banheiro não tinha mais. As professoras carregavam água para as crianças beberem, tinha dia que as águas estavam até sujas. Não tem nem como fazer comparação com essa escola aqui”.

Dona Maria considera a nova escola um estímulo à educação das filhas. “Pra gente que é mãe, é uma felicidade grande, imagina para eles que vão estar estudando. Antes era difícil. Agora é só o paraíso, bom demais. Só felicidade!”.

Em Centro dos Colados, foi construída a escola que abrigará a Unidade Integrada Adalgisa Oliveira Silva, com duas salas e agregando 42 estudantes. Para cada prédio foram investidos mais de R$ 388 mil, e, com todo o Escola Digna, mais de 600 prédios escolares já foram beneficiados com completas reformas, reconstruções e construções.
Escola Digna Adalgisa de Oliveira Silva, no povoado Centro dos Colados, em Lago da Pedra.

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

PF fecha fábrica de dinheiro falso no interior de São Paulo


Operação Moneda, desencadeada nesta segunda-feira, 25, cumpre 16 mandados de prisão e 10 de buscas na região do Vale do Paraíba, em São Paulo, contra organização que distribuía cédulas 'frias' também em Rondônia, Rio, Paraíba e Brasília.
Foram apreendidos mais de R$ 200 mil em cédulas falsas, incluindo valores remetidos pelos suspeitos via Correios.

Fausto Macedo e Julia Affonso
O Estado de São Paulo

A Polícia Federal abriu nesta segunda-feira, 25, a Operação Moneda contra um grupo que comprava produtos na internet com moeda falsa. São investigados os crimes de associação criminosa e moeda falsa.

Em nota, a PF informou que está cumprindo 26 mandados expedidos pela Justiça Federal em São José dos Campos/SP: 10 mandados de busca e apreensão, 10 mandados de prisão preventiva e 6 mandados de prisão temporária.

Os mandados de busca e prisão estão sendo cumpridos nas cidades de São José dos Campos, São Paulo e Guarulhos. Participam da Moneda 49 policiais federais, dentre delegados, agentes e escrivães, havendo a participação, ainda, do Grupo de Pronta Intervenção – GPI da Polícia Federal, especializado em situações de risco.
As investigações tiveram início no final de outubro de 2016. Uma pessoa foi ao plantão da Polícia Federal em São José dos Campos e relatou que havia anunciado, pela internet, a venda de um aparelho celular. Segundo a vítima, um homem, que fez contato como interessado na compra, foi até sua casa, retirou o aparelho celular e pagou utilizando R$ 1.100 em cédulas falsas, o que somente foi percebido por ela algum tempo depois.

No curso das investigações, várias outras vítimas residentes no Vale do Paraíba foram identificadas pela Polícia Federal, todas informando fatos semelhantes, isto é, que haviam anunciado produtos à venda via internet (normalmente celulares e videogames) e que pessoas interessadas na compra de tais produtos compareciam em suas residências, retiravam os produtos e pagavam utilizando cédulas falsas. Essas pessoas foram identificadas pela Polícia Federal e já foram reconhecidas pelas vítimas como sendo autoras do crime.
Por meio de interceptações telefônicas autorizadas pela Justiça Federal em São José dos Campos/SP, foram identificados três suspeitos da prática dos crimes de associação criminosa e moeda falsa na região do Vale do Paraíba, bem como vários outros suspeitos e quadrilhas atuando na fabricação e distribuição de cédulas falsas em São Paulo/SP, Guarulhos/SP e Mogi das Cruzes/SP, inclusive remetendo grande quantidade de cédulas falsas a outros Estados como Rondônia, Rio de Janeiro, Paraíba e Brasília – DF.

A PF apresentou o balanço da Moneda:

– Fechamento de uma “fábrica” de cédulas falsas na cidade de Mogi das Cruzes, com prisão em flagrante de três pessoas e apreensão de cédulas falsas e equipamentos utilizados para fabricação das cédulas;
– Prisão de nove suspeitos, incluindo dois presos em flagrante no estado da Paraíba;

– Apreensão de mais de R$ 200 mil em cédulas falsas, incluindo valores remetidos pelos suspeitos via Correios.

Os presos serão encaminhados à custódia provisória e ficarão à disposição da Justiça Federal, sendo que as investigações deverão ser concluídas em até quinze dias e encaminhadas ao Ministério Público Federal, para análise e oferecimento de denúncia.

Lavrador rural declarado morto pela ex-mulher em Bacabal, finalmente consegue provar que continua vivo


Para provar que está vivo, o idoso João Paulo da Silva Rodrigues, 63 anos, passou quase um ano até ver cumprido um dos pedidos da Ação Declaratória de Anulação de Registro Civil C/C Restauração, ajuizada pela Defensoria Pública em Gurupi. Nesta sexta-feira (22) ele recebeu a Certidão de Anulação do Assento de Óbito. De agora para frente, civilmente vivo, João aguarda a restauração dos demais documentos pessoais.

Entendo o caso

O idoso, que é lavrador rural, procurou a Defensoria Pública do Estado do Tocantins depois que, ao tentar por várias vezes dar entrada no pedido de aposentadoria na Previdência Social, descobriu que constava nos registros do INSS que ele foi declarado morto desde 1993, quando residia em Bacabal, e que o beneficio já era concedido a sua ex-esposa, apesar de ter se separado há 23 anos, quando mudou-se para o Tocantins e passou a viver maritalmente com outra mulher, obtendo, portanto, a situação de União Estável desde então. Ou seja, o autor é considerado como morto há 23 anos e pelo mesmo curso de tempo a ex-companheira recebe aposentadoria em seu nome.

O defensor público de Gurupi, José Alves Maciel, informou que já peticionou no processo para que seja encaminhada ao Assistido, a averbação na certidão de casamento da anulação do óbito, conforme pedido na ação judicial. “O senhor João Paulo foi vítima de uma fraude sem tamanho, por se tratar de uma pessoa humilde, idosa, hipossuficiente e que se encontra impossibilitado de produzir o próprio sustento da família em decorrência da falta da aposentadoria que lhe é de direito, estamos diligentes para que a sentença seja cumprida integralmente o mais rápido possível”, afirmou o defensor.

A sentença foi deferida em abril de 2017.

Ação Judicial

Na Ação, a Defensoria Pública pede a intimação da escrivã do 3° Cartório Extrajudicial de Bacabal, responsável pela emissão da Certidão de Óbito do idoso; que seja intimada ainda a Agência de Previdência Social de Granja- CE, para que disponibilize documento constando o recebimento do benefício de aposentadoria em nome da ex-esposa do idoso, a título de prova documental, e ainda que seja suspenso imediatamente o benefício desta, e que seja disponibilizado o benefício de aposentadoria a ele próprio, que está vivo.

Sarney fracassa na tentativa de colocar delegado aliado no comando da PF

Resultado de imagem para sarney

O ex-senador José Sarney (PMDB) fracassou na tentativa de indicar o novo diretor-geral da Polícia Federal.
O oligarca queria o delegado Fernando Segovia, um ex-aliado que comandou a superintendência da PF no Maranhão, mas perdeu a queda de braço para setores da corporação que defendiam a manutenção do atual diretor, Leandro Daiello, que permanece no cargo a pedido do atual ministro da Justiça, Torquato Jardim.
A permanência de Daiello acontece no momento em que o presidente Michel Temer e outros políticos de peso do PMDB — incluindo Sarney, denunciado no Quadrilhão — são alvos da Lava Jato e de ações da Polícia Federal.
Se esperava boicotar a PF, se blindar de investigações ou alcançar favores políticos ao colocar um cavalo de troia no seio da corporação, como aconteceu na ocasião das operações Faktor e Navalha, Sarney mais uma vez deu com os burros n’água.
E agora, José?!