Jornalismo com seriedade

quinta-feira, 28 de dezembro de 2017

RESIDENCIAL COQUEIRO: PREFEITO LUCIANO PROMOVE PRIMEIRA REUNIÃO DE ENTREGA DO MINHA CASA MINHA VIDA


Na tarde desta quarta-feira (27) a Prefeitura de Pinheiro através da Secretaria de Desenvolvimento Social - SEMDS promoveu a primeira reunião de entrega para os sorteados do Minha Casa Minha Vida.

A reunião que contou com a presença do Prefeito Luciano, o engenheiro da empresa Lua Nova responsável pela obra César Leite, a secretária de Desenvolvimento Social Selma Durans, a Coordenadora de Assistência Social Adriana Vasconcelos e a Coordenadora do Minha Casa e Minha Vida Dayná Ferraz serviu para explicar o cronograma da obra e tirar dúvidas sobre a entrega das casas que está prevista para meados de fevereiro.


São 500 casas com 43,30 mt², tratamento de esgoto, 2 quartos, sala, cozinha e banheiro que conta com um sistema moderno de aquecimento de água via placa solar que proporcionará até 25% de energia.

A entrega da casa está prevista para feveiro devido ao atraso da Cemar que não cumpriu seu cronograma agendado pra começar em dezembro e até agora não deu início.

As louças (vasos e pias) serão instaladas próximo a entrega porque a construtora instalou em 400 casas e tiveram 100 casas furtadas.

O residencial também contará com um Centro Comunitário, Praça com Playground e uma quadra com traves de futebol e postes para rede de vôlei.

Na reunião o modelo de contrato foi apresentado para os beneficiários e dúvidas puderam ser esclarecidas na ocasião.

A entrega das residências do Minha Casa Minha Vida é inédita em Pinheiro devido ao esforço do Prefeito Luciano em intermediar os trâmites legais.

“É com muita satisfação poder entregar essas casas em minha administração após tantos projetos não saírem do papel em gestões anteriores; apesar desse benefício não ter sido iniciado por mim fico muito feliz em poder intermediar processos burocráticos e concretizar essa entrega.  Desejamos que os beneficiários sejam muitos felizes em seus novos lares.”


A coordenadora do Minha Casa Minha Vida Dayná Ferraz, explicou que cerca de 420 famílias já estão com toda documentação aprovada e completou em sua fala: “as pessoas que foram beneficiadas e ainda não apresentaram todas as documentações necessárias, devem procurar a secretaria de assistência social para resolver a situação, caso percam o prazo será lançado um novo edital e novas famílias serão sorteadas.”

Deu na Folha: Sarney Filho nunca assumiu frente política da família por não ter carisma e nem voto



Sarney Filho
Em análise da situação da oligarquia Sarney nas eleições de 2018, o jornal Folha de SP fez uma série de avaliações sobre a ameaça que cerca o futuro do clã no Maranhão após as eleições do ano que vem. Em uma delas, a publicação conta que Sarney Filho nunca assumiu a frente política da família por não ter carisma e nem voto.
O jornal contou que “a rigor, nas palavras, Roseana se despediu da vida pública em 2014. Renunciou ao governo um mês antes de encerrar o quarto mandato, não transmitiu o cargo a Dino, viajou para os EUA com os netos e disse que cuidaria da saúde. Antecipou a volta, meses depois, citada na Lava Jato”.
A Folha diz ainda que “sua mãe, Marly, à época afirmou que queria que o caçula, Sarney Filho (PV), assumisse a frente política da família, mas o desejo da matriarca esbarrou no potencial eleitoral do filho. Na avaliação de interlocutores da família, carisma e votos são especialidade de pai e filha”.
Sem votos e sem carisma, a estratégia de José Sarney para o filho Zequinha é que Roseana puxe votos para o irmão, que disputará o Senado depois de 35 anos na Câmara Federal.
O risco de derrota para os dois é iminente, e representaria o melancólico fim da oligarquia que dominou o Maranhão por cinco décadas.

Polícia conclui inquérito da morte do ex-prefeito de Barra do Corda e aponta o filho como autor do crime

Ex-prefeito Nenzin foi morto no dia seis de dezembro e inquérito aponta que o assassinato foi cometido pelo próprio filho da vítima.
A polícia ainda continua investigando o caso e tenta rastrear algumas ligações para descobrir se Mariano Filho contou com a ajuda de alguém para executar o crime.

A polícia concluiu o inquérito sobre o assassinato do ex-prefeito de Barra do Corda, Manoel Mariano de Sousa, o Nenzin, assassinado no dia seis de dezembro.

Para a polícia, pelas circunstâncias do crime e os depoimentos de mais de vinte pessoas, o principal suspeito é o filho do ex-prefeito, que estava com ele na hora do crime.

Foram 21 dias de investigação. O laudo dos peritos criminais comprovou que Manoel Mariano Filho, o “Júnior do Nenzim”, atirou contra o pai.

Com o inquérito policial concluído, o caso será encaminhado ao Ministério Público de Barra do Corda, que pode ou não denunciar Mariano Filho à Justiça.

A polícia ainda continua investigando o caso e tenta rastrear algumas ligações para descobrir se “Júnior do Nenzim” contou com a ajuda de alguém para executar o crime.

Imagens de câmeras de segurança de um condomínio mostram a caminhonete no dia do crime. De acordo com a polícia, o veículo passou 40 minutos no local e só depois desse tempo é que a vítima foi levada para o hospital, onde já chegou sem vida.

Depois de deixar o pai no hospital, o filho teria retornado à sua residência para tomar banho e mandar a caminhonete para um lava jato. Esse comportamento fez com que “Júnior do Nenzim” passasse a ser o suspeito número um do crime, o que terminou se confirmando com as investigações.

Mais de 20 testemunhas foram ouvidas e durante esse tempo, a polícia fez três perícias no carro usado por Mariano Filho. Com o inquérito finalizado, até o dia sete de janeiro, a polícia deve fazer a reconstituição do crime.

Indicado para Ministério do Trabalho, Pedro Fernandes votou contra impeachment de Dilma

Pedro Fernandes fez carreira sempre próximo ao ex-presidente José Sarney (PMDB). Foi secretário de Estado na gestão de Roseana Sarney. Mais recentemente, porém, aproximou-se do atual governador Flávio Dino (PCdoB). Em São Luís, seu filho é vereador e está licenciado para ocupar um cargo no governo.
Daiene Cardoso, Renan Truffi e Breno Pires, O Estado de S. Paulo

O deputado federal Pedro Fernandes (PTB-MA), indicado por seu partido para assumir o posto após pedido de demissão de Ronaldo Nogueira (PTB-RS), atual ministro do Trabalho, está em seu quinto mandato consecutivo na Câmara. Engenheiro civil e bancário, ele tem 68 anos e está no PTB desde 2003.

Antes de chegar à sua atual sigla, Fernandes passou pelo PSDB (1988-1995), PSD (1995-1999) e PFL (1999-2003). Foi vereador em São Luís entre 1993 e 1996 e secretário municipal de Obras e Transportes e depois de Infraestrutura na gestão do prefeito Conceição Andrade (PSB).

Fez carreira sempre próximo ao ex-presidente José Sarney (PMDB). Foi secretário de Estado na gestão de Roseana Sarney. Mais recentemente, porém, aproximou-se do atual governador Flávio Dino (PCdoB). Em São Luís, seu filho é vereador e está licenciado para ocupar um cargo no governo.

Na Câmara, Fernandes votou a favor do arquivamento das duas denúncias contra Michel Temer neste ano, a favor da reforma trabalhista encaminhada pelo Palácio do Planalto e contra a abertura do processo de impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff. Apesar de apoiar a reforma trabalhista, ele não quis responder o Placar da Previdência, levantamento feito pelo Estado com deputados federais acerca de suas posições sobre a reforma da Previdência, considerada uma prioridade da equipe econômica do atual governo.

Nas eleições de 2014, o deputado declarou ter R$ 1 milhão em bens, em sua maior parte imóveis. A prestação de contas de sua campanha apresentada ao Tribunal Superior Eleitoral aponta doações na ordem de R$ 251,9 mil. Foi o nono mais votado do Estado, com 85 mil votos.

O PTB indicou Fernandes para assumir o posto de Nogueira após reunião entre o presidente Michel Temer, o presidente do PTB, Roberto Jefferson, e o líder do PTB na Câmara, Jovair Arantes (GO).

Demissão
Fernandes deverá assumir o Ministério do Trabalho no dia 4 de janeiro. O atual ministro, Ronaldo Nogueira (PTB-RS), pediu nesta quarta-feira, 27, demissão ao presidente Michel Temer para se candidatar na eleição de 2018. A saída, antecipada pela Coluna do Estadão, ocorreu seis horas depois de ele participar do anúncio dos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Nogueira é deputado federal.

O levantamento do governo registrou em novembro o fechamento de 12.292 vagas de emprego formal, após uma sequência de sete meses de criação de postos. De maio de 2016 - quando Nogueira assumiu o cargo - até o mês passado, o Brasil fechou 668 mil vagas formais (com registro em carteira de trabalho). Ao Estado, Jovair Arantes negou que o resultado do Caged tenha influenciado na demissão do ministro.

No Palácio do Planalto, a data do pedido de demissão causou surpresa. A expectativa era de que Nogueira deixasse a Esplanada no início de abril, prazo de desincompatibilização do cargo de ministro para quem vai disputar a eleição. A avaliação no governo era de que o demissionário tinha uma boa relação com o Planalto, era conciliador e manteve boa interlocução com sindicatos durante a reforma trabalhista, aprovada em julho deste ano.

A Secretaria de Comunicação da Presidência, em nota, informou que Nogueira pediu exoneração “por motivos pessoais”. “O presidente Michel Temer aceitou e agradeceu pelos bons serviços prestados”, afirmou o órgão do Planalto.

O ministro enviou uma carta a Temer, na qual afirmou que a reforma trabalhista “quebrou” 75 anos de “imobilismo”. Segundo ele, as medidas levaram a uma “ampla retomada da empregabilidade”.

O líder do PTB afirmou que a saída de Nogueira era algo já acordado com a bancada e a previsão inicial era de que ocorresse em outubro. A bancada, porém, pediu que ele ficasse até este mês para que um nome de consenso fosse construído. “Está tudo dentro da regra, do jogo e sem nenhuma crise. Está tudo dentro da absoluta normalidade”, disse o parlamentar.

Jefferson disse que Nogueira quer se dedicar à reeleição para deputado federal e, por isso, optou por deixar o governo. “Ele precisa construir a campanha dele e não está tendo condições de fazer isso”, disse o presidente do PTB.

A saída de Nogueira será oficializada na edição do Diário Oficial da União desta sexta. A posse do novo ministro, embora não confirmada oficialmente pelo Planalto, está prevista para o dia 4 de janeiro.

Desgaste

Neste mês, o ministro demissionário havia sofrido um desgaste. Ele teve de suspender a edição da portaria sobre as regras de combate e fiscalização do trabalho escravo depois de a ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber barrar em decisão liminar (provisória) o texto do ministério. A portaria foi alvo de críticas de entidades sindicais e de defesa dos direitos humanos sob a alegação de afrouxar o combate ao trabalho escravo.

quarta-feira, 27 de dezembro de 2017

Em entrevista à Folha de São Paulo, Flávio Dino diz que elite brasileira tem de ter menos espírito de miami

Sobre a volta de Roseana na disputa ao governo, Flávio Dino diz que isso mostra muito um saudosismo do uso da máquina administrativa. "Estão com síndrome de abstinência de recursos públicos, de luxos. O grupo empresarial deles depende de recursos públicos, que é um sistema de comunicação [Mirante] cujo maior anunciante era o próprio governo do Estado. Ela pagava ela mesma"
Folha – “Comunista graças a Deus”, Flávio Dino (PC do B) começou a governar o Maranhão com a imagem de um só santo, são Francisco de Assis, em seu gabinete. Três anos depois, tentará a reeleição com dez santos na bancada.

De frente para sua mesa, a mesma que foi de Roseana Sarney (MDB), sua adversária política, Dino pregou uma tela da Muralha da China (“uma lição de paciência”), ornando com bustos do comunista Mao Tsé-Tung e o socialista Salvador Allende.

A vista da sacada do Palácio dos Leões, para onde Dino escapa quando precisa espairecer, não o deixa esquecer o desafio que é governar o Estado mais pobre do país, segundo o IBGE. Seu horizonte é uma favela erguida sobre palafitas ao lado do metro quadrado mais caro de São Luís, no forte da ponta de São Francisco.

Folha – Maranhão hoje é compatível com o tempo que vive?

Flávio Dino – Eu brinco que esse negócio do Juscelino, de 50 anos em 5, era fácil. Aqui são quatro séculos em quatro anos. As pessoas terem escola de tijolo, não de palha ou barro, é uma agenda do século 18. As pessoas terem acesso a carteira de identidade é século 19. Ao mesmo tempo, temos uma agenda do século 20 e 21, escola em tempo integral, programa para mandar nossos estudantes para estudar no exterior. Não tivemos greve, pela política respeitosa com os servidores. Aqui a gente não debate o Estado mínimo.

Por quê?

Aqui o povo quer serviço público. Se não for o Estado, não é ninguém.

Como as candidaturas que propõem um enxugamento do Estado vão se sair?

No Nordeste, muito mal. Porque é quase que uma incompatibilidade ontológica, de essência. A reforma da Previdência vai virar um peso nas costas de quem a defender. Claro [que sou contra], e a trabalhista é pior ainda. Esse neoliberalismo vulgar que às vezes um Amoedo (Novo) da vida professa não tem aderência à realidade brasileira.

Há exasperação com a revelação de que o tamanho do Estado possibilitou corrupção.

Mas isso é puramente ideológico. É verdade que havia infelizmente corrupção na Petrobras, por exemplo, mas quem estava ao lado? Grandes corporações privadas. Então, se fosse extinguir o Estado porque é corrupto, ia extinguir o mercado junto.

A Lava Jato criou distorções?

A Lava Jato criou uma narrativa em que os empresários, que eram o chapeuzinho vermelho, bonzinhos, foram extorquidos pelo lobo mau, que era o Estado. Pelo amor de Deus! Todo mundo sabia o que estava fazendo.

A Lava Jato acertou mais que errou, mas errou nesse ponto fundamental, por incompreensão ou conivência. Não critico tanto as decisões.

A de Sérgio Moro contra o Lula o senhor critica.

É um escândalo, uma monstruosidade jurídica. O leitor pode dizer: é porque ele apoia o Lula. Primeiro, o Lula nunca me apoiou aqui.

Vai apoiar em 2018?

Eu espero. Sou cristão, acredito em coisas boas. Como você vai dizer que ele é dono de um apartamento que comprovadamente está no patrimônio de um banco? Aí sim a instrumentalização da Lava Jato atende a certos interesses que hoje não estão claros.

Seu irmão Nicolao Dino é próximo do ex-procurador-geral Rodrigo Janot. Como vê a atuação do grupo?

Janot errou. Podia ter evitado o caos político e jurídico em que o Brasil se meteu e ele aderiu. Por quê? Não sei dizer.

O presidente Temer não indicou seu irmão, mas Raquel Dodge para suceder Janot.

Tenho a impressão de que Raquel não vai na direção de ser arquivadora-geral. A indicação de Fernando Segovia na Polícia Federal, apoiado por Sarney, vinculado politicamente a uma certa posição [é mais problemática]. É difícil qualquer pessoa dizer que vai parar a Lava Jato.

Ainda tem vida longa?

Tem, porque tem os filhinhos dela, netinhos. A família é grande. Vai continuar até que a política se rearrume. Ela virou o principal polo de poder do país, porque não tem outro. Depois das eleições, a força da Lava Jato tende a diminuir, porque é uma anomalia ter um conjunto de profissionais não eleitos com esse poder de ditar o ritmo do país.

O que mostra a volta de Roseana na disputa ao governo?

Mostra muito um saudosismo do uso da máquina administrativa. Estão com síndrome de abstinência de recursos públicos, de luxos. O grupo empresarial deles depende de recursos públicos, que é um sistema de comunicação [Mirante] cujo maior anunciante era o próprio governo do Estado. Ela pagava ela mesma.

O senhor anuncia na Mirante?

Sim, mas bem menos [de 54% da verba publicitária em 2012, caiu para 19% em 2017].

O senhor quer o apoio do Lula no Maranhão, mas seu partido tem outra candidatura.

Há a compreensão de que, no Maranhão, pelo sarneysismo, precisamos fazer uma aliança ampla. Palanque aberto. Ainda tem o Ciro Gomes, o PDT é um aliado nosso.

Quem é o melhor?

Os três têm suas virtudes. Não posso dizer em quem eu vou votar porque dá ciúme.

Não vai votar no seu partido?

Se Manuela estiver na urna, voto nela, claro.

Lula irá até o fim?

Lula deve manter a candidatura até o limite. A candidatura dele é fundamental, imprescindível. Só há eleições livres com ele sendo candidato, não há razão para não ser, a não ser um processo de lawfair, de perseguição judicial. Pergunte a um cidadão médio: o que você acha de Sarney ou Collor soltos e Lula preso? Isso pode tisnar, criar uma nódoa na eleição, é muito grave. Metade da população tem intenção de votar nele.

Metade?

Claro. Se for candidato, ganha. Se a elite brasileira tivesse um pouquinho de espírito nacional, e menos espírito de Miami, concordaria que Lula é importante para o Brasil. [Tirá-lo] abre espaço para uma aventura que seria Bolsonaro presidente, um suicídio nacional e coletivo. (Thais Bilenky, enviada especial a São Luís -MA)