Jornalismo com seriedade: Policiais estão nesse momento à procura do corpo de Eliza Samudio

sexta-feira, 25 de julho de 2014

Policiais estão nesse momento à procura do corpo de Eliza Samudio

Policiais estão nesse momento à procura do corpo de Eliza Samudio


Mesmo com a forte chuva que cai na manhã desta sexta-feira em Belo Horizonte (MG), a polícia de Minas Gerais recomeçou as buscas pelos restos mortais de Eliza Samudio. O Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa (DIHPP) convocou o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar (MG) para dar o apoio na operação que teve início por volta de 10h30. Segundo o primo do goleiro Bruno, Jorge Luiz Rosa Sales, a modelo fora enterrada num terreno perto do Aeroporto de Confins, em BH. Ele está no local ao lado do seu advogado Nélio Andrade.
Jorge viajou na quinta-feira para a capital mineira, escoltado em viaturas descaracterizadas do Batalhão de Operações Policiais Especiais do Rio (Bope). Seu advogado pediu apoio à corporação, porque Jorge diz temer ser morto. O primo de Bruno levou o defensor ao terreno onde o corpo estaria enterrado antes de se apresentar à polícia mineira.
“As informações que ele deu são cabíveis de verificação. Mas isso não muda em nada a situação de quem já foi julgado e condenado”, afirmou o delegado Wagner Pinto, referindo-se aos três condenados pela morte da modelo: Bruno, acusado de ser o mandante do crime; o ex-amigo dele, Luiz Henrique Ferreira Romão, o Macarrão; e Marcos Aparecido dos Santos, o Bola, condenado pela execução e ocultação do corpo de Eliza.
Nélio Andrade contou que Jorge resolveu falar o que sabia porque entrou para igreja evangélica. “O arrependimento e o apoio de um tio fizeram ele falar. De 0 a 10, ele tem certeza absoluta do que contou. Tenho um nome a zelar, se não acreditasse nele, eu não faria nada”, afirmou o advogado, acrescentando que o rapaz — que cumpriu medida socioeducativa pelo crime quando era menor — não vai entrar em programa de proteção à testemunha.
O terreno fica a cerca de 13 quilômetros de Vespasiano, cidade onde Bola morava e, de acordo com o Ministério Público, local da morte. Jorge afirmou que a vítima não foi esquartejada, como contou anteriormente. “A mão dela foi cortada ainda em vida e decepada com uma faca de açougueiro, depois de morta. O corpo foi enrolado em um lençol e lacrado em um saco preto”, garantiu.  Veja a declaração do advogado de Jorge Sales, primo do goleiro Bruno: