Um policial relatou à PGR que o chefe
da polícia do Senado teria realizado medidas de contra inteligência nos
gabinetes e residências dos senadores
A
suspeita é de que policiais legislativos faziam varreduras nas casas dos
políticos para, por exemplo, identificar e eliminar escutas instaladas com
autorização judicial.
De acordo
com o portal G1, a operação se baseou no depoimento de um policial legislativo.
Ele relatou à Procuradoria Geral da República que o chefe da polícia do Senado
teria realizado medidas de contrainteligência nos gabinetes e residências dos
senadores Fernando Collor de Mello (PTC-AL), Edison Lobão (PMDB-MA) e do
ex-senador José Sarney.
O
advogado do senador Edison Lobão e do ex-presidente José Sarney, Antonio Carlos
de Almeida Castro, o Kakay, negou que seus clientes tenham cometido alguma
irregularidade. A declaração foi feita nesta sexta-feira, 21, logo após a
Polícia Federal cumprir diligências no Senado na Operação Métis.
"O
presidente Sarney ficou completamente atônito, disse que não usa os serviços do
Senado desde que saiu do Senado e não fez nenhum pedido de varredura. Ele tem
uma estrutura de ex-presidente da República. O presidente Sarney não usou, não
fez pedido absolutamente nenhum e não foi feita varredura", disse Kakay.
A
respeito de Lobão, o advogado disse que o senador peemedebista fez pedido
justificável neste sentido - da polícia legislativa fazer varredura em sua casa,
após os grampos feitos pelo ex-diretor da Transpetro Sérgio Machado.
"O
senador Lobão desde 2007, esporadicamente faz na tentativa de encontrar grampos
ilegais. O mais importante é que não foi encontrado. Se não foi encontrado, não
tem como se falar em obstrução. Se fosse encontrado, teria de ter uma
formalização. Ele pediu para efeitos de grampo ilegal e eu acho que é natural.
Você tem um cidadão do naipe, do porte de Sergio Machado que grampeia o
presidente do Senado e um ex-presidente da República, é natural que você queira
saber se tem grampo ilegal", destacou o advogado.