Jornalismo com seriedade

sábado, 27 de agosto de 2016

Revitalização do São Francisco pode custar R$ 30 bilhões

A discussão em torno da revitalização do Velho Chico tomou impulso na última semana a partir do lançamento do plano Novo Chico

Todas as ações necessárias para a revitalização da Bacia do Rio São Francisco devem demandar um investimento de cerca de R$ 30 bilhões. A estimativa consta do caderno de investimentos do novo plano gestor de recursos hídricos da bacia do rio, que está sendo finalizado este mês pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF).
A discussão em torno da revitalização do Velho Chico tomou impulso na última semana a partir do lançamento do plano Novo Chico. O presidente em exercício Michel Temer assinou decreto que remodela o Programa de Revitalização da Bacia do Rio São Francisco, instituído em 2001 pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso.
Na último dia 15, a Câmara Técnica do programa fez a primeira reunião e criou grupos de trabalho para detalhar as ações e os custos. Durante o encontro, o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, disse que as intervenções devem custar cerca de R$ 7 bilhões em um período de 10 anos.
A apresentação do plano de ação decenal está previsto para daqui a 90 dias, mas antes desse prazo, já em setembro, o comitê deverá lançar o plano gestor da bacia, que também tem um horizonte de 10 anos. O presidente do comitê, Anivaldo Miranda, acredita que o documento vai antecipar a definição das primeiras decisões do comitê gestor e da câmara técnica.
“Nesse plano, fizemos um diagnóstico e identificamos cenários atuais e futuros para a demanda hídrica até 2035 e definimos também eixos de atuação, metas e prioridades. Vamos oferecer o plano como contribuição. A partir daí, o programa da revitalização poderá economizar tempo e dinheiro e partir para estabelecer quanto será gasto a cada ano.”
Segundo o vice-presidente da CBHSF, Wagner Soares Costa, o novo programa de revitalização cria mecanismos que permitem ter maior controle das ações. “A grande novidade foi a criação do comitê gestor, que vai estabelecer o monitoramento das ações em implantação. Hoje, o que se sabe é que há muitas ações inacabadas e não iniciadas. O que se quer daqui para frente é que a ação comece, se desenvolva e tenha um término com data definida. Com isso, se materializa o resultado esperado da ação.”
Na lista dessas ações anteriores, estão obras de esgotamento sanitário e de abastecimento de água, que somam investimentos de R$ 1,1 bilhão. O plano Novo Chico absorveu essas obras e colocou a estimativa de término delas para 2019.
Segundo o presidente do comitê, os R$ 30 bilhões em investimentos para a recuperação da bacia do São Francisco deverão ser a soma de todos os recursos destinados pelos governos federal, estaduais e municipais e também pela iniciativa privada.
“O programa da revitalização não pode ser entendido como programa do governo federal, mas como programa da União, dos estados da bacia, das prefeituras e inclusive da iniciativa privada. É um novo programa que tem que envolver toda a sociedade, todos os usuários da água e todo o Poder Público num esforço conjunto para vencer esse desafio.”
De acordo com Costa, o levantamento das ações necessárias para a revitalização do Rio São Francisco envolvem, entre outros, a recuperação de áreas degradadas, a recomposição de matas ciliares e a implantação de saneamento básico em todos as cidades que compõem a bacia do rio (são 507, no total).
Além do saneamento, ele aponta que é prioritário recuperar áreas degradadas para que voltem a absorver águas pluviais. Com isso, haveria uma recarga dos lençóis freáticos e a melhora das nascentes. A Bacia do Rio São Francisco envolve os biomas da Caatinga, da Mata Atlântica e do Cerrado. Para o vice-presidente da CBHSF, essa questão faz parte de uma nova visão sobre os recursos naturais.
“Um dos motivos da degradação sempre é a antropização, com a ocupação do solo de maneira desordenada. Para degradar, nós gastamos muito dinheiro. Para recuperar, teremos também que gastar muito dinheiro, pois tivemos uma mudança no sentido econômico do uso dos bens naturais. De 20 anos para cá, essa conscientização veio mais forte e está sendo transformada em ações para que tenhamos os resultados de recuperação.”
Nesse sentido, ele indica que a iniciativa privada, onde estão alguns dos grandes usuários das águas do São Francisco, participem de perto do plano de revitalização do rio.
Conceito
Neste primeiro momento de funcionamento do programa, Anivaldo Miranda alerta para a necessidade de se firmar um conceito de revitalização. Para ele, é preciso tomar cuidado para não confundir oferta com demanda de água.
“Revitalização tem que ser entendida nesse momento como um conjunto de investimentos cujo foco é oferta de água, de melhorar a quantidade e a qualidade da água. É claro que, ao fazer o programa de revitalização, é preciso compatibilizá-lo com outras agendas, como saúde, indústria e economia em geral. São agendas que avançam paralelamente, mas as agendas da revitalização precisam ser conceituadas de forma precisa.”
Dentre as atividades que demandam mais água do rio São Francisco, está a transposição, que vai levar água do Velho Chico para Paraíba, Ceará, Rio Grande do Norte e uma parte de Pernambuco. Para Miranda, a obra é um motivo a mais para acelerar a revitalização, somado a expansão de outros projetos econômicos que vão exigir mais água do rio.

“Os estados que vão se beneficiar com os canais da transposição agora começam a fazer parte da grande família do São Francisco – para o bônus e para o ônus. Isso significa que o programa de revitalização passa a ser de interesse direto desses estados. É um grande motivo para unir todas essas forças para tornar esse programa de fato realidade.” Com informações da Agência Brasil.

Renan diz que Gleisi o provocou, mas sua reação foi desproporcional. "Aqui as pessoas se xingam civilizadamente",

Apesar dos ânimos exaltados pela manhã, o presidente da Casa afirmou que o clima no Senado é o "melhor possível" e que tudo será superado após o julgamento
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), conversou pela terceira vez com jornalistas, nesta sexta-feira (26), para se lamentar pela discussão que teve com a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) durante o julgamento do impeachment. Segundo Renan, ele foi "provocado", porém a sua reação foi "desproporcional". "Eu fui desproporcional e isso não é do meu estilo, sou conhecido por me dar bem com todos, pela minha temperança", comentou. Enquanto conversava com a imprensa, no intervalo da sessão no plenário, o líder do PT, Humberto Costa (PE), disse a Renan que nunca o viu "dar tantas entrevistas em um único dia".
Renan reiterou que está "extremamente chateado" pela sua discussão com Gleisi, pois acredita que a imagem de neutralidade que tenta manter pode ter sido corrompida. Ele voltou a declarar que não sabe se votará ou não no julgamento de Dilma Rousseff, com quem diz manter boa relação. Renan não quer declarar uma posição pois acredita que isso só iria contribuir para acirrar os ânimos.
"Meu maior ativo é conversar com todo mundo, não foi desfazer isso." Sobre a sua aproximação com Michel Temer, Renan disse que trata todos da mesma forma. "Tenho com ele um bom relacionamento. Já divergimos, mas nas minhas contas convergimos mais do que divergimos."
Apesar dos ânimos exaltados pela manhã, o presidente da Casa afirmou que o clima no Senado é o "melhor possível" e que tudo será superado após o julgamento. "Aqui as pessoas se xingam civilizadamente", brincou. Questionado se a vinda do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Senado, na próxima segunda-feira (29), para o interrogatório de Dilma, poderia causar tumulto, Renan comentou que nada vai tumultuar mais do que a confusão em que se envolveu hoje. Bem humorado, Renan disse que "a sorte do Brasil é que só temos processos de impeachment a cada 20 anos", fazendo uma referência ao impeachment do ex-presidente Fernando Collor.
Embora afirme que superou o episódio com Gleisi, Renan insinuou que a atitude da senadora foi de ingratidão. Ele repetiu pelo menos cinco vezes que é alvo de dez ações populares por causa da sua decisão de manter as prerrogativas de Dilma como presidente durante o seu afastamento. "Talvez essa seja uma boa oportunidade para a gente agravar a pena da ingratidão", ironizou o peemedebista.

O presidente do Senado voltou a dizer também que não é o protagonista do impeachment, mas que foi "puxado" para o centro do processo

Marina Silva volta a defender o impeachment de Dilma Rousseff


Disse ainda que processo vai ‘passar Brasil a limpo'


Nesta sexta-feira (26), a ex-ministra Marina Silva, líder do partido Rede Sustentabilidade, voltou a defender o impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.
De acordo com informações do Bahia Notícias, na avaliação dela, o processo vai “passar o Brasil a limpo”, está previsto constitucionalmente e é um salutar à democracia.
"Uma democracia não tem como ser saudável se o abuso do poder econômico, esquemas de corrupção ou o desrespeito à lei passarem a ser o procedimento para se chegar ao poder", afirmou Marina, durante coletiva de imprensa em Curitiba.
Novamente a candidata derrotada à Presidência da República nas eleições de 2014 comentou o crime de responsabilidade que a petista é acusada, entretanto criticou o presidente interino Michel Temer (PMDB) e voltou a defender novas eleições.
"Esse governo [de Temer] tem os mesmos problemas do governo anterior. O modus operandi inclusive é o mesmo, com troca de pedaços do Estado para ter maioria no Congresso, e com pessoas comprometidas na Lava Jato”, alegou ao culpar PT e PMDB pela atual crise econômica e política do país.
A política pediu, mais uma vez, que o Tribunal Superior Eleitoral (STF) julgue a ação contra a chapa de Dilma e Temer, que pode culminar na cassação da chapa. Tal julgamento deve ficar apenas para 2017

sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Menina de 5 anos é espancada até a morte pelo padrasto em Recife


Suspeito chegou a afogar a garotinha em um balde; crime aconteceu em Cruz do Espírito Santo

Uma menina de apenas cinco anos de idade foi morta pelo padrasto após ser espancada em Recife. Antes, a criança havia sido torturada e afogada em um balde pelo suspeito, que foi preso.
Após ser espancada, a criança foi levada ao hospital pelo suspeito, que alegou queda. Os exames apontaram que os ferimentos não foram frutos do acidente relatado pelo padrasto. A menina acabou morrendo no local.
Segundo o R7, o criança e a mãe moravam no município de Cruz do Espírito Santo, na região metropolitana de João Pessoa (PB). O criminoso era foragido de Sapé, também na Paraíba, onde é suspeito de ter assassinado um comerciante, em 2015. Esse crime fez ele levar a mãe de Vitória Gabriele Gomes dos Santos para Pernambuco, onde a menina passou a ser agredida.
Durante três meses, de acordo com testemunhas, a criança foi agredida pelo padrasto, que chegou a espancar Vitória com um fio de carregador de telefone celular


quinta-feira, 25 de agosto de 2016

BRASIL PERDE 94,7 MIL EMPREGOS COM CARTEIRA EM JULHO

Resultado do Caged é fruto de 1.168.011 contratações e 1.262.735 demissões no período
O Brasil perdeu 94.724 vagas formais de emprego em julho deste ano, informou nesta quinta-feira, 25, o Ministério do Trabalho. O resultado do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) é fruto de 1.168.011 contratações e 1.262.735 demissões no período.
O saldo divulgado nesta quinta ficou dentro das estimativas de analistas do mercado financeiro consultados pelo Projeções Broadcast, que esperavam em julho fechamento de 147,2 mil a 81,4 mil vagas. Com isso, a mediana ficou negativa em 90,2 mil postos.
O número de postos fechados em julho deste ano foi menos intenso do que em igual mês do ano passado, quando foram extintas 157.905 vagas. Porém, superou o fechamento de 91.032 vagas formais de emprego em junho de 2016.
No acumulado do ano, o saldo de postos fechados é de 623.520 pela série com ajuste, ou seja, incluindo informações passadas pelas empresas fora do prazo. Este é o pior resultado para o período desde o início da série, em 2002.
No acumulado dos últimos 12 meses, o País encerrou julho com 1.706.459 vagas formais a menos, também considerando dados com ajuste.
Serviços
O setor de serviços foi o maior responsável pelo fechamento de vagas formais no mês de julho, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Ao todo, foram extintos 40.140 postos na atividade só no mês passado, informou o Ministério do Trabalho.
Na sequência figurou a construção civil, com o encerramento de 27.718 vagas com carteira assinada em julho. Também foram responsáveis pelas demissões líquidas o comércio (-16.286 postos), a indústria de transformação (-13.298 vagas), a indústria extrativa mineral (-1.181 postos) e os serviços industriais de utilidade pública (-591 postos).
O resultado do Caged em julho só não foi pior porque a agricultura abriu 4.253 vagas, enquanto a administração pública criou 237 novos postos.
Ao todo, o mês de julho foi caracterizado pela extinção de 94.724 vagas. Em nota à imprensa, o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, afirmou que a desaceleração no ritmo de fechamento de postos reflete uma "recuperação gradual da economia". Em julho do ano passado, o Caged apontou demissão líquida de 157.905.
"Estamos perdendo menos vagas e a tendência para os próximos meses é que essa desaceleração continue e possamos gerar vagas no segundo semestre", avaliou o ministro. Com informações do Estadão Conteúdo


Sebrae promove Jornada Empresarial em Penalva

 Empreendedores receberam orientações empresariais, consultorias e palestras.

Dando continuidade as ações que o Sebrae, por meio de sua regional em Santa Inês, tem desenvolvido junto a empresários e potenciais empreendedores da região da Baixada Maranhense, foi realizada recentemente a Jornada Empresarial em Penalva. O município tem sido alvo de diversas ações do Sebrae, que tem trabalhado o empreendedorismo por meio do projeto Atendimento Territorial.
Foram dois dias de consultorias, orientações empresariais e palestras, conduzidas por especialistas em empreendedorismo e inovação, além da realização da formalização de novos empreendedores. Destaque para as palestras “Inovação a partir do design da marca e do branding” e “Empreendedorismo como fator de desenvolvimento”, que reuniram cerca de 70 participantes.
O empreendedor Edilson Rodrigues, que é comerciante em Penalva, foi um dos participantes das palestras e enfatizou a importância do evento para o seu crescimento empresarial. “Aprendi várias coisas nessa Jornada Empresarial e principalmente, vi que eu não estava me atualizando. Não quero me tornar só um pequeno comerciante de sucesso, mas um grande e para isso tenho aprendido muito com o Sebrae”, disse Rodrigues.
De acordo com o gerente regional do Sebrae em Santa Inês, Aluízio Muniz, que atende o município de Penalva, a Jornada Empresarial surgiu a partir de uma demanda levantada pela Associação Comercial de Penalva, que é parceira nas ações e tem buscado os serviços do Sebrae.
“O nosso trabalho começou com a conscientização dos empreendedores, de que é preciso se capacitar, buscar informações e soluções para implementar e fortalecer seus negócios. A missão é árdua, mas aos poucos estamos conseguindo trazer os comerciantes para a sala de aula e cada ação é uma conquista, principalmente por ver a satisfação deles ao termino de uma capacitação”, afirmou Muniz.
A jornada foi realizada com o apoio da Associação Comercial de Penalva e teve uma programação direcionada a empresários e potenciais empreendedores, a maioria donos e funcionários do comércio local, que na ocasião aproveitaram a oportunidade para ouvir dicas e tirar duvidas com os palestrantes.
Para o presidente da Associação Comercial, Everaldo Dequeixes, a presença da equipe do Sebrae, orientando e trazendo informações para a classe empresarial do município é uma forma de contribuir para o fortalecimento do comércio local. “Queremos que os nossos associados e todos que atuam no comércio tirem proveito desse momento, conheçam o trabalho do Sebrae e fiquem mais motivados com a atividade que exercem”, disse.
Gilciléa Marques
Unidade de Marketing e Comunicação
Regional do SEBRAE em Santa Inês - Ma
Contatos: (98) 8237-3242
Sebrae – Santa Inês -MA (98) 3653 2461


Terremoto na Itália deixa pelo menos 247 mortos e 368 feridos

O tremor devastou a cidade de Amatrice e também deixou vítimas em Accumoli e Arquata

Mais Um terremoto de 6 graus na escala Richter atingiu na madrugada desta quarta-feira (24) o centro da Itália e matou pelo menos 247 pessoas e deixou outras 368 feridas, segundo o novo balanço divulgado pelo Departamento de Proteção Civil da Itália, anunciado pela CNN nesta quinta-feira (25). A informação foi confirmada pela ANSA, agência nacional.
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Contudo, muitas pessoas ainda estão debaixo de escombros, e o balanço de vítimas deve se agravar nas próximas horas. O tremor foi registrado às 3h36 (hora local), com epicentro a 2 km da cidade de Accumoli, situada a 145 km de Roma, onde o sismo também foi sentido.
 Seu hipocentro - ponto onde se origina um terremoto - ocorreu a apenas 4 km de profundidade. Às 4h32 e 4h32, duas réplicas foram percebidas, uma nas proximidades de Norcia, na região da Úmbria, e outra em Castelsantangelo sul Nera, em Marcas. Nestes casos, o hipocentro foi a 8 e 9 km de profundidade, respectivamente.
 "É um drama, metade da cidade não existe mais", declarou o prefeito Sergio Pirozzi. Para piorar, o próprio hospital municipal não está em condições de ser usado. "A situação é dramática, muitas pessoas estão sob os escombros", acrescentou. Os feridos recebem os primeiros socorros na rua e depois são transferidos de ambulância para Rieti, a 60 km de distância.
O primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, afirmou que "os feridos foram levados para fora de Amatrice e Accumoli com helicópteros e ambulâncias. Foram 368 somente nesta manhã", informou Renzi.
"Há alguns problemas para o reconhecimento dos corpos, mas estamos trabalhando nisso". A declaração de Renzi foi dada em em Rieti, uma das províncias mais afetadas pelo abalo sísmico, onde o premier também destacou que será preciso um "longo período de gestão" para lidar com a emergência provocada pelo terremoto. "A emergência demandará um longo período de gestão. Deveremos estar, todos, à altura deste desafio", disse. Com informações da ANSA.