NÃO ABRE MÃO DOS CARGOS
SARNEY FICA SEM FORÇA POLÍTICA
O principal alvo do Planalto para assumir as vagas é o
PP, responsável pela terceira maior bancada da Câmara, com 49 cadeiras
Os
seis ministros do PMDB fizeram um acordo com a cúpula do partido e se recusaram
a abrir mão dos cargos que ocupam no governo da presidente Dilma
Rousseff. A decisão dos ministros demonstra que o PMDB — que desembarcou
oficialmente do governou nesta terça-feira (29) — está novamente rachado entre
a ala de Michel Temer e José Sarney e a de Renan Calheiros. O racha é o mesmo
que marcou a sigla há 15 anos.
Kátia
Abreu (Agricultura), Marcelo Castro (Saúde), Celso Pansera (Ciência e
Tecnologia), Eduardo Braga (Minas e Energia), Mauro Lopes (Secretaria de
Aviação Civil) e Helder Barbalho (Secretaria de Portos) declararam à presidente
que só deixam seus cargos se ela precisar deles nas negociações para agregar
votos contra o processo de impeachment, que tramita na Câmara dos Deputados.
Para
a recomposição da base, o principal ministério que pode ser utilizado é o da
Saúde. A pasta conta com um orçamento superior a R$ 100 bilhões por ano. O
principal alvo do Planalto para assumir as vagas é o PP, responsável pela
terceira maior bancada da Câmara, com 49 cadeiras.
Pagar
para ver
Kátia
Abreu diz que “paga para ver” se todos serão expulsos por desobedecer a decisão
do Diretório Nacional. Pelo Twitter, ela anunciou que os ministros ficam no
governo e no PMDB.
—
Continuaremos no Governo e no PMDB. Ao lado do Brasil no enfrentarmos da crise.
[…] Deixamos a Presidente a vontade caso ela necessite de espaço para recompor
sua base.