CUNHA COGITA RENUNCIAR E FAZER DELAÇÃO ‘PARA SALVAR MULHER E
FILHA’
Brasília arde em chamas na noite desta terça-feira (14),
após o Conselho de Ética aprovar a cassação do mandato de Eduardo Cunha (PMDB)
por 11 votos a 9. A expectativa no Congresso é que ele renuncie e faça delação
para salvar a filha e a mulher, que é ré na Lava jato.
Segundo relato de parlamentares o próprio Cunha teria
admitido em particular a renúncia. Para consumo externo, o presidente afastado
tem garantido que lutará na próxima trincheira: a Comissão de Constituição e
Justiça (CCJ), etapa anterior à votação da cassação em plenário da Câmara.
Nas últimas 48 horas, vieram à tona essa intenção de
megadelação de Cunha. Ele já teria avisado que, se cair, levará 150 deputados, um
senador, outro ministro e o próprio interino Michel Temer (PMDB).
O presidente da CCJ é seu aliado Osmar Serraglio (PMDB-PR).
Em abril, um dia depois da votação do impeachment de Dilma
na Câmara, o parlamentar paranaense defendeu “anistia” para Cunha. Após a
declaração de fidelidade, Serraglio “virou” presidente da poderosa CCJ.
“Eduardo Cunha exerceu um papel fundamental para aprovarmos
o impeachment da presidente. Merece ser anistiado”, declarou na época.
Outrora imbatível, Eduardo Cunha passou de caçador a caça. Nesse momento
pré-degola, somem os amigos. O primeiro a virar-lhe as costas foi o Palácio do
Planalto