Jornalismo com seriedade: Empresa fantasma ‘capacita’ professores de São João Batista

sábado, 19 de novembro de 2016

Empresa fantasma ‘capacita’ professores de São João Batista

Em meio a uma crise financeira, o vice-prefeito de São João Batista, Fabrício Costa Correa Júnior, o Júnior de Fabrício (PPS), que está no comando do Município de forma interina, contratou por dispensa de licitação, uma empresa de fachada para realizar a capacitação dos professores, por meio de formação continuada. A empresa contratada foi a GCT – Gestão Consultoria e Treinamento. Até agora a Prefeitura ainda não divulgou no Diário Oficial do Estado (DOE) qual valor foi pago à empresa, mas, o blog já está buscando essa informação e em breve vai revelar os detalhes da negociação.
Segundo informações, o contrato teve o objetivo de “aprimorar os conhecimentos dos docentes”. Além disso, a formação continuada de professores serve como uma questão fundamental nas políticas públicas para a educação.

No endereço informado à Receita Federal, existe na verdade, uma residência, com nenhuma característica que sequer lembre o funcionamento de uma empresa responsável por esse tipo de serviço.
No imóvel onde deveria funcionar a Consultoria não existe nenhuma placa que a identifique e, também não vimos movimentos de funcionários. É apenas uma residência, localizada na Rua Dois, Quadra J, Nº 13, Alto do Calhau, em São Luís – MA.

Detentora de um capital social de R$ 20 mil reais, a GCT está registrada em nome de Albiane Oliveira Gomes. O blog apurou que Albiane Gomes se formou em Pedagogia pela Universidade Federal do Maranhão, em 2003. Ela possui vários vínculos empregatícios com prefeituras e instituições privadas.
A Prefeitura de São João Batista enfrenta uma situação financeira grave. Desde que Júnior de Fabrício assumiu o Município os gastos com a folha de pagamento passaram a ser maior do que a verba recebida pelo Município, o que resultou em paralisação de obras e constantes atrasos de salários.

MAIS DENÚNCIA

Estamos apurando se o prefeito interino utilizou empresa fantasma para comprar notas fiscais com objetivo de justificar gastos de serviços para poder desviar os recursos recebidos pelo Ministério da Educação. Além disso, o blog vai trazer na próxima matéria os vínculos empregatícios suspeitos da professora Albiane Gomes com órgãos do setor público.