A bancada do PMDB na Câmara dos Deputados reagiu
fortemente nesta quarta-feira, 15, ao ver o nome do ex-ministro do Supremo
Tribunal Federal (STF) Carlos Velloso como um dos principais cotados para assumir
o comando do Ministério da Justiça no lugar de Alexandre de Moraes.
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Nas rodas de conversa no plenário da Casa e nos
grupos de WhatsApp da bancada, deputados peemedebistas estão chamando de
"traidor" o presidente nacional do PSDB, senador Aécio Neves (MG), a
quem atribuem a indicação do nome de Velloso ao presidente Michel Temer (PMDB).
A bancada do PMDB trava uma briga nos bastidores
com o PSDB pelo Ministério da Justiça. A disputa entre os dois partidos se
acirrou principalmente após o PSDB ganhar a Secretaria de Governo, para qual
Temer indicou o deputado Antonio Imbassahy (BA).
A bancada esperava indicar o próximo ministro da
Justiça. O nome preferido dos deputados peemedebistas era o do deputado Rodrigo
Pacheco (PMDB-MG). Após declarações com críticas ao Ministério Público, o
parlamentar mineiro foi descartado pelo Palácio do Planalto.
A avaliação na bancada do PMDB é que o partido,
apesar de ter a presidência da República, está sendo tratado como
"coadjuvante" pelo Palácio do Planalto. Deputados peemedebistas
argumentam que não há como o partido manter "posição de protagonismo"
sem estar à frente de espaços importantes.
Para parlamentares do PMDB, os espaços de
"força política" são a presidência da Câmara, hoje com o deputado
Rodrigo Maia (DEM-RJ); a Secretaria de Governo; a liderança do governo (PSC);
ou ministérios "robustos", como Saúde (PP), Educação (DEM) e Cidades
(PSDB)