*Por Francisco Gonçalves
Somente uma pessoa avessa à liberdade, que foi líder da ditadura
civil/militar e deixou como herança os piores índices de desenvolvimento humano
no Estado, não compreende que, na democracia, respeita-se a liberdade de
crença, e que a geração que hoje governa o Maranhão, herdeira das mais belas
tradições humanistas, encontra nas palavras de Jesus fonte de inspiração e
alegria.
Para Jesus o justo se mede pelo que a pessoa faz aos mais vulneráveis,
às mulheres, aos órfãos, aos presos, aos pobres, aos injustiçados.
Somente quem combateu a liberdade, os movimentos sociais e a igreja
progressista, desconhece que nessa terra latino-americana cristãos, democratas,
socialistas e comunistas se uniram pelo justo e pelo belo.
Na longa luta pela liberdade no continente, comunistas leram a Bíblia e
cristãos leram o Capital, construindo novas sínteses teológicas e
programáticas.
Contra o preconceito, o anticomunismo rasteiro do colunista José Sarney,
que um católico seja abençoado por um pastor; que um batista participe da
Celebração Eucarística e que todos nós aprendamos com os cultos afros a
resistência da fé e o amor pela natureza.
Como afirma o papa Francisco, devemos promover a cultura do encontro
amoroso entre as diferenças