O ex-apresentador José Luiz Datena (DEM) lançou ontem (28) sua pré-candidatura ao Senado. O DEM está apoiando o ex-prefeito de São Paulo e pré-candidato ao governo do Estado, João Doria (PSDB), que ainda conta com PSD, PP, PRB e PTC na Coligação Acelera SP. Em sua primeira declaração como pré-candidato, Datena fez duras críticas aos políticos e afirmou que o sistema de segurança pública em São Paulo e no Brasil faliu.
As críticas do ex-apresentador causaram constrangimento, já que sua candidatura, além de ser puxadora de votos para a coligação que o DEM firma em âmbito nacional, serve como alavanca para a candidatura a presidente de Geraldo Alckmin (PSDB), que derrapa nas pesquisas e que até abril era governador do Estado.
“Tem uma parte extremamente ruim na política. Boa parte dela está corrompida, carcomida e podre. Falam só em reformas da Previdência, tributária. Porém, não falam em reforma política. Como vai reformar a política se não reformar os políticos?”, questionou, ao ponderar que existem exceções. “Nem tudo está ruim. Há bons quadros, porque, se a gente não acreditar nisso, o próximo passo será um regime de exceção”, pontuou.
Para Datena, o país se aproxima dessa situação, causada especialmente por problemas na segurança pública. “Venho falando há 18 anos. Segurança pública foi o que ocasionou a intervenção militar no Rio de Janeiro. O crime organizado no Brasil e, principalmente o PCC (facção criminosa Primeiro Comando da Capital), criado em São Paulo, é a organização criminosa que mais cresce no mundo inteiro e isso significa que o sistema de segurança pública do Estado, do Brasil, está falido”, destacou.
O democrata afirmou que sua candidatura representa o desejo de mudança e que nunca poderá julgar um político se não for um. Se eleito, o ex-apresentador declarou que vai lutar em defesa da democracia e contra a desigualdade. Criticou o sistema judiciário brasileiro, o qual, em suas palavras, “não prende quase ninguém e quanto solta um político corrupto dá a perspectiva de liberdade para o membro da facção criminosa”. O ex-apresentador finalizou dizendo que não é de esquerda nem de direita e que vai aceitar todas as boas ideias que venham para o povo.
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