Jornalismo com seriedade

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Vale é obrigada a retirar plataforma naufragada da Baía de São Marcos



O Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA) conseguiu, na Justiça Federal, liminar que determina à Vale S/A e Eusung O&C CO a execução integral do plano de retirada da plataforma Sep Orion e demais estruturas naufragadas na Baía de São Marcos, no prazo de 90 dias. O material encontra-se naufragado há mais de cinco meses, ameaçando o equilíbrio e preservação do meio ambiente.
Plataforma era utilizada na construção do Píer IV (Foto: SEP Orion )
Plataforma era utilizada na construção do Píer IV (Foto: SEP Orion )
Em março de 2013, o MPF/MA ajuizou ação civil, com pedido de liminar, contra a Vale S/A e Eusung O&C CO Ltda., em razão do naufrágio da plataforma Sep Orion, na área portuária do terminal da Ponta da Madeira, e da demora na execução do plano de retirada do material submerso.

Vale não detectou danos após afundamento de plataforma em SLZ

A União, através da Capitania dos Portos, e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), já haviam determinado administrativamente a retirada da plataforma, mas, decorridos cinco meses da apresentação do projeto de remoção ao Ibama, nada foi feito.
Na sentença, o juiz da 8ª Vara Federal do Maranhão considerou que a situação traz risco à segurança e meio ambiente da área e determinou que a Vale S/A e a Eusung O&C CO executem, integralmente, o plano de retirada da plataforma Sep Orion e demais estruturas correspondentes naufragadas na Baía de São Marcos, no prazo de 90 dias, sob pena de multa diária de 50 mil reais.
Em nota, a Vale esclareceu “que já se manifestou nos autos do processo, indicando que o plano de salvatagem para o resgate da Plataforma Sep Orion vem sendo atendido com pontualidade, inexistindo quaisquer riscos de dano ambiental“.
“A metodologia de resgate da Sep Orion já havia sido aprovada pela Capitania dos Portos e pelo IBAMA. Após a sua finalização e, sendo aprovada a futura etapa de remoção, a plataforma será retirada do local atual e levada até um ponto em mar (a ser determinado pelas autoridades competentes), onde será afundada dentro dos critérios exigidos neste tipo de operação, sem prejuízos ao ambiente marinho“, diz o comunicado

Maranhão decreta estado de emergência




 Depois de receber duras críticas em relação à situação dos apenados, o governo do Estado do Maranhão decretou estado de emergência no sistema carcerário estadual e já solicitou apoio da Força Nacional de Segurança para controlar a crise que se instalou desde quarta-feira, quando duas facções criminosas - o Bonde dos 40 e o Primeiro Comando do Maranhão (PCM) entraram em confronto dentro do Complexo Penitenciário de Pedrinhas, deixando um saldo de nove mortos e 20 feridos. A Força Nacional vai ocupar alguns presídios, dentro de alguns dias, para aumentar a segurança, anunciou o secretário da Justiça e Administração Penitenciária do Maranhão, Sebastião Uchôa.

"A governadora assinou ontem esse decreto para facilitar os procedimentos licitatórios, agilizar em matéria de burocracia e, com isso, vai facilitar substancialmente não só a construção, mas a ampliação de presídios. Na capital, será um e outros noves no interior. Fora isso, serão reformadas outras unidades do interior da Polícia Judiciária que passarão para a Polícia Civil e vai nos dar um suporte de 1.800 vagas, eliminando déficit carcerário em definitivo no Maranhão", explicou secretário de estado de Justiça e Administração Penitenciária, Sebastião Uchôa, sem informar quanto será aplicado nas medidas emergenciais adotadas.

Serão construídos um presídio de segurança máxima e presídios convencionais nas cidades de Balsas, Codó, Açailândia, Santa Inês, Presidente Dutra, Viana, Bacabal, Pinheiro e Brejo.


segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Se serve de consolo aos pinheirenses,

Como os leitores podem ver tudo não passa de mais um engodo eleitoreiro a exemplo da refinaria de Bacabeira e tantos outros.saudeevidahospitalbequimao
Mas, se serve de consolo aos pinheirenses, em Bequimão não é só a obra do hospital que se arrasta com a velocidade de um bicho preguiça. A delegacia de polícia, também promessa eleitoreira de Roseana, começou em 2009 e até hoje não foi concluída.
E as mazelas do governo do Estado não páram por aí. Tem também a malfadada ponte do Balandro. Essa é ainda mais escandalosa. Em 2010, Roseana prometeu debaixo de um pé de amemdoeira que construiria a ponte. Pagou mais de R$ 250 mil e a empresa plantou algumas estacas de conreto no rio Itapetininga. E nada mais!
Veio a eleição para prefeito e o preposto dos Sarney em Bequimão utilizou novamente a ponte como trampolim eleitoral. Nova licitação na Secretaria de Cidades e ordem de serviço anunciada no sistema de comunicação da família Sarney, em plena campanha. Nem precisa dizer o resultado. O candidato da oligarquia se elegeu e ponte continua na chon, como diria uma famosa personagem global.
Além de servir para enganar os eleitores  a ponte teve outra utilidade. Depois de protesto da população, que bloqueou a MA-106, a Polícia Militar com apoio do GTA, despersou a multidão a golpes de cacetetes, bombas de gás e voos rasantes de helicóptero, em 2010.
Agora, Roseana está de volta a Pinheiro para anunciar mais uma lorota eleitoreira. E não se espantem se hospital, ponte e delegacia servirem para enganar outra vez o eleitor de Bequimão às vésperas da eleição de 2014.

E como a oligarquia não fala em outra coisa se não em parceria. a pergunta: por que diabos, Roseana Sarney e Zé Martins que pertencem ao mesmo partido PMDB nada fazem para diminuir o sofrimento do bequimãoenses?

Ou essa lenga lenga de parceria é só pra enganar os incautos e fazer foto com prefeitos eleitos pela oposição?

População denuncia caos na saúde de Pinheiro


Saúde de Pinheiro na UTI na administração de Filuca Mendes
Saúde de Pinheiro na UTI na administração de Filuca Mendes
Em Pinheiro, moradores reclamam do que consideram um verdadeiro caos na saúde. De Janeiro a Maio de 2013, o município recebeu R$ 5.967.146,16 em repasses oriundos do Ministério da Saúde, mas a população não percebe a aplicação do dinheiro na área.
Falta de estrutura, hospitais sem médicos e equipamentos defasados expõem a população à mesma rotina de milhares de maranhenses que são obrigados a se dirigirem à capital do estado para conseguir atendimento médico.
Em Pinheiro, a população ironiza a situação, lembrando que prefeito do município, Filuca Mendes (PMDB) , que tem problemas cardíacos, está sempre em tratamento médico no Hospital Albert Einstein em São Paulo.
VALORES REPASSADOS FUNDO A FUNDO – 01/01/2013 a 21/05/2013
UF
Município
Atenção Básica
Média e Alta Complexidade
Vigilância em Saúde
Assistência Farmacêutica
Gestão do Sus
Investimento
Total
MA
PINHEIRO
 1.804.756,00
 3.785.107,73
 183.270,68
 194.011,75
 0,00
 0,00
 5.9

Deputado denuncia convênios suspeitos firmados com município de Pinheiro


Othelino Neto denuncia obras suspeitas
Othelino Neto denuncia obras suspeitas do governo Roseana
O deputado estadual Othelino Neto (PPS) denunciou,  mais duas obras suspeitas da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), desta vez, no município de Pinheiro. Na primeira, o órgão firmou convênio de R$ 287.208,03 para construção de um sistema simplificado de abastecimento de água que, em menos de ano, sucumbiu, restando apenas pedaços.
“A Caixa D’água caiu; a estrutura de concreto, que era para segurar a Caixa D’água, despencou; o poço não funciona, não está ligado a nada, ou seja, R$ 287.208,03 jogados fora. E ninguém explica”, disparou Othelino Neto.
Othelino denunciou também um outro convênio firmado pela Sedes com a Associação Comunitária São Paulo, em Pinheiro, que seria para a recuperação de uma estrada vicinal nos povoados Angelim, São Paulo dos Lobatos e para o Porãozinho. Porém, não existe estrada nenhuma e carro não passa pelo local.
“Além do secretário não ter conseguido explicar nada a cada dia surge uma nova denúncia de recursos públicos direcionados a um lugar que não é o devido destino. Parece que o governo do Maranhão, além de incompetente, ficou surdo para ouvir essas manifestações todas que acontecem no Brasil e no Maranhão, porque as imoralidades no Estado continuam acontecendo a cada dia”, disse Othelino Neto.
Segundo o deputado, como se não bastassem esses convênios, todo dia surge um elemento novo no caso da farra de nomeações do já chamado “Conselhão”. Ele lamentou que o Maranhão continue sendo destaque negativo no país, ao exemplo de recentes matérias publicadas na Carta Capital e na Veja Online, que expõem mazelas do Maranhão por culpa exclusiva do governo do Estado.
CONVOCAÇÃO
Othelino Neto (PPS) disse, ainda na tribuna, que o secretário de Desenvolvimento Social, Fernando Fialho, ficou devendo esclarecimentos sobre uma série de questionamentos feitos em relação ao convênio suspeito com o Instituto Vera Macieira.
“Nós tivemos a oportunidade de perguntar e percebemos o nítido constrangimento do secretário por não ter como responder o que aconteceu com aqueles quase cinco milhões de reais que foram depositados na conta do tal Instituto Vera Macieira, que não tem endereço e nem cara”, disse Othelino.
Segundo o deputado, apesar da tentativa, principalmente dos veículos de comunicação ligados à oligarquia, de passar a impressão para a sociedade de que ficou tudo explicado, infelizmente, Fernando Fialho não conseguiu esclarecer nada.

A ARMALDILHA DA AUDIENCIA PÚBLICA DA SUZANO PARA O BAIXO PARNAIBA MARANHENSE

egunda-feira, 30 de abril de 2012


    


 Qualquer ação da Suzano Papel e Celulose se reveste de profissionalismo. Portanto, ninguém se surpreendeu quando um de seus funcionários se dirigiu á frente dos presentes no auditório Pequeno Principe, município de Chapadinha, durante a audiência pública da sua fábrica de Pellets, e, em poucos segundos, respondeu a família Domingues, do povoado Formiga, município de Anapurus, Baixo Parnaiba maranhense, que a empresa ao derrubar o arame do seu terreno de 148 hectares fora apenas profissional e que não havia nada nesse ato que explicitasse uma rixa pessoal como se a empresa tivesse marcado a comunidade havia tempos atrás por alguma desavença e a justiça, ao conceder a reintegração de posse, desse a tão esperada vingança para a empresa. 
“Agir com emoção é para os fracos”, parece dizer a Suzano Papel e Celulose. Ela subtraiu qualquer emoção da sua convivência com as comunidades agroextrativistas do Baixo Parnaiba e com essa subtração a empresa dera a entender que o projeto de produção de celulose no leste maranhense saíra derrotado em suas previsões mais otimistas de implantação pelo que restava da década de 80 nos municípios de Urbano Santos e Santa Quitéria. 
Assim a década de 80 ficou para trás, bem como a década de 90, e alguém a escrutaria com olhos saudosos de um passado ou, quem sabe, olhos de quem acredita na possibilidade de refazer a década, principalmente, em termos de promessas para si e para os demais membros da comunidade. A Suzano Papel e Celulose se confia na falta de tudo em termos materiais e sociais que assola o Maranhão e sabe que o que não pode faltar nessa situação são as vagas promessas de riquezas. Quem enriquecerá com os plantios de eucalipto pelo Baixo Parnaiba todo que alimentarão a indústria de pellets da Suzano? A riqueza é uma questão de oportunidade e não de princípios e de obediência a legislação ambiental. 
Durante toda a explanação a Suzano Papel e Celulose transmitia uma dose altíssima de profissionalismo, até porque com relação ao Maranhão a empresa não podia ser amadora. As assessorias da própria empresa e da STCP respondiam a todas as perguntas, mas quando eles esbarravam em alguma pergunta mais cortante como as que a família Domingues delineava para o presidente da Suzano esse tão estudado profissionalismo virava papo de assessoria jurídica “não é nada pessoal” ou virava papo de assessoria ambiental “nós reconhecemos o pólo coceira como comunidade tradicional e dialogamos diretamente com os presidentes de associação” ou virava discurso de uma tecla só de executivo “estamos dialogando com as comunidades”. Afinal, quem é a Suzano para reconhecer alguma coisa como se a decisão final partisse dela? Como no Maranhão, as elites brincam de governar e brincam de assistir as comunidades tradicionais o reconhecimento de uma comunidade tradicional que deveria conter um diálogo severo dessa comunidade com o ente Estado agora depende da iniciativa privada que justamente pretende despejá-la. 
A audiência do dia 25 de abril em Chapadinha comprovou o profissionalismo da Suzano. A área da fábrica integra uma fazenda de oito mil hectares anteriormente usada para plantar soja. Essa questão apaziguaria qualquer resistência ou dor na consciência. Desmatou-se tudo mesmo e a empresa destinará a área para outra finalidade. Assim sendo, a SEMA não teria como negar o licenciamento da fábrica. Os danos dos plantios da soja no Baixo Parnaiba serão relegados ao passado. Ver-se-á daqui pra frente os danos da indústria de reflorestamento com eucalipto. 
As audiências públicas se tornaram armadilhas para a sociedade civil de todo o Brasil. As avaliações dos técnicos sobre os empreendimentos não correspondem em nenhum momento as criticas direcionadas pela sociedade civil. Talvez imitando a Suzano que se cansou de dizer “que a audiência era sobre a fábrica e não sobre os plantios” os técnicos responderão que as avaliações se aterão ao empreendimento. Entretanto, o empreendimento não está solto no tempo e no espaço. É claro que um toca no outro ainda mais sabendo que originalmente o município de Chapadinha não compunha o quadro dos municípios de onde a Suzano retiraria a sua matéria-prima. A empresa insistiu no ponto que a fábrica será construída em área alterada pelos plantios de soja. Esse fato em algum momento permite que a empresa se abstenha de recuperar as áreas de reserva legal e de apps desmatadas ilegalmente? Esse fato permite também que a empresa ao comprar a propriedade desentenda-se de que os impactos ocasionados pelos plantios de soja são de sua responsabilidade agora?

sábado, 19 de outubro de 2013

Redução da Maioridade Penal: uma solução ou mais um problema?

Em meio a tantas notícias sobre violência, desejar uma solução para o problema é um anseio perfeitamente legítimo da sociedade brasileira. Porém, quando as soluções propostas são rápidas e não baseadas em pesquisas científicas, corremos o risco de criar novos problemas em vez de melhorar o quadro atual.
Atualmente, a mídia, de modo geral, tem destacado bastante o jovem como uma das maiores ameaças que temos na sociedade. As justificativas para essa alegação recaem muitas vezes numa representação muito negativa que temos sobre a juventude e num mito sobre a impunidade dos adolescentes. Tal crença convoca a população a se posicionar sobre o tema, crendo que casos isolados são de fato a generalização. Dessa forma, acreditar que a redução da maioridade penal seria “a solução” para a questão da violência cometida pelo jovem acaba sendo algo esperado, ainda que equivocada.
Reduzir a maioridade penal é uma proposta de solução para a violência que coloca o adolescente como um dos principais responsáveis pelo problema. Entretanto as estatísticas demonstram que em média, 8% do total dos crimes são cometidos por adolescentes (entre 12 e 18 anos) e entre esses, apenas 10% são crimes contra a vida – de forma alguma esses números são irrelevantes, são graves e precisam ser diminuídos certamente, mas eles também não justificam uma política de redução da maioridade. Entretanto, 70% dos crimes de homicídio tem o jovem como sua principal vítima e, desses, 80% tem como vítima jovens negros. Esses são dados do Ministério da Justiça e do Mapa da Violência.
Dizer que o adolescente é culpado pela violência na sociedade é ignorar fatores objetivos que indicam problemas mais graves e mais, muito mais complexos do que pensar que prendendo indistintamente os jovens resolveremos a questão da violência e do aumento da criminalidade.
Há certamente um mito da impunidade. Todos pensam que nada acontece aos jovens que cometem crimes, talvez pouco aconteça com eles; porém os jovens pobres sofrem os rigores da lei de forma bastante acentuada. É importante lembrar que o Estatuto da Criança e do Adolescente prevê reclusão, mas há um limite de 3 anos para essa reclusão. Ignorar estas questões seria adotar uma solução reducionista e equivocada. A violência é um fenômeno complexo, que possui várias causas arraigadas na cultura e nas políticas sociais, de modo que as soluções também devem ser mais profundas, exigindo reflexão e mudança por parte de todos, pois todos nós temos uma parcela de responsabilidade no problema.
Muitas vezes somos levados a defender a redução da maioridade penal movidos pela indignação frente a alguns casos de menores que cometeram delitos graves. Este sentimento certamente é justificável, porém se considerarmos que os números apontam um verdadeiro “genocídio” de jovens no nosso país – somos o 4º país do mundo em violência contra o jovem – podemos entender que a grande maioria deles carecem muito mais de nossa preocupação, nosso cuidado, nossa compaixão, do que de nossa indignação. Não devemos ver os adolescentes como nossos inimigos, mas sim como seres humanos que precisam de nossa autoridade e orientação.
CESP realizou na ultima sexta feira no auditório da policia militar de pinheiro evento direcionado a redução penal, com a presença de varias autoridade e com a comunidade em geral principalmente a juventude de pinheiro, segundo a presidente Claudia Martins estima-se que 300 pessoas estiveram presente neste evento,mais uma vez o prefeito municipal de pinheiro não compareceu ao evento desta magnitude,




Redução da Maioridade Penal: uma solução ou mais um problema?

Em meio a tantas notícias sobre violência, desejar uma solução para o problema é um anseio perfeitamente legítimo da sociedade brasileira. Porém, quando as soluções propostas são rápidas e não baseadas em pesquisas científicas, corremos o risco de criar novos problemas em vez de melhorar o quadro atual.
Atualmente, a mídia, de modo geral, tem destacado bastante o jovem como uma das maiores ameaças que temos na sociedade. As justificativas para essa alegação recaem muitas vezes numa representação muito negativa que temos sobre a juventude e num mito sobre a impunidade dos adolescentes. Tal crença convoca a população a se posicionar sobre o tema, crendo que casos isolados são de fato a generalização. Dessa forma, acreditar que a redução da maioridade penal seria “a solução” para a questão da violência cometida pelo jovem acaba sendo algo esperado, ainda que equivocada.
Reduzir a maioridade penal é uma proposta de solução para a violência que coloca o adolescente como um dos principais responsáveis pelo problema. Entretanto as estatísticas demonstram que em média, 8% do total dos crimes são cometidos por adolescentes (entre 12 e 18 anos) e entre esses, apenas 10% são crimes contra a vida – de forma alguma esses números são irrelevantes, são graves e precisam ser diminuídos certamente, mas eles também não justificam uma política de redução da maioridade. Entretanto, 70% dos crimes de homicídio tem o jovem como sua principal vítima e, desses, 80% tem como vítima jovens negros. Esses são dados do Ministério da Justiça e do Mapa da Violência.
Dizer que o adolescente é culpado pela violência na sociedade é ignorar fatores objetivos que indicam problemas mais graves e mais, muito mais complexos do que pensar que prendendo indistintamente os jovens resolveremos a questão da violência e do aumento da criminalidade.
Há certamente um mito da impunidade. Todos pensam que nada acontece aos jovens que cometem crimes, talvez pouco aconteça com eles; porém os jovens pobres sofrem os rigores da lei de forma bastante acentuada. É importante lembrar que o Estatuto da Criança e do Adolescente prevê reclusão, mas há um limite de 3 anos para essa reclusão. Ignorar estas questões seria adotar uma solução reducionista e equivocada. A violência é um fenômeno complexo, que possui várias causas arraigadas na cultura e nas políticas sociais, de modo que as soluções também devem ser mais profundas, exigindo reflexão e mudança por parte de todos, pois todos nós temos uma parcela de responsabilidade no problema.
Muitas vezes somos levados a defender a redução da maioridade penal movidos pela indignação frente a alguns casos de menores que cometeram delitos graves. Este sentimento certamente é justificável, porém se considerarmos que os números apontam um verdadeiro “genocídio” de jovens no nosso país – somos o 4º país do mundo em violência contra o jovem – podemos entender que a grande maioria deles carecem muito mais de nossa preocupação, nosso cuidado, nossa compaixão, do que de nossa indignação. Não devemos ver os adolescentes como nossos inimigos, mas sim como seres humanos que precisam de nossa autoridade e orientação.neste contexto o CESP realizou na ultima sexta feira foi realizado no auditório da policia militar de pinheiro evento direcionado a redução penal, com a presença de varias autoridade e com e com a comunidade em geral principalmente a juventude de pinheiro, segundo a presidente Claudia Martins  estima-se que 300 pessoas estiveram presente neste evento,mais uma vez o prefeito municipal de pinheiro não compareceu ao evento desta magnitude, 





Oposição cobra explicação do convênio entre Vitor Mendes e o prefeito de Pinheiro Vitor Mendes é secretário de Meio Ambiente e o pai Filuca Mendes é prefeito do município de Pinheiro

O deputado estadual do Bloco de Oposição, Othelino Neto (PPS), disse, na tribuna da Assembleia Legislativa, nesta segunda-feira (11), que, com base na Lei de Acesso à Informação, encaminhou ofício ao governo do Estado solicitando explicações sobre um estranho convênio “com cheiro de arranjo”, no valor de R$ 4.135.000,00 (quatro milhões e cento e trinta e cinco mil reais), firmado entre a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Semma), cujo titular é Vítor Mendes, e o prefeito de Pinheiro, Filuca Mendes, portanto de filho para pai.
Othelino considerou a justificativa do convênio muito estranha, uma vez que fala de uma tal “implementação de infraestrutura de uso público na área de proteção da Baixada Maranhense com o objetivo de promover a gestão dos meios para desempenhar a contratação de estudos, projetos e gerenciamento de obras de interesse do Estado”. O parlamentar disse que a mesma não diz absolutamente nada e mais se parece “uma sopa de letras” para não dizer nada e para não explicar que destino será dado a mais de R$ 4 milhões que foram transferidos do filho para o pai.
“Chamou a atenção. Pode até não ser ilegal o convênio, mas é imoral. É imoral porque existem alguns fatos assim bem particulares: primeiro, o convênio é de filho para pai; segundo, a APA da Baixada não é só em Pinheiro, então por que fazer um convênio exclusivamente com a Prefeitura de Pinheiro se a Baixada tem outros tantos municípios que fazem parte da APA e que, portanto, a gestão teria que ser compartilhada?”, questionou Othelino Neto ao estranhar que antes, quando havia um adversário político na Prefeitura, a área de preservação ambiental da Baixada não precisava do apoio do Governo do Estado; e agora com Filuca passa a precisar.
Segundo Othelino, quem milita na área e conhece sabe que ficou muito vago, portanto a justifica desse convênio de mais de R$ 4 milhões. O deputado entende que o secretário Vítor Mendes está devendo uma explicação para a sociedade maranhense.


“Vi que o secretário justificou que tentou mandar fazer esse convênio com o ex-prefeito de Pinheiro, Zé Arlindo. Liguei para o ex-prefeito e perguntei se ele havia recebido uma oferta ou algum documento do Governo do Estado oferecendo convênio. O mesmo disse que não só recebeu, como aqueles convênios que ele poderia receber foram sabotados pelos adversários políticos aliados do Governo do Estado”, denunciou o deputado.
Othelino Neto disse esperar que o secretário Vítor Mendes, que não costuma responder aos ofícios, nem aqueles que são baseados na Lei de Acesso à Informação, pronuncie-se e justifique porque o convênio de mais de R$ 4 milhões está com cheiro de “arranjo”.
Segundo o Diário Oficial, o prazo de vigência do contrato é de 18 meses, contados da assinatura realizada no dia 07 de fevereiro de 2013.
Othelino Neto disse esperar que o secretário Vítor Mendes, que não costuma responder aos ofícios, nem aqueles que são baseados na Lei de Acesso à Informação, pronuncie-se e justifique porque o convênio de mais de R$ 4 milhões está com cheiro de “arranjo”.
Segundo o Diário Oficial, o prazo de vigência do contrato é de 18 meses, contados da assinatura realizada no dia 07 de fevereiro de 2013.


Governo Roseana gasta mais de R$ 10 milhões em passagens aéreas



Esse é realmente um governo das alturas.
Pelo menos é que se deduz, literalmente, pelos gastos de R$ 10.920.638,14 com passagens aéreas, distribuídas entre todas as secretarias e órgãos vinculados.
A Secretaria de Saúde detém o maior gasto, com de R$ 6.201.029,28, em sua grande parte, R$ 4,513.337,28 pagos a Brother’s Viagens e Turismo.
O interesante é que quando esteve na Assembleia Legislativa a convite dos deputados, o secretário Ricardo Murad “explicou” que cerca de R$ 6 milhões foram gastos com viagens para tratamento fora domicílio, o que coloca em xeque a saúde do próprio estado, que é “obrigado” a gastar essa fortuna para que os maranhenses possam obter tratamento mais adequado fora do Maranhão.
O mais interesante é que boa parte das agências de viagens foram contratadas sem licitação.
É um dinheiro que foi parar nas nuvens, na esperança de que um dia todos irão para o céu, tal é o grau de boas ações desse governo que é o melhor da vida de Roseana…

Veja as empresas e quanto cada uma faturou em passagens aéreas


AGUIA LOCAÇÃO E TURISMO LTDA

CASA CIVIL 758.106,62
FES 414.744,00
FUNDO ESTADUAL A SOCIAL 67.456,00
INST MA EST SOCIO ECON CARTOGRAFICO 6.300,00
SEC CIDADEDES DESENVOLVIMENTO URBANO 12.745,64
SEC CULTURA 7.950,00
SEC EDUCAÇÃO 413.814,00
SEC JUVENTUDE 184.586,12
SEC EST DESENVOLVIMENTO SOCIAL 36.715,00
FUND COMISSAÕ DE TURISMO INTEGRADO SEC EST DE TURISMO 309.868,00

IDEAL TURISMO

INST COLONIZAÇÃO DE TERRAS DO MA 7.954,10
SEC DA COORD POLITICA E ARTC C/MUNICIPIOS 39.050,17
JOÃO PEDRO VIAGENS RE TURISMO
CORPO DE BOMBEIROS 40.847,00

BRAZTOA ASSOC BRASI DE OPER DE TURISMO

SEC DE TURISMO 20.300,00
SANTA EDWIGES TURISMO LTDA
REP INSTITUCIONAL NO DISTRITO FEDERAL 19.904,41
VOYAGE TURISMO
SUPERIN DP NUCLEO DE PROGRAMA ESPECIAS 7.054,80
ACONGRETUR-AGENCIA DE VIAGENS E TURISMO
DEP ESTADUAL DE TRANSITO 7.200,00
CONSULTING TURISMO E NEGOCIOS LTDA
SEC DE TRABALHO 7.750,00
PLANET TOUR
CORREGEDORIA 13.291,00
SEC. SAÚDE 2.483,00
FUNDO EST DE ASSINTENCIA SOCIAL 30.934,00
PROCURADORIA 10.747,28
SEC CULTURA 82.654,52
SEC DESENVOLVIMENTO SOCIAL 17.312,00
SEC DE PLANEJAMENTO 125.563,00
SEC DE MEIO AMBIENTE 54.425,00

ATLANTA TURISMO LTDA

CASA CIVIL 6.498,00
CONTROLADORIA GERAL 8.134,00
UEMA 51.042,00
CARAVELAS TURISMO
SEC SAÚDE 411.932,00
SEC DE INDUSTRIA E COM 45.390,00
SEC ESPORTE E JUVENTUDE 78.981,00
SEC DE TRABALHO 44.862,00

F.C.MORAIS

AGENCIA DE PESQUISA AGROP E EXT RURAL 25.211,00
CORPO DE BOMBEIRO 7.964,00
SEC SAÚDE 4.850,00
FUNDAÇÃO DA CRIANÇA E ADOLESCENTE 49.733,98
FUNDO DE FORTALECIMENTO DA ADMN TRIBUTARIA 46.706,56
INT D EPESE E MEDIDAS 49.049,93
POLICIA MILITAR 162.566,00
SEC DE TECNOLOGIA 56.576,34
SEC INFRAESTRUTURA 80.266,88
SEC EDUCAÇÃO 16.068,00
SEC FAZENDA 226.687,50
SEC DE INDUSTRIA E COMERCIO 4.855,00
SEC DESENVOLVIMENTO AGRARIO 12.014,00
SEC D A MULHER 2.734,00
SEC TURISMO 131.868,61
SEC PLANEJAMENTO 4.655,56
VIVA CIDADÃO 113.175,30

BROTHER`S VIAGENS E TURISMO

SEC SAÚDE 4.513.337,28
SEC DE CIDADES E DESENVOLVIPEMTO URBANO 5.247,00
BABAÇU TURISMO
AGENCIA ESTADUAL DEF AGROPECUARIA 47.307,00
CASA CIVIL 161.211,00
FUND AMPARO E PESQUISA DES TECNOLOGICO 1.487,00
SEC EST AGRICULTURA PECUARIA E PESCA 21.542,00
SEC ESTADO DE DIREITOS HUMANOS 7.861,00

VILA DO CONDE VIAGENS E TURISMO

SEC COMUNICAÇÃO SOCIAL 1.397,89
SEC TURISMO 97.013,00
SEC PLANEJAMENTO 74.055,00
ARRIBATUR TURISMO
CORPO DE BOMBEIROS 53.742,51
FUND AMPARO E PESQUISA DES TECNOLOGICO 23.716,00
INST MA EST SOCIO ECON CARTOGRAFICO 9.056,00
JUNTA COMERCIAL 8.445,00
SEC DA COORD POLITICA C/MUNICIPIOS 4.339,14

ASSOC BRAS DE AGENCIA DE VIAGENS DO PARANÁ

SEC ESTADO DE TURISMO 10.300,00
GLACYMAR TURISMO
SEC DE EST DA COMUNICAÇÃO SOCIAL 19.075,00

MARATUR MA TURISMO

SEC SAÚDE 1.265.615,00
SEC DE CIDADES E DESENVOLVIPEMTO URBANO 7.910,00
SEC EST AGRICULTURA PECUARIA E PESCA 7.693,00
SEC EDUCAÇÃO 231.511,00

ACONGRETUR-AGENCIA DE VIAGENS E TURISMO

DEP ESTADUAL DE TRANSITO 7.200,00

Vítor Mendes emprega funcionária fantasma na Secretaria do Meio Ambiente


O deputado licenciado e atual secretário de estado, Victor Mendes (Meio Ambiente), mantém na sua pasta como funcionária fantasma, a mulher do presidente do Diretório Municipal do PV, William Júnior.

Segundo o blog apurou, a mulher do dirigente recebe cerca de R$ 6 mil. E o mais grave: nunca colocou os pés na secretaria.

Técnicos da área, que trabalham todos os dias e que, ganham R$ 2 mil mensal, reclamam do privilégio que o secretário oferece para mulher do presidente municipal do partido.

Victor Mendes, que vem fazendo uma administração desastrosa, poderá voltar para o Poder Legislativo nessa minirreforma que a governadora Roseana Sarney pretende fazer nesse semestre.

Marcelo Tavares culpa o governo pelo abandono da Baixada Maranhense



0
Ao participar  da solenidade de instalação da Frente Parlamentar em Defesa da Baixada e do Litoral Norte, o deputado Marcelo Tavares (PSB), líder do Bloco Parlamentar de Oposição (BPO), disse que a situação da Baixada Maranhense é dramática e que a região foi abandonada pelo governo, principalmente nos últimos dois anos.
Tavares, que é de Cajari, um dos municípios da Baixada, elogiou a proposta do deputado Jota Pinto (PR), de criação da Frente para atuar no sentido de resolver alguns problemas da região, como a salinização dos rios.
Marcelo Tavares explicou também que tomou a decisão devido à presença de secretários e técnicos do governo que não teriam direito à palavra para responder aos questionamentos.
Ele assegurou que a falta de ação do governo está levando a Assembleia a buscar uma solução para os problemas da região, através da instalação da Frente em Defesa da Baixada, e que o Poder Legislativo Estadual tem a oportunidade de fazer com essas questões sejam tratadas com responsabilidade. Tavares disse que ouviu decepcionado dos técnicos do governo que ainda é preciso buscar recursos para bancar os projetos.
O líder do BPO afirmou que se o Governo do Estado não tivesse retomado os R$ 47 milhões que o então governador Jackson Lago deixou para o consórcio Conlagos, quando foi cassado, o problema de buscar recursos já estaria resolvido para execução do projeto “Diques da Baixada”. Marcelo Tavares cobrou também que o projeto seja debatido com a população.
“Não se pode fazer diques na Baixada sem discutir com a população”, afirmou. Ele disse, porém, que o projeto não vai resolver todos os problemas da região, uma vez que a região enfrenta problemas graves em vários setores.
Um desses problemas, segundo Marcelo Tavares, é na área das rodovias, a exemplo da MA-014, de Vitória do Mearim a Pinheiro, agora batizada rodovia Deputado João Evangelista, a partir de proposta do próprio líder do BPO. De acordo com o líder do BPO a estrada está em péssima situação, a exemplo de outras rodovias estaduais.
Marcelo Tavares afirmou ainda que os hospitais, as escolas e o terminal de passageiros do Cujupe enfrentam graves problemas que prejudicam a população. Lembrou que se o governo não tivesse retomado R$ 11 milhões deixados pelo Governo Jackson, em convênio com a prefeitura de Pinheiro, o Socorrão regional teria sido feito.

Termina hoje prazo dado por prefeito para concluir reforma da Rodoviária de Santa Inês

Banheiros impróprios para uso, ferros da estrutura do teto enferrujados no chão e sem pintura, obras estariam paradas há mais de 15 dias


A Estação Rodoviária de Santa Inês é uma das mais movimentadas do estado, porém trata-se de uma das mais desestruturadas, não oferecendo qualquer conforto para os milhares de passageiros que passam por ela todos os dias
Enquanto não vem a nova e moderna Estação Rodoviária de Santa Inês, o prefeito Ribamar Alves (PSB), prometeu concluir a reforma total do Terminal Rodoviária de Santa Inês em no máximo 90 dias, segundo informaram para o AGORA várias pessoas que trabalham no terminal de embarques de passageiros da cidade no dia 19 de julho passado
Pela promessa feita pelo prefeito Ribamar Alves que teria sido feita na manhã daquele dia, quando se encontrava em visita àquele logradouro público deveria ser concluída hoje, 19, quando são completados 90 dias, entretanto a tal reforma nem teria começado.
A Estação Rodoviária de Santa Inês é uma das mais movimentadas do estado, porém trata-se de uma das mais desestruturadas do Maranhão, não oferecendo qualquer conforto para os milhares de passageiros que passam por ela todos os dias.
Banheiros inacabados e sujos, sem pia e vasos sanitários, basicamente impróprios para o uso, esgoto dentro do banheiro fechados com pedras pelas próprias pessoas que trabalham no local, lanchonetes sem qualquer mudança, parte da estrutura de ferro do teto ainda no chão, enferrujando, falta água com frequência, não existe acomodação para quem vai esperar para embarcar, a iluminação no entorno dela é péssima, o pátio está tomado de barracas, falta espaço para passageiros se locomoverem de um lado para outro, a segurança é quase nenhuma, também falta local para estacionamento de automóveis e uma reforma que foi iniciada no ano passado vem se arrastando em total prejuízo dos usuários e dos comerciantes em geral.
O prefeito Ribamar Alves teria visitado algumas lanchonetes estabelecidas ali e conversado com quem trabalha nelas e em outros ramos de negócios, que ficaram contentes com as promessas dele  em julho. Já falando com nossa equipe de reportagem na manhã de ontem, sexta-feira, eles não se mostraram nada satisfeitos com a falta de compromisso, já que o prefeito havia prometido, teria que cumprir.
“Acho um falta de respeito com a gente que trabalha aqui, para que veio prometer se não ia cumprir? É lamentável, mas, mais uma vez ouvimos promessas que estão se estendendo até a chegada de campanha política do ano que vem”,  disse uma mulher que trabalha no local e fez questão de nos mostrar a calamidade do banheiro e lanchonete.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Neto de Sarney, Adriano Sarney é especialista em pobreza no Maranhão


Na contramão do senso comum, o Índice de Desenvolvimento Humano dos Municípios, para comentar os dados divulgados no Atlas Brasil 2013 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, PNUD. Para comentar o assunto, o jornal do grupo Diários Associados no Maranhão procurou o filho do neto do senador José Sarney (PMDB-AP), José Adriano Cordeiro Sarney, filho do deputado federal Sarney FIlho (PMDB-MA).
adriano-sarney-203x300Adriano Sarney apresenta suas armas intelectuais que o balizam para a solicita missão. Estudou na  Université Paris I Panthéon-Sorbonne, a mesma instituição que sua tia, a governador Roseana Sarney, jura ter frequentado quando jovem.
A notoriedade do economista vem de berço. Ficou conhecido nacionalmente ao aparecer como sócio de uma empresa de consultoria intermediadora de convênios de bancos com o Senado quando o avô presidia casa. Em seu rol de amizade está a filha do ex-ministro de Lula e ministro da Fazenda de Dilma Rousseff,  Guido Mantega.
Dos dez anos cobertos pela pesquisa do Atlas Brasil 2013, entre 1991 e 2010, o pai esteve cativo na Câmara Federal, com breve hiato para ser ministro do Meio Ambiente no governo tucano de Fernando Henrique Cardoso. Em parte deste período referencial do Atlas, a tia esteve no comando do Executivo do Estado entre 1995 e 2002; e de 2009 até hoje.
Como um bom Sarney, Adriano Cordeiro espertiga-se como expertise em gestão. Na análise de Adriano Sarney, como o pai filiado ao Partido Verde, o índice “ignora aspectos políticos”. Enfim, uma piada levada a sério. Embora nas hostes oposicionistas há aqueles que o reconheçam como preparado, fruto do investimento que as elites depositam em seu legado.
Leia a Palavra do Especialista (sic)
José Adriano Sarney
O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M) do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) visa analisar o desenvolvimento dos municípios do ponto de vista “humano.” É uma tentativa de ampliar a visão do progresso puramente econômico, levando em conta também outras variáveis, como educação e longevidade. Para se calcular o índice são considerados três indicadores: vida longa e saudável (longevidade), acesso ao conhecimento (educação) e padrão de vida (renda). Contudo, o índice ignora aspectos políticos (como liberdade e diversidade), ambientais (como poluição) e outras importantes variáveis sociais (como segurança). Isto porque limita-se a utilizar dados dos Censos Demográficos realizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) onde os aspectos quantitativos predominam.
A China e a Gâmbia, por exemplo, formularam seus próprios índices municipais, adaptando a metodologia do IDH-M às necessidades locais. A China criou o Índice de Risco à Saúde, incluindo variáveis como a exposição à poluição do ar e da água, aspectos nutricionais e capacidade de atendimento dos serviços de saúde.
Organismos internacionais também reconhecem que a metodologia usada não abrange todos os aspectos do desenvolvimento humano. No entanto, a utilização do IDH-M oferece um contraponto ao conhecido Produto Interno Bruto (PIB) que considera apenas a dimensão econômica. Além disso, o índice permite a comparação de indicadores socioeconômicos entre municípios brasileiros, ampliando a discussão de políticas públicas e a busca por melhorias na gestão local rumo ao desenvolvimento humano.
Economista e administrador com pós-graduação em economia internacional pela Université Paris I Panthéon-Sorbonne

Pobreza no Maranhão: a principal herança de Sarney


O Maranhão apresenta a menor expectativa de vida na média de homens e mulheres– 68,6 anos – de acordo com dados divulgados, nesta sexta (02), pelo IBGE. São oito anos a menos que Santa Catarina (76,8), que ocupa o primeiro lugar, e cinco abaixo da média nacional (73,76).
Possui a segunda pior taxa de mortalidade infantil do país, apenas atrás de Alagoas, com 29 crianças com menos de um ano mortas para cada mil nascidas vivas. A média nacional é de 16,7 para 1000. A menor taxa está, novamente, em Santa Catarina (9,2/1000).
As três piores cidades em renda per capita pertencem ao Maranhão, de acordo com o recentemente divulgado Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) – Marajá do Sena (R$ 96,25), Fernando Falcão (R$ 106,99) e Belágua (R$ 107,14). Na média dos municípios, o Estado possui o segundo pior IDHM do país, perdendo apenas para Alagoas – outra terra devastada pelo coronelismo.

Dizem que não é educado falar de quem está doente. Mas a influência dos atos de uma figura pública não deixa de existir quando ela está afastada de suas funções, aposentada ou foi desta para a melhor.
Sem desmerecer todas as denúncias de corrupção, nepotismo, desvio de verbas públicas, entre outras, que recaem contra o ex-presidente da República e do Senado, a miséria em que se encontra boa parte do povo maranhense já era motivo suficiente para qualquer brasileiro bradar “Fora Sarney!”
Corrupção na máquina pública e exploração da pobreza, por ação direta e indireta ou inação, estão intimamente relacionados, mas infelizmente é mais fácil cassar alguém pelo primeiro delito do que pelo segundo. O Maranhão, sob o domínio dos Sarney por décadas, não só permaneceu nas piores posições nos indicadores sociais, mas também viu suas terras serem desmatadas e poluídas, latifúndios crescerem, trabalhadores serem escravizados e assassinados, comunidades tradicionais serem ameaçadas e expulsas, a educação ser sucateada, os meios de comunicação ficarem concentrados nas mãos de poucos políticos.
Isso é assustador, considerando que o Maranhão é um Estado rico. Possui jazidas minerais e gás natural. Água doce em abundância. Partes de seu território estão na Amazônia e no Cerrado. Tem localização privilegiada, com um porto mais próximo dos Estados Unidos e da União Europeia do que os do Sul e Sudeste.
Alguns vão colocar a culpa na própria população que os elege. Não é tão simples – Sarney teve que fugir e virar senador pelo Amapá para não ficar fora do jogo político em um determinado momento. E sua filha, Roseana, já perdeu uma eleição para o governo. O Maranhão possui importantes movimentos sociais e uma sociedade civil cada vez mais atuante, como tenho acompanhado em constantes visitas ao Estado nos últimos dez anos. O problema é o desalento de boa parte da população mais pobre, que – infelizmente – já não acredita que a política possa fazer diferença em sua vida. Independentemente de quem lá estiver.

Governo Roseana vai gastar mais de R$ 1,5 milhão em hospital que deveria estar concluído


Ordem de serviço: mais de R$ 1 milhão para hospital
Ordem de serviço: mais de R$ 1 milhão para hospital
O governo Roseana Sarney fez nova licitação e assinou ordem de serviço para concluir a construção do hospital de 20 leitos, que deveria ter sido entregue no final de 2010, no município de Bequimão.
Agora, serão gastos  mais cerca de R$ 1,5 milhão em recursos públicos para concluir a obra (clique na imagem ao lado e veja). A  ordem de serviço autoriza também a construção do hospital de Pirapemas. A construtora Primor Ltda. será a responsável pela conclusão dos serviços, cujo valor global está orçado em R$ 3.568.631,00. O novo prazo de execução anunciado pelo governo é de 180 dias ou 6 meses.
A obra do hospital de 20 leitos em Bequimão começou no início de 2010 e deveria ser concluída em 270 dias ou nove meses. O valor orçado à época foi de R$ 1,8 milhão. Veja a própria governadora anunciando a conclusão do hospital.
A enrolação do governo Roseana não parou por aí. Outra data de inauguração foi anunciada. Desta vez, em pomposa revista publicada pela Secretaria de Saúde do Estado e distribuída durante audiência pública realizada na Assembleia Legislativa, em 2011, previa a inauguração para outubro daquele ano (clique na imagem abaixo para ver). Outra vez a população de Bequimão foi enganada.
Revista Saúde é Vida anunciou inauguração para outubro de 2011
Revista Saúde é Vida anunciou inauguração para outubro de 2011
É sempre bom lembrar que toda essa dinheirama, mais de R$ 3 milhões, é apenas para concluir a estrutura física do hospital. Depois, a unidade de saúde deverá consumir mais alguns milhões de reais em equipamentos e outros tantos para funcionamento e manutenção.
Em tempo de manifestações populares exigindo a correta aplicação do dinheiro público, não custa nada a população ficar de olho. Afinal, ano que vem tem eleições para governador e, sabe como é, os bequimãoenses estão cansados de ver a cada novo pleito surgirem velhas promessas.
Ainda que os ‘santos’ sejam sempre os mesmos…