Jornalismo com seriedade

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Consumo de crack é maior em escolas particulares de São Luís, diz IBGE


Pesquisa ouviu estudantes de 17 escolas particulares e 48 escolas públicas


A Pesquisa Nacional de Saúde Escolar divulgada nesta quarta-feira (23), aponta para o aumento do uso de drogas e álcool entre estudantes de escolas públicas e particulares no Brasil. Em São Luís, nos colégios particulares o índice de consumo de crack é de 3,1% e nas escolas públicas o índice de consumo de crack é de 1,8%.

Em 17 escolas privadas, 15,9% dos estudantes de escolas privadas já consumiram bebida alcoólica e nas 48 escolas públicas o número é ainda maior, 19,5%. A pesquisa também revelou que em São Luís não há bibliotecas em 10,9% das escolas pesquisadas e 66% das escolas públicas e privadas não possuem laboratórios de informática. Nas escolas públicas, 5,2% dos estudantes já fumaram, pelo menos uma vez. Já na rede privada de ensino o índice cai para 2,5%. Os números de consumo de crack são alarmantes.

A amostragem vai servir como base para a elaboração de projetos de políticas públicas dos ministérios da Saúde e da Educação. Os números de consumo de álcool e drogas preocupam a Polícia Militar, que já tem programas de prevenção, como o Programa Nacional de Resistência às Drogas (Proerd) e o próprio Grupo Especial de Apoio às Escolas (Geap). “Com o resultado dessa pesquisa poderemos aperfeiçoar a nossa atuação e ter resultados mais satisfatórios”, garantiu o tenente-coronel Silva Filho.

O trabalho dos policiais milit
ares do Geap é feito dentro das unidades de ensino do Maranhão. A mensagem levada pelos militares é rápida e objetiva. “A conscientização a dizer não às drogas é feita com palestras, com quadro demonstrativo e exemplos de vida”, explicou o Cabo Queiroz, policial militar.

Brasil
A pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ouviu estudantes de três mil escolas públicas e privadas. No Maranhão apenas a capital foi incluída na amostragem. Os pesquisadores atuaram em 17 escolas particulares e 48 escolas públicas das redes estadual e municipal.

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Vereador de Peritoró é perseguido após declarar apoio a Flávio Dino


Vereador Constantino Neves em evento com Flávio Dino 
O vereador e atual presidente da Câmara Municipal de Peritoró, Constantino Santos Neves (PSB), afirma que vem sofrendo perseguições politicas por parte do Secretário de Saúde do Estado, deputado Ricardo Murad, principalmente depois que assumiu publicamente seu apoio ao presidente da Embratur, Flavio Dino, pré-candidato ao governo do Estado.

O vereador relata que foi surpreendido nesta semana com a demissão de várias pessoas do Hospital Geral de Peritoró, com a alegação de que são amigas ou ligadas politicamente a ele e pelo mesmo votar no candidato adversário do governo. Conforme o vereador são pais e mães de famílias que estão sendo penalizados apenas por perseguição politica devido a sua decisão.

O vereador Constantino é da base aliada do Prefeito Padre Jozias e um dos maiores articuladores do governo municipal. Constantino diz que o seu apoio ao prefeito Jozias continua firme e sólido, mas que na disputa estadual vai continuar votando na oposição como sempre fez. Filiado ao PSB desde 1992, o vereador esclarece que sua posição politica sempre foi clara e fiel aos seus princípios partidários.

Constantino Neves participou ativamente da articulação para eleger o Prefeito Jozias e o vice-prefeito, Jorginho Murad, sobrinho do deputado Ricardo Murad. Ele diz que sempre trabalhou pela unidade local do grupo e vai continuar trabalhando por que acredita no governo municipal. Constantino lamenta as demissões e diz que as pessoas que estão sendo demitidas são livres para tomar suas posições politicas, e que esse fato não  justifica suas demissões

Intervenção federal no sistema prisional do Maranhão

Intervenção federal no sistema prisional do Maranhão é pedida pelo MPF e pela Defensoria Pública da União

O Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA) e a Defensoria Pública da União (DPU) encaminharam representação ao procurador-geral da República, Rodrigo Janot, requerendo o ajuizamento de pedido de intervenção federal na administração penitenciária do estado do Maranhão, perante o Supremo Tribunal Federal (STF), a fim de assegurar os direitos da pessoa humana, diante da crítica situação em que se encontra o sistema carcerário do estado.
Na representação, MPF/MA e DPU destacam a rebelião ocorrida no último dia 09, no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, relatando os fatos ocorridos nas últimas semanas e divulgados na imprensa nacional e internacional, afirmando que “o Sistema Penitenciário do Estado do Maranhão entrou em verdadeiro colapso em razão da inércia da Administração Pública estadual”.
Dentre os fatos relatados na representação, estão os 38 assassinatos de detentos, só em 2013, resultantes de rebeliões e motins; oito ônibus incendiados na capital; clima de pânico espalhado pela cidade, com repartições públicas liberando servidores mais cedo e ônibus circulando somente até às 19 horas e a tentativa de fuga por parte de 25 detentos de Pedrinhas, ocorrida no domingo (13 de outubro), dos quais um conseguiu fugir.
Para o MPF, o colapso sofrido pelo sistema penitenciário é resultado dos últimos anos. “Há vários anos, o sistema penitenciário estadual tem funcionado sem condições mínimas de estrutura e de pessoal, de modo a submeter os presos a todos os tipos de violações à sua integridade física, psíquica, moral e espiritual”, afirma o texto encaminhado ao procurador-geral da República.
A representação destaca ainda que, em agosto de 2013, a Defensoria Pública Estadual e o Ministério Público Estadual recomendaram ao governo do Maranhão que adotasse medidas no âmbito da administração penitenciária, tais como: remanejamento de presos, elaboração de diagnóstico da situação do sistema penitenciário em São Luís e redistribuição dos detentos. No entanto, nenhuma determinação foi atendida.
A representação cita também a recente vinda de um efetivo de 150 integrantes da Força nacional para São Luís e lista as péssimas condições das unidades prisionais, dentre elas: estrutura precária das celas; superlotação; qualidade da alimentação; número insuficiente de agentes penitenciários; falta de colchões para quase metade da população carcerária, que acaba dormindo no chão; atendimento médico, odontológico e medicamentoso deficiente ou inexistente; ausência de local adequado para internar pacientes psiquiátricos; corrupção no sistema carcerário; extrema violência nas unidades prisionais, com excessivo número de mortes; elevado número de rebelião e ausência quase que absoluta de atividades ocupacionais e educacionais.

Na representação, o MPF e a DPU pedem ao procurador-geral da República que ajuíze representação interventiva perante o Supremo Tribunal Federal, para que seja reconhecida a situação de violação de direitos da pessoa humana e adotadas as providências para a efetivação da intervenção federal no sistema penitenciário do estado

Provas dos Enem estão em galpões do Exército, diz MEC



O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, disse hoje (21) que as provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2013 já estão nos estados. Elas estão armazenadas em galpões do Exército, com proteção especial. As provas serão aplicadas neste final de semana, nos dias 26 e 27, a 7,1 milhões de candidatos em 1.161 municípios espalhados pelo país.  
As provas estão em malotes, todos com lacres eletrônicos, informou o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Os cerca de 63 mil malotes de provas têm cadeado eletrônico com GPS para garantir a segurança. Os lacres registram o horário do fechamento do malote na gráfica e o horário em que foi aberto no local de aplicação da prova.
Conforme o ministério, as provas foram impressas em gráficas com segurança máxima, onde não é permitido o acesso ao conteúdo do exame. Ainda na gráfica, foram lacradas e encaminhadas a um galpão do Exército em São Paulo. De lá, foram distribuídas para os galpões nos estados. Esta semana, as provas serão levadas a pontos de distribuição e, posteriormente, chegarão aos municípios onde serão aplicadas. Todo o trajeto é acompanhado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).
De acordo com Mercadante, as medidas devem evitar vazamentos da prova, como os que ocorreram em 2009 e em 2011. O ministro disse que  o calendário de planejamento do Enem está sendo executado sem atrasos.

Vale é obrigada a retirar plataforma naufragada da Baía de São Marcos



O Ministério Público Federal no Maranhão (MPF/MA) conseguiu, na Justiça Federal, liminar que determina à Vale S/A e Eusung O&C CO a execução integral do plano de retirada da plataforma Sep Orion e demais estruturas naufragadas na Baía de São Marcos, no prazo de 90 dias. O material encontra-se naufragado há mais de cinco meses, ameaçando o equilíbrio e preservação do meio ambiente.
Plataforma era utilizada na construção do Píer IV (Foto: SEP Orion )
Plataforma era utilizada na construção do Píer IV (Foto: SEP Orion )
Em março de 2013, o MPF/MA ajuizou ação civil, com pedido de liminar, contra a Vale S/A e Eusung O&C CO Ltda., em razão do naufrágio da plataforma Sep Orion, na área portuária do terminal da Ponta da Madeira, e da demora na execução do plano de retirada do material submerso.

Vale não detectou danos após afundamento de plataforma em SLZ

A União, através da Capitania dos Portos, e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), já haviam determinado administrativamente a retirada da plataforma, mas, decorridos cinco meses da apresentação do projeto de remoção ao Ibama, nada foi feito.
Na sentença, o juiz da 8ª Vara Federal do Maranhão considerou que a situação traz risco à segurança e meio ambiente da área e determinou que a Vale S/A e a Eusung O&C CO executem, integralmente, o plano de retirada da plataforma Sep Orion e demais estruturas correspondentes naufragadas na Baía de São Marcos, no prazo de 90 dias, sob pena de multa diária de 50 mil reais.
Em nota, a Vale esclareceu “que já se manifestou nos autos do processo, indicando que o plano de salvatagem para o resgate da Plataforma Sep Orion vem sendo atendido com pontualidade, inexistindo quaisquer riscos de dano ambiental“.
“A metodologia de resgate da Sep Orion já havia sido aprovada pela Capitania dos Portos e pelo IBAMA. Após a sua finalização e, sendo aprovada a futura etapa de remoção, a plataforma será retirada do local atual e levada até um ponto em mar (a ser determinado pelas autoridades competentes), onde será afundada dentro dos critérios exigidos neste tipo de operação, sem prejuízos ao ambiente marinho“, diz o comunicado