Jornalismo com seriedade

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Raimundo Lisboa se articula para governar o Brejinho,







O ex-prefeito Raimundo Lisboa, associado ao desembargador Guerreiro Júnior, tem um plano: comandar o povoado Brejinho, distrito de Bacabal, caso este seja emancipado.

Enquanto isso, o Tribunal de Contas do Estado diz, com suas decisões, que é conveniente ao povo não confiar tanto assim no ex-prefeito. Na sessão de ontem (20), os Conselheiros  analisaram  a papelada que Lisboa apresentou para comprovar o gasto de dinheiro público na sua gestão. Encontraram muita irregularidade. O resultado é que não tiveram como aprovar as contas de 2007 da Administração Direta.
Os Conselheiros do TCE aplicaram duas multas a Lisboa, uma no valor de R$ 20 mil e outra no valor de R$ 4 mil . É pouco dinheiro para quem ostentou e ostenta uma vida de magnata. Contudo, para o povo que vive do salário mínimo, é muito. É maior ainda a lição que fica para esse mesmo povo quando vê seus gestores não conseguirem comprovar os gastos com o dinheiro público.
Na barca do julgamento de ontem entrou também Lilio Guega, fiel escudeiro de Lisboa. Lilio foi secretário de Saúde de Bacabal e ordenador de despesas do Fundo Municipal de Saúde. Ao analisarem as contas de Guega, os Conselheiros concluíram que havia irregularidades e aplicaram uma multa de R$ 10 mil.

Deputado posa no carro dos Bombeiros

Como eu sempre digo, a cidade de Bacabal é administrada a quatro mãos: pelo prefeito Zé Alberto e pelo seu filho, o deputado federal Alberto Filho.

Quando a coisa não anda bem, tem o pessoal que diz que não é bem assim. Basta alguma ação positiva para que Zé Alberto mande o filho na frente, com objetivo de conquistar pontos de olho na eleição do próximo ano. 

Deputado Alberto filho segurando a mangueira dos Bombeiros
Foi assim que ontem o deputado Alberto Filho deixou Brasília e rumou para o Rio Grande do Sul. Foi, segundo postou na sua página do Facebook, "acompanhar a vistoria do caminhão auto-bomba" que deve ser enviado para o grupamento do Corpo de Bombeiros em Bacabal.

O caso é antigo e já causou muitos prejuízos a falta dos Bombeiros na cidade. A expedição do deputado ao Rio Grande do Sul é mais um ato desse processo que já poderia estar finalizado mas que, graças ao pouco compromisso com a coisa pública, vai sendo conduzido com lentidão para que em torno de cada ato se construa um alvoroço midiático.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Cerca de 1,2 milhão de pessoas fazem uso da droga no país.

Atenção: Epidemia de crack está fora de controle

Cerca de 1,2 milhão de pessoas fazem uso da droga no país.

Pessoa usando crack.

Foto: Divulgação








Um fotógrafo profissional de 40 anos, depois de passar noites vagando pelas ruas, evitando as pessoas, não resistiu aos apelos do vício e entregou sua câmera Canon de última geração, avaliada em mais de R$ 20 mil, nas mãos de um traficante. Em troca, pediu 30 pedras de crack. Duas meninas, uma de 8 e outra de 12 anos, satisfaziam todos os desejos sexuais de "craqueiros", em uma praça do Rio, para ter a droga. Embora os efeitos devastadores do crack sejam conhecidos, nem mesmo os especialistas mais experientes possuem uma receita eficaz para tratar os usuários dessa droga.
“Calcula-se que hoje pelo menos 1, 2 milhão de pessoas usem crack no Brasil. A maioria jovens. A gente não está falando de usuários de uma droga. A gente está falando de uma geração. Acho que estamos despreparados. Estamos de calças curtas. A gente não sabe como lidar com isso”, reconhece a psiquiatra Maria Thereza Aquino, professora da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), que durante 25 anos dirigiu o Núcleo de Estudos e Pesquisas em Atenção ao Uso de Drogas (Nepad).
  Os dramas dos personagens acima foram relatados a profissionais do Nepad, instituição que capacitaprofessores, desenvolve pesquisas e oferece atendimento psicanalítico e terapêutico aos usuários. “Eu, honestamente, de todos os pacientes de crack que atendi, perto de 200, de 2008 a 2010, só recuperei um”, admite a psiquiatra.
Quanto ao aumento do número de usuários no Brasil, que já contabilizaria mais de 1 milhão de pessoas, Maria Thereza se refere ao estudo apresentado no início do mês passado pelo psiquiatra Pablo Roig, especialistano tratamento de dependentes da droga, durante o lançamento da Frente Parlamentar Mista de Combate ao Crack, na Câmara dos Deputados.
"O crack tem uma extensão assustadora. Existe uma sensação de descontrole, de perda da situação", afirma Pedro Lima, da Secretaria municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro.
“É uma coisa que assusta muito a gente. O problema é que quase ninguém sabe como lidar com isso”, emenda a gerente de projetos da Secretaria Nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça, Suelen da Silva Sales, ao anunciar a formação de 900 policiais (militares, civis e peritos) que vão atuar nas fronteiras do país para evitar a entrada de drogas como cocaína e pasta base usadas na produção do crack.

Em 10 meses, governadora Roseana Sarney fez sete trocas em sua equipe de secretários



Ainda faltam pelo menos cinco meses para o prazo de desincompatibilização dos secretários que desejam disputar a eleição de 2014, porém a rotatividade é alta no governo Roseana Sarney (PMDB). Antes mesmo de ter seu secretariado, totalmente desfigurado, a governadora já realizou sete trocas somente em 2013.

Casa Civil; Assuntos Políticos; Ciência, Tecnologia e Ensino Superior; Infraestrutura; Justiça e Administração Penitenciária; Programas Especiais e Juventude, foram as pastas que ocorreram trocas.

Em alguns casos foram apenas remanejamentos, para ajustar de acordo com a visibilidade e os interesses eleitorais em 2014. Porém toda essa troca, evidencia a instabilidade do governo estadual e que simplesmente não existe nenhum planejamento para a realização do trabalho, caso contrário nomes seriam mantidos independente das pretensões eleitorais do próximo.

Na Casa Civil, Roseana trouxe de volta a figura do principal sócio da família Sarney, João Abreu (PMDB), que já tinha ocupado o cargo por outras vezes. Na pasta de Assuntos Políticos, trouxe Ricardo Archer (PMDB), que estava meio afastado do grupo. Na Ciência, Tecnologia e Ensino Superior buscou o ex-reitor do IFMA, José Costa, com intuito de agradar o PT e acalmar os ânimos para as bandas de lá.

Buscando uma vitrine eleitoral, Roseana colocou o seu pré-candidato ao governo, Luís Fernando (PMDB) na secretária de Infraestrutura. Na mais atrapalhada de suas trocas, tirou Sérgio Tamer (PEN) e colocou o despreparado Sebastião Uchôa, que transformou o sistema carcerário do Maranhão em um verdadeiro banho de sangue.

Nas secretárias de Programas Especiais e Juventude, aproveitou para aproximar aliados, trouxe Clodomir Paz (PSL) e Paulo Marinho Júnior (PMDB). Deixando evidente que em muitos os casos, as secretarias estaduais não são nada mais que cabides de emprego.

E olha que vem muito mais troca por aí nos próximos meses...

Consumo de crack é maior em escolas particulares de São Luís, diz IBGE


Pesquisa ouviu estudantes de 17 escolas particulares e 48 escolas públicas


A Pesquisa Nacional de Saúde Escolar divulgada nesta quarta-feira (23), aponta para o aumento do uso de drogas e álcool entre estudantes de escolas públicas e particulares no Brasil. Em São Luís, nos colégios particulares o índice de consumo de crack é de 3,1% e nas escolas públicas o índice de consumo de crack é de 1,8%.

Em 17 escolas privadas, 15,9% dos estudantes de escolas privadas já consumiram bebida alcoólica e nas 48 escolas públicas o número é ainda maior, 19,5%. A pesquisa também revelou que em São Luís não há bibliotecas em 10,9% das escolas pesquisadas e 66% das escolas públicas e privadas não possuem laboratórios de informática. Nas escolas públicas, 5,2% dos estudantes já fumaram, pelo menos uma vez. Já na rede privada de ensino o índice cai para 2,5%. Os números de consumo de crack são alarmantes.

A amostragem vai servir como base para a elaboração de projetos de políticas públicas dos ministérios da Saúde e da Educação. Os números de consumo de álcool e drogas preocupam a Polícia Militar, que já tem programas de prevenção, como o Programa Nacional de Resistência às Drogas (Proerd) e o próprio Grupo Especial de Apoio às Escolas (Geap). “Com o resultado dessa pesquisa poderemos aperfeiçoar a nossa atuação e ter resultados mais satisfatórios”, garantiu o tenente-coronel Silva Filho.

O trabalho dos policiais milit
ares do Geap é feito dentro das unidades de ensino do Maranhão. A mensagem levada pelos militares é rápida e objetiva. “A conscientização a dizer não às drogas é feita com palestras, com quadro demonstrativo e exemplos de vida”, explicou o Cabo Queiroz, policial militar.

Brasil
A pesquisa feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ouviu estudantes de três mil escolas públicas e privadas. No Maranhão apenas a capital foi incluída na amostragem. Os pesquisadores atuaram em 17 escolas particulares e 48 escolas públicas das redes estadual e municipal.