Jornalismo com seriedade

sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Flávio Dino defende igualdade e parcerias com prefeitos

O governador eleito Flávio Dino afirmou, em um encontro para prefeitos realizado na manhã desta quinta-feira (27), que adotará um novo caminho para a gestão do Estado com diálogo, parcerias e transparência. Na ocasião, ele também apresentou todos a equipe de governo que atuará a partir de 1º de janeiro, entre secretários, presidentes e diretores de órgãos da administração estadual.

Defendendo uma postura de tratamento igualitário e transparente, Flávio Dino afirmou que governará olhando para o futuro e pensando na melhoria da qualidade de vida da população do estado. “Não importa o ontem, não importa em quem o prefeito ou a prefeita votou ou apoiou. Não vamos discriminar município pela posição política do prefeito. Nós separamos a política da ação administrativa. Vocês não estarão sozinhos, prefeito será autoridade no nosso governo”, afirmou Dino.

Ainda em discurso, o governador eleito afirmou que espera uma parceria baseada na verdade, transparência e lealdade com as lideranças políticas dos municípios e conclamou a todos para o trabalho pelo desenvolvimento do estado. “Alavancar o desenvolvimento do Maranhão, melhorar os indicadores sociais do nosso estado, que são nossos objetivos, não podem ser desenvolvidos apenas pelo governo, mas em parceria com os prefeitos. E é isso que vamos propor: um grande pacto a favor do Maranhão, independentemente da posição política de cada um”, disse.

Flávio Dino relembrou que construiu seu Programa de Governo através de conversas com a população de todas as regiões do estado nos Diálogos pelo Maranhão. No primeiro evento com prefeitos e prefeitas de municípios maranhenses, ele destacou que esse é novo modelo de governar que será adotado no estado, baseado no diálogo, no amplo acesso aos líderes municipalistas.

quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Flávio Dino manda recado para donos de construtoras

Flávio Dino manda recado para donos de construtoras

Que não seja da boca para fora. O governador eleito, Flávio Dino tem usado seu perfil no Twitter não só para anunciar sua equipe de governo, mas, também tem se utilizado para mandar recados de como será sua gestão.

O último desses recados fora para os donos de construtoras que são acostumados ganharem dinheiro fácil do poder público. Para estes acostumados realizarem serviços mal executados, Flávio Dino foi curto e grosso.

“Um alerta às empresas contratadas pelo governo: vamos buscar ressarcimento em casos de obras mal executadas, por pressa ou outras razões", disse Flávio Dino.

MP e PF investigam suspeitas de fraudes em carteiras de pescador

MP e PF investigam suspeitas de fraudes em carteiras de pescador

O Jornal Nacional desta terça-feira (25) apresentou reportagem onde foi confirmado que o Ministério Público e a Polícia Federal estão investigando suspeitas de fraudes em emissão de carteiras de pescador.
Para variar, o Maranhão acabou novamente sendo o principal alvo da reportagem. De acordo com a matéria, foram emitidas no Estado mais carteiras nos três meses antes da eleição (agosto, setembro e outubro), do que nos primeiros sete meses.
Segundo a reportagem, a suposta fraude seria para beneficiar candidatos do PRB, afinal é a legenda que comanda o Ministério da Pesca no Governo Federal. A Polícia Federal já abriu 14 inquéritos no Maranhão e também apura denúncias no Acre.
O PRB afirmou que a denuncia se trata de perseguição política. No Maranhão, o PRB elegeu quatro deputados, os irmãos Cléber Verde e Júnior Verde, Glalbert Cutrim e Ana do Gás. Cléber Verde se reelegeu a deputado federal, os demais se elegeram, pela primeira vez, deputados estaduais.

Prefeitura de Santa Inês beneficia alunos e idosos através do Programa Olhar Brasil

Prefeitura de Santa Inês beneficia alunos e idosos através do Programa Olhar Brasil

Mais uma conquista da Administração Ribamar Alves está beneficiando a população do Município de Santa Inês. Trata-se do Projeto Olhar Brasil, um programa do Governo Federal ao qual a Prefeitura de Santa Inês aderiu e agora está atendendo alunos e idosos.
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Estão sendo atendidos os alunos inscritos no Programa Saúde na Escola (PSE), voltado para a rede municipal de ensino, e os idosos/alfabetizandos do Programa Brasil Alfabetizado (PBA).
O Projeto Olhar Brasil foi elaborado de forma conjunta pelo Ministério da Saúde e pelo Ministério da Educação. Propõe-se a atuar na identificação e na correção de problemas de visão em alunos matriculados na rede pública de ensino da Educação Básica, priorizando, inicialmente, o atendimento ao Ensino Fundamental (1ª a 8ª série/1º ao 9º ano), em alfabetizandos cadastrados no “Programa Brasil Alfabetizado”, participantes do programa Mulheres Mil e na população com idade igual ou acima de 60 anos.
A implementação desse projeto visa reduzir nas taxas de evasão escolar decorrente de dificuldades visuais, facilitar o acesso à diversidade de contextos sociais e, também, garantir melhoria na qualidade de vida destes cidadãos.
O PROGRAMA EM SANTA INÊS
De acordo com Terezinha Helen, coordenadora do Programa Saúde na Escola (PSE) em Santa Inês, a parceria do Projeto Olhar Brasil com a Secretaria Municipal de Educação atende os alunos das 30 escolas cadastradas pela Prefeitura. Terezinha diz que todas as crianças da rede de ensino estão sendo avaliadas e as que apresentarem algum problema de visão são atendidas pelo Projeto, que além da consulta fornece também os óculos, caso haja necessidade.
Também graças ao empenho das parcerias Saúde/Educação da Prefeitura de Santa Inês, o Projeto Olhar Brasil está atendendo os 450 idosos/alfabetizandos das 15 turmas do Programa Brasil Alfabetizado (PBA), que em Santa Inês é coordenado pela educadora Rode Torres Lima, com auxílio técnico de Edna Márcia Pinheiro. Elas explicam que todos os idosos estão passando por avaliação oftalmológica

Turilândia: Por falta de merenda escolar, crianças voltam pra casa mais cedo

Mais um fato lamentável registrado na administração desastrosa do prefeito Alberto Magno, em Turilândia. Desta vez, crianças da rede municipal de ensino estão sendo liberadas da Escola mais cedo, por falta de merenda escolar.

Vale ressaltar que no site do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE),consta um repasse no ano de 2014, de mais de meio milhão de reais para a cidade de Turilândia. Ao todo, foram 524 mil reais destinados à Educação do Município. Recurso este que não chegou as Escolas da cidade. Enquanto isso, as crianças de Turilândia se prejudicam nos estudos, além de passar fome durante as aulas. Um verdadeiro absurdo!

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Empreendedores de Pinheiro participam de curso de Atendimento ao Cliente do Sebrae

Empreendedores de Pinheiro participam de curso de Atendimento ao Cliente do Sebrae




Ação integra o projeto de Atendimento Territorial do Sebrae em Pinheiro
O Sebrae está realizando, durante toda esta semana na cidade de Pinheiro, o curso “Atendimento ao Cliente – obtendo resultados por meio da satisfação”, que conta com a participação de 25  empresários,  gestores de pequenos negócios, estudantes e colaboradores de empresas locais.
A capacitação busca identificar os aspectos que contribuem para a satisfação do cliente, além de refletir criticamente sobre as ações e procedimentos de atendimento da empresa, incentivando-os a planejar ações que garantam a satisfação dos clientes e possam gerar um impacto positivo nos resultados.
A consultora do Sebrae Maria de Pádua, especializada em treinamentos empresariais e consultoria organizacional, ministra o treinamento com a abordagem de temas como "tratar bem ou atender bem?”; "superar as expectativas dos clientes”, "como agir em situações de adversidade?”; dentre outros.
Para a participante Antônia Cristina Garcia, colaboradora de uma empresa de materiais de construção em Pinheiro, a expectativa criada pela capacitação gira em torno de conhecer novas técnicas de atendimento e aplicá-las na empresa que trabalha.
Esta atividade faz parte de uma vasta programação desenvolvida pela unidade regional do Sebrae em Pinheiro, através do projeto Atendimento Territorial na Baixada Ocidental Maranhense.
 
Vanda Pereira
Unidade de Marketing e Comunicação
Regional do SEBRAE em Pinheiro - Ma
Contatos: (98) 8118 0106
Sebrae - Pinheiro-Ma- (98) 3381- 2711

Uma grande colaboração que o grupo Sarney presta ao Maranhão é fazer oposição', diz Flávio Dino

Uma grande colaboração que o grupo Sarney presta ao Maranhão é fazer oposição', diz Flávio DinoFlávio Dino, em entrevista exclusiva para o Imparcial, comenta sobre como será sua gestão que começa a partir de 2015

O governador eleito Flávio Dino ainda não tomou posse, mas já iniciou uma frenética rotina de trabalho. Planeja o próximo governo orientando e escolhendo secretários, estudando informações repassadas pelo atual governo e tomando decisões. Em conversa com a reportagem de O Imparcial, falou de tudo um pouco. Criticou o atual governo, que, segundo ele, não colabora com a equipe de transição, elogiou os secretários que escolheu e mandou um recado para o grupo Sarney. “Acho que uma grande colaboração que o grupo Sarney presta ao Maranhão é fazer a oposição. Eles ficarão na oposição, acho que isso é bom pra eles e é bom para o estado”. A transparência, segundo ele, será a bandeira do governo e a mobilidade urbana será o ponto de maior atenção em São Luís.

O Imparcial - A sua vitória, após disputar e perder duas eleições, provou que o senhor é um homem determinado a perseguir seus sonhos e objetivos. Quando, ao longo de sua vida, decidiu que queria ser governador do Maranhão e por quê?


Flávio Dino - Quando alguém resolve jogar futebol, é claro que o sonho dele é jogar na Seleção Brasileira. Ele pode alcançar isso em mais ou menos velocidade, pode alcançar e não alcançar, pode ser feliz alcançando como pode ser feliz não alcançando, mas ele tem esse objetivo, todo jogador de futebol um dia sonha, idealiza isso. Eu me sinto como se estivesse jogando na Seleção Brasileira. Me sinto exatamente no ápice da minha carreira política, da minha trajetória pública, de modo geral, profissional, por que realmente é uma função de enorme responsabilidade governar um estado de sete milhões de pessoas. Governar nesta conjuntura histórica em que nós estamos fazendo uma virada de página, pondo para trás um ciclo histórico e nos comprometendo a exatamente fundar um modelo político diferenciado, mais produtivo, mais justo para o Maranhão e isso me dá de um lado esse sentimento de responsabilidade. Do outro, uma natural alegria pela honra. Mas jamais a vaidade que cega.

Jamais a vaidade que afasta, a vaidade que faz com que a pessoa só ouça aquilo que quer ouvir. Eu tenho por uma série de razões, pela trajetória profissional, por revezes políticos, profissionais e pessoais, tenho comigo uma vacina que todo dia eu aplico contra a mosca azul do poder. Isso é uma garantia que eu dou a todos os maranhenses.

O senhor falou em revezes. Em algum momento esses revezes foram duros demais a ponto de pensar em desistir da carreira política?

Sim, claro. Sobretudo os revezes no campo pessoal. Perder um filho do modo como eu perdi faz com que você pense em desistir não só de uma carreira, você, durante semanas, meses, você desiste de tudo praticamente. Então eu enfrentei isso e enfrento. Continuo a enfrentar porque esse é um fato tão duro que ele não tem passado, ele só tem presente. Continuamos a celebrar a vida dele e a nossa vida, procuramos colocá-la em um plano mais elevado, de ser uma vida a serviço de outras vidas, então essa é uma das razões pelas quais eu posso dizer que eu sou vacinado contra a mosca azul do poder, porque esses enfeites e adereços que cercam o exercício de determinados cargos acabam sendo pequenos diante do que realmente importa.

Com a sua eleição, temos um fato inédito. Governo e Prefeitura de São Luís em lados iguais. Enfim, o eleitor da capital poderá ver os dois palácios trabalhando unidos em prol da cidade?

Primeiro, é importante sublinhar que eu vou manter uma boa relação de trabalho com todos os 217 prefeitos. Portanto, aqueles que me apoiaram e aqueles que não me apoiaram, todos serão democraticamente recebidos e, tendo bons projetos, bons propósitos, nós vamos apoiar. No caso particular de São Luís, evidentemente, há uma singularidade, que é a capital de todos os maranhenses. Por isso mesmo, nós vamos estreitar ainda mais os laços políticos que nós temos com o prefeito Edivaldo. Nós temos identidade política. Eu apoiei a eleição dele, ele apoiou a minha. Mas nós precisamos agora traduzir isso em ações administrativas. Eu assumi um compromisso e aqui reitero que o primeiro convênio que assinarei como governador do estado será com a Prefeitura de São Luís, exatamente para sinalizar esse compromisso com a Ilha, com a capital de todo o estado e confirmar que essa parceria política terá traduções bem concretas na vida dos cidadãos.

E qual a maior preocupação do seu governo em relação a São Luís?

Mobilidade urbana. Esse é o tema que vamos atuar muito fortemente. Anunciamos já a criação da Empresa Estadual de Transportes Urbanos, cujo foco prioritário de atuação vai ser a Grande Ilha, os quatro municípios da ilha, onde a concentração de 1,3 milhão de maranhenses faz com que essa questão seja cada vez mais aguda. Eu elegeria este terreno como aquele que nós vamos atuar com mais força, com mais intensidade e com mais velocidade.

Durante a campanha, o senhor frisou que tomará as rédeas do estado, que exercerá um comando único e será dono de muitas decisões. O seu perfil será centralizador?

É um perfil muito presente. Jamais centralizador. Porque seria um equívoco. Mas nós precisamos ter uma diretriz política única, um comando único. Porque a sociedade espera um conjunto de ações diferenciadas que conduzam a um mesmo objetivo: governar bem o estado, com probidade, honestidade e com a capacidade de realizar coisas concretas em favor dessa população que tem tanta esperança. 



Mais da metade da equipe de governo já foi escolhida. Já estão todos trabalhando?

Nós já preenchemos 90% dos cargos de primeiro escalão e a presidência dos órgãos. Faltam duas ou três secretarias apenas. Todos já estão trabalhando e eu tenho feito uma sequência de reuniões individualizadas, ouvindo as primeiras impressões deles sobre as secretarias e já modulando um pouco as prioridades. Porque um bom planejamento tem que começar bem e para começar bem tem que começar com um rumo. Eu estou fazendo essa conversa individualizada para apontar quais são as prioridades constantes no programa de governo que foi escolhido pela população, no dia 5 de outubro, e aquelas que eu ouvi e aprendi e apreendi ao longo da campanha. Eu acredito que eu devo sempre socializar, dividir, partilhar aquilo que eu vi.

Falando da transição. O atual governo tem colaborado de forma satisfatória com a equipe de transição?

Na verdade, a colaboração é muito escassa e muito assimétrica. Exatamente pela ausência de um comando único e claro, de uma regulação, inclusive legal, sobre essa questão da transição. Há secretários da equipe atual que estão colaborando muito, realmente prestam as informações, franqueiam acesso aos dados. E há o contrário. Há secretários que, infelizmente, imaginam que prestar informações à nova equipe seria uma espécie de favor. E não é. É claro que é uma cortesia que nós agradecemos. Mas não é um favor, porque é uma obrigação. Na medida que quem escolheu uma nova equipe não fui eu. Foi a população que escolheu.

A governadora disse que entregará o estado equilibrado e com muito dinheiro em caixa...

Ela diz. Vamos esperar até o final do ano, ver as dívidas que eles vão deixar. Por exemplo, nós temos uma preocupação com os precatórios. Eles pagarão os precatórios? Nós temos até o dia 31 de dezembro pra pagar. Então, há determinadas situações fiscais que só estarão mais claras pra nós em janeiro, que exatamente a execução orçamentária vai até o dia 31 de dezembro. Então, há muitos pontos de interrogação. Convênios que eles fizeram, muitos convênios, para tentar, inclusive, vencer a eleição. Eles pagarão esses convênios? Você não sabe, eu não sei, ninguém sabe. Saberemos no dia 1º de janeiro. Então, tem situações fiscais que só vão se desenhar plenamente quando assumirmos. Agora, me comprometo com você e com todas as pessoas que acompanham essa entrevista que em janeiro em vou informar tudo: a situação real do estado, com muita transparência.

Quando o novo governo assumir, haverá auditoria profunda na máquina pública?

Nós já estamos fazendo esse levantamento com os métodos disponíveis, as informações que eventualmente nós recebemos dos secretários e algumas coisas que estavam no portal da transparência. Vamos ter a plenitude de informações em janeiro. E o que eu tenho dito é que nós não vamos fazer algo similar a uma inquisição, uma auditoria geral, porque implicaria numa paralisação de obras e serviços que são de interesse público. Aquilo que é correto vai seguir normalmente. Agora, das coisas erradas, e todos os secretários estão sendo informados, a diretriz é cumprir a lei.

O senhor tem feito um esforço grande para transmitir ao Brasil que o Maranhão terá um novo governo. E que o grupo Sarney foi derrotado. Mesmo após o pleito, a polarização e a postura antissarney continua?

A polarização política naturalmente continua, e é democrático que ela continue. Nós temos que entender a conflituosidade como inerente à vida da sociedade, e as eleições servem exatamente para o arbitramento, pelo povo, de quem tem razão naquele dado momento. Agora, o que não vai haver é perseguição, discriminação contra quem tem uma visão política diferente da gente. Nesse sentido, primeiro, acho que uma grande colaboração que o grupo Sarney presta ao Maranhão é fazer a oposição. Eles ficarão na oposição, acho que isso é bom pra eles e é bom para o estado, pois queremos ter uma oposição que nos cobre, fiscalize, isso eleva a cultura democrática do Maranhão. Vamos dialogar aquilo que for de interesse de todos. Agora, não vamos confundir identidades. Nós temos a nossa identidade histórica, que é diferente da deles. E o povo, no dia 5 de outubro, escolheu um projeto com uma dada identidade, e nós seremos coerentes com esse pacto que nós celebramos com a sociedade do nosso estado.

Com essa eleição, o senhor se sente o homem que conseguiu derrotar a oligarquia Sarney no Maranhão?


Racionalmente, eu sei disso. Mas isso não integra meu conjunto de sentimentos. Eu não acordo de manhã pensando nisso nem durmo pensando nisso. Eu acho que isso é um fato histórico, que algum dia essa história vai ser analisada tal como se deu. Mas isso realmente não alterou a minha visão de mundo, porque, como disse há pouco, você tem que sempre estar alerta para essa celebração do feito aparentemente extraordinário que pode se transformar naquela vaidade que mata as boas intenções. Então eu realmente não penso nisso. Eu penso e muito é como melhorar a vida das pessoas, eu penso todos os dias nisso.

A eleição foi muito castigada por denúncias, críticas e agressões. É um sinal que a política do Maranhão precisa evoluir. Sente-se responsável por contribuir com isso?

Eu espero que isso seja alcançado com esse movimento coletivo que nós lideramos. Não é meu esforço individual. É o esforço do conjunto de lideranças. Para que a gente possa, na próxima eleição, viver um debate mais qualificado. Tenho apontado em várias entrevistas a necessidade de uma atitude diferenciada nos dois principais partidos nacionais. O PT e o PSDB lideraram as últimas seis eleições presidenciais e disputaram todas essas eleições após 1964. Portanto, são partidos que têm uma grande responsabilidade e devem, de algum modo, pactuar procedimentos sem renunciar identidades, mas garantir a funcionalidade do jogo político, sob pena da polícia substituir a política, que naturalmente não é o ideal. No caso do Maranhão, eu me surpreendi muito com a agressividade da campanha.

Governador, falando agora da governabilidade. Está confiante que terá uma Assembleia que atenda às necessidades do seu governo?

A governabilidade é dividida em dois planos: um da governabilidade social, nós mantermos a alta aderência do povo, da sociedade em relação ao nosso governo. Essa é uma dimensão do movimento social, movimento sindical, popular direto com essas atividades empresariais, sociedade civil, com a imprensa. Essa governabilidade, no sentido amplo, nós vamos cuidar com muito zelo, com muita atenção, porque é um fator de permanente legitimação para o governo. A legitimação não pode emergir apenas das urnas, tem que ser algo que se renova cotidianamente pelo exercício democrático do poder. Agora, nós temos a governabilidade institucional, no âmbito parlamentar. Não apenas no âmbito parlamentar, mas sobretudo nele. Nós temos uma ótima bancada na Assembleia que já demonstrou as suas virtudes, inclusive na oposição, porque é, de grande medida, responsável pela nossa vitória eleitoral. Nós ampliamos a nossa bancada eleitoral e nós temos um quadro de fragmentação partidária na Assembleia, que coloca esse desafio de nós fazermos um diálogo, praticamente, individualmente com os deputados. E assim temos feito, para nós construirmos essa maioria parlamentar e, com isso, termos a tranquilidade necessária da continuidade dos projetos de governo, Mas, repito, sem negar legitimidade da oposição. Assim como os deputados do governo serão recebidos pelos secretários, os deputados da oposição também serão, porque é um dever de nós todos.

O senhor tem falado muito em transparência. Essa é uma das grandes bandeiras do seu governo?

A transparência funda uma nova cultura política. É o que garante que esse ciclo político coronelista no Maranhão ficou para trás. O nosso estado praticamente, desde sempre, apenas trocou de coronel, trocou de oligarquia, trocou o personagem que ainda hegemoniza a cena política, mas não mudou os métodos. Para mudar os métodos, precisamos transferir poder para a sociedade. Transferir poder para que o mercado exista. Por isso que eu tenho falado tanto em relação aos empreendedores, empresários. Porque nós precisamos transferir negócios que hoje são pertencentes a um grupo de privilegiados para um mercado democrático, amplo, universal, em que as empresas possam competir livremente, independente das suas preferências políticas e ideológicas. Temos que transferir poder para os cidadãos, poder que hoje o governante exerce de modo monocrático, solitário, num quadro às vezes até de mistério. Isso não contribui para elevar a consciência social dos cidadãos. Então, nós precisamos empoderar a sociedade e, para isso, precisa ter conselho de alto a baixo, conselho de direitos, precisa usar a internet, precisa ter transparência para que isso seja duradouro, independentemente do resultado da próxima eleição.

Para finalizar, qual o seu sonho para o Maranhão?


Meu sonho pro Maranhão é que ele seja cada vez melhor e que a gente chegue nos patamares mais altos de desenvolvimento humano. É um sonho muito maior do que eu, é um sonho muito maior do que a minha geração. Mas é um sonho que deve ser sonhado. Meu horizonte é sempre uma utopia. O Mário Benedete tem uma versão muito bonita que diz que: “A utopia é que te faz caminhar”, então meu sonho é esse, que o Maranhão seja a Noruega, que é o país com o melhor IDH do mundo. É claro que eu sei que em quatro anos nós não vamos chegar lá. Faço questão de sublinhar isso, mas nós temos que sonhar essa história, temos que sonhar esse sonho e lutar por ele. E que outros venham depois disso com esse mesmo sonho.