Jornalismo com seriedade

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Anulado esquema de fraude oriundo do governo Roseana

Anulado esquema de fraude oriundo do governo Roseana

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Jornal Pequeno - A Secretaria de Transparência e Controle, criada pelo governador Flávio Dino e dirigida pelo advogado Rodrigo Lago, descobriu e desmontou um esquema de fraude em licitações na Secretaria de Meio Ambiente durante o Governo Roseana Sarney. Numa auditoria realizada na Sema, os auditores constataram um esquema de direcionamento de licitações milionárias, causando sérios prejuízos ao erário.
Somente em um contrato ficou evidenciado o prejuízo de R$ 1.453.500,00 (um milhão, quatrocentos e cinquenta e três mil e quinhentos reais), que foi pago para a empresa Tramitty Serviços Ltda, em agosto de 2014, mas que não corresponde à efetiva prestação de serviços. A Secretaria de Transparência está acionando os órgãos responsáveis para buscar o ressarcimento dos recursos, mas já recomendou que a atual gestão da SEMA anule o contrato milionário. O Estado do Maranhão economizará R$ 9,6 milhões (nove milhões e seiscentos mil reais).
Segundo a STC, a empresa Tramitty Serviços Ltda foi contratada para assessorar a Secretaria de Estado de Meio ambiente por R$ 5 milhões, através de recursos depositados pela Petrobras em decorrência da compensação ambiental pela Refinaria Premium I, em Bacabeira. Dentre os serviços que deveria prestar, estava o auxílio em licitações, elaborando termos de referência, editais e minutas de contratos, além de pareceres. E foi assim que a Tramitty assessorou a Sema na convocação do Pregão Presencial nº 004/2014/CSL-SEMA, para a realização do Cadastro Ambiental Rural – CAR, com recursos do Fundo da Amazônia, disponibilizados pelo BNDES. “De forma absurda, a licitação acabou sendo vencida pela própria Tramitty, que participou sozinha da disputa pelo contrato milionário”, afirmou a assessoria da STC.
Segundo ainda a Secretaria de Transparência, par garantir que não apareceria concorrente na licitação, a empresa Tramitty inseriu no termo de referência requisitos específicos de seus próprios funcionários. O coordenador da equipe teria que ser um agrônomo com mestrado em gestão ambiental e experiência em sete projetos de desenvolvimento rural. Outro integrante da equipe deveria ser um geógrafo com mestrado na área de sensoriamento remoto, com experiência em um projeto de geotecnologia para regularização fundiária. Outro, um biólogo, especialista em gestão ambiental, com experiência em quatro projetos na Amazônia. E assim por diante, de forma que somente uma empresa no Brasil teria em seu corpo funcional os profissionais. O resultado é que somente a própria Tramitty pode participar da disputa e vencer a licitação, como venceu.
Os resultados da auditoria foram encaminhados aos órgãos competentes para a apuração das responsabilidades e a Secretaria de Estado de Transparência e Controle recomendou à atual gestão da Sema a imediata anulação do contrato.

A marcha a ré de Sarney

A marcha a ré de Sarney


Tem alguma coisa de insondável no insípido artigo de Sarney “O Maranhão engatou a marcha a ré”. Engatou. E já faz tempo, o que ele não disse. O Maranhão vinha de ré, descendo a ladeira do atraso e da miséria, quando Sarney surgiu, tomou o volante nas mãos, pisou no acelerador achando que era o freio e provocou um histórico desastre.
A Alumar está demitindo porque Roseana Sarney e companhia fizeram a economia do Maranhão completamente instável e insustentável, para qualquer empresa, por mais rica e poderosa que fosse. Aliás, a Alumar é o que sobrou de uma modelo econômico que privilegiou os ratos emplumados e sacrificou os trabalhadores, porque o resto do “parque industrial” afundou no aterro bilionário da Refinaria Premium I.
Pelo que se percebe, Sarney é um péssimo motorista, não tem noção de tempo, nem de espaço, dirige realmente muito mal. Parece até que recebeu a carteira de habilitação em troca de terceirizações no Detran. Flávio Dino, ao contrário, tem se mostrado um verdadeiro piloto de fórmula 1 nas escuderias Justiça Social e Combate à Corrupção.
Se a Ferrogusa demitiu 500 trabalhadores e a Ferromar e a Gusa Nordeste também estão demitindo, louve-se o governo Roseana Sarney que encerrou totalmente despreocupado de desenvolvimento e totalmente preocupado com envolvimento. Na Operação Lava Jato.
Ele diz que as vendas no comércio caíram 10 %. Caíram mesmo. Caíram muito mais. Principalmente no comércio de publicidade oficial com o Sistema Mirante de Comunicação. Lamenta que o Maranhão tenha perdido lugar tão importante quanto o Ministério das Minas e Energias. Quanto às minas ninguém sabe para que paraíso fiscal eles levaram, mas as energias estão sendo economizadas para escapar da Justiça Federal.
Sarney conta como recebeu o Estado no longínquo 1965. Sem universidades, apenas um navio no porto por semana, nenhum quilômetro de asfalto etc., mas não conta como deixou: campeão de analfabetismo, campeão de mortalidade infantil, campeão de pobreza absoluta, de desnutrição funcional, só para citar apenas algumas obras.
No final, confessa porque está tão decepcionado. Fecharam a Fundação da Memória Republicana Dele, (80 % de inflação e popularidade abaixo de um dígito) paga com dinheiro público e tiraram de uma escola o nome de seu guru: Emílio Garrastazu Medici, o mais provável indicado brasileiro ao Prêmio Nobel de Tortura e Desaparecimentos, se esse prêmio houvesse.
E eu, que também creio, peço a Deus por minha gente: Sarney, nunca mais

A realidade do sistema prisional que jornal da família Sarney esconde

A realidade do sistema prisional que jornal da família Sarney esconde.



É indiscutível que em apenas três meses, o atual governo reduziu o caos em Pedrinhas, deixado pelas desastrosas administrações da ex-governadora Roseana Sarney. Reduziu porque é humanamente impossível resolver todos os problemas de décadas em tão exíguo espaço de tempo.
A verdade é que o jornal da família Sarney faz questão de esconder, mas há quase 100 dias não se tem notícia de presos degolados ou ataques insanos a ônibus, ordenados a partir do complexo penitenciário de Pedrinhas. As fugas e mortes foram reduzidas se comparados ao primeiro trimestre do ano passado.
Apenas, estas ações já seriam dignas de registro e aplausos pela população maranhense, que viu envergonhada o Estado ser alvo de repercussão internacional graças a um sistema prisional falido, provavelmente só comparado a tempos medievais.
O governo Flávio Dino tem sim o que mostrar no sistema penitenciário. Por exemplo, o combate à corrupção que grassava no setor. O corte nos gastos com terceirizações que consumiam dos cofres públicos inexplicáveis mais de R$ 20 milhões.
Já foram iniciados os seletivos para contratação de 900 auxiliares de segurança penitenciária. O próximo passo será a realização de concurso público. A Sejap enviou em janeiro à Assembleia Legislativa a solicitação de concurso público para 308 agentes penitenciários.
Medidas de segurança e disciplina no presídio foram adotadas. Os detentos receberam uniformes e passaram a desenvolver atividades laborais. Foi implantado o cadastro único de visitantes, que contribui para segurança dos presídios. Está em curso processo de ressocialização, de fato, dos apenados.
Muito diferente do descaso do governo Roseana Sarney, que devolveu mais de R$ 40 milhões ao governo federal, recursos que deveriam ser utilizados para reestruturar o sistema prisional do Estado. Falta de responsabilidade que fez com que mesmo decretada emergência no setor para a construção de cinco presídios, estes não foram entregues.
Há falhas no sistema, evidente que sim. A facilidade com que bandidos resgataram presos no Centro de Detenção Provisória, no último fim de semana, é uma delas. Mas, registre-se a determinação do governador Flávio Dino para que seja feita apuração rigorosa e punição aos eventuais responsáveis por erros operacionais que impediram a ação da polícia no combate à ação dos criminosos.
Esta é a realidade do complexo de Pedrinhas, sem a espetacularização daqueles que muito contribuíram para que o sistema prisional chegasse ao colapso

Denunciada armação contra Edivaldo

Denunciada armação contra Edivaldo

O  suposta reunião, ocorrida na última sexta-feira (03), de desafetos políticos do prefeito Edivaldo que teve como intuito, segundo a denúncia, arquitetar manifestações contra a Prefeitura de São Luís. É citada a deputada federal Eliziane Gama e o vereador Fábio Câmara, pretensos candidatos a prefeito de São Luís, como articuladores do movimento.
Abaixo, a íntegra da denúncia.
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orquestração 3

“Os meios de comunicação de Sarney servem para a vingança”: Flávio Dino, governador do MA, fala ao DCM

“Os meios de comunicação de Sarney servem para a vingança”: Flávio Dino, governador do MA, fala ao DCM

Flávio Dino
 Flávio Dino de Castro e Costa, 46 anos, advogado, foi um dos coordenadores da ala juvenil da campanha de Lula em 89, na sua época de movimento estudantil, e presidiu a Associação Nacional de Juízes Federais (Ajufe). Saiu da carreira jurídica aos 38 anos para se dedicar à política.
Em 2014, foi eleito o primeiro governador do PCdoB no Maranhão, rompendo com décadas de dinastia da família Sarney. A vitória foi conquistada com 63,71% dos votos válidos. Sua vitória foi uma surpresa porque seu opositor Edison Lobão teve ampla cobertura e apoio da mídia local.
Conversamos com Flávio Dino sobre a força da família Sarney em seu estado, a Operação Lava Jato, e as relações da gestão Roseana Sarney com o doleiro Alberto Youssef.
Qual é a real influência dos Sarney no Maranhão? Eles continuam com muito poder? 
A dominação dos principais meios de comunicação pelo grupo Sarney foi construída ao longo das décadas, inclusive com o uso de influência na esfera nacional. E isso não se encerrou com a mudança da administração estadual. Os maiores impérios de comunicação continuam sob o domínio do grupo Sarney e seus aliados, muitas vezes sendo utilizados como plataforma de vinganças, agressões e sectarismos.
Para enfrentar esse cenário que permanece, temos apostado na mobilização social, na interiorização das ações de governo e vamos iniciar um processo de democratização da política oficial de comunicação. Antes ela era direcionada quase que exclusivamente aos veículos ligados à família Sarney. Pensamos em trilhar o caminho da pluralização das vozes que atuam no espaço público maranhense. Monopólios e oligopólios são muito nocivos, e isso está na Constituição.
O senhor acha que existe possibilidade de algum dos Sarney voltar ao poder no Maranhão?
O poder do grupo Sarney não se encerra com a derrota nas urnas, pois ainda possui uma complexa rede de sustentação. Provavelmente o que haverá é uma reorganização desses setores.  O nosso trabalho será para que, independentemente dos sobrenomes dos próximos governantes, que eles não retrocedam nos avanços sociais e que jamais governem novamente com um poder coronelista, antidemocrático e antipopular.
O senhor acredita que o PMDB está se rebelando dentro da base aliada do governo Dilma?
Tenho insistido que a crise econômica internacional, que só agora chegou mais fortemente ao Brasil, deve ser enfrentada mediante um amplo entendimento nacional. Claro que o exemplo deve começar da base governista. O PMDB já está muito bem contemplado na aliança de governo e não tem razões reais para provocar instabilidades. Quando analiso essas questões, sempre penso como seria bom um diálogo entre o PT e o PSDB, os dois principais partidos brasileiros que polarizaram as seis últimas eleições presidenciais. Ajudaria o país a continuar avançando. O palanque de Lula no segundo turno de 1989 não sai da minha lembrança.
Certo, mas e a reação forte do presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que está na lista de acusados da operação Lava Jato? Não é um sinal de rebelião?
Acho que todo acusado de crimes tem o direito sagrado de se defender. O Supremo Tribunal Federal tem grande independência institucional no Brasil, de modo que não creio que eventuais pressões políticas possam alterar o rumo das coisas. Quem tiver envolvido em crimes deve ser punido. Isso vale para todos, incluindo ele, se algo for provado, e todos os partidos. Não devem existir “intocáveis” em uma República verdadeira.
O que o senhor achou das denúncias que resultaram na lista dos 47 políticos indiciados pelo procurador Rodrigo Janot e que devem ser investigados?
O Brasil já passou por atribulações parecidas. Basta que a gente lembre da CPI dos anões do orçamento  em 1993.  É preciso ter serenidade e paciência. Deixar as instituições cumprirem suas funções com liberdade. São disparatadas as ameaças de retaliações contra o Ministério Público. Acho que há um natural choque nesse primeiro momento. Porém, depois tudo deve se acalmar. Quem realmente cometeu coisas erradas deve ser punido. E vários serão absolvidos, pois terão processos arquivados.  Certamente o povo sabe separar o joio do trigo.
O senhor mandou apurar um precatório relacionando Roseana Sarney e Alberto Youssef na Lava Jato?
Foi um dos decretos assinados ainda no dia 1º de janeiro, quando eu assumi o governo do Maranhão. Instituímos uma comissão que está analisando todas as etapas da estranha transação que levou aos pagamentos. O doleiro Alberto Youssef foi preso em São Luís por causa desse precatório. E ele diz que pagou propinas a autoridades do governo passado. Claro que nós ainda temos que apurar a verdade nisso.
No momento, os repasses das parcelas do precatório foram suspensos e as investigações estão sendo realizadas pela comissão formada por membros da Procuradoria Geral do Estado, da Casa Civil e da Secretaria de Transparência e Controle. Existem também investigações na polícia, cujo seu desfecho nós aguardamos. Estamos investigando o precatório entre o governo Roseana Sarney e Alberto Youssef.
O que tem achado da atuação do juiz Sérgio Moro na investigação da Lava Jato?
Conheço o juiz Sérgio Moro, respeito muito sua trajetória e sua atuação em nome da probidade administrativa. Natural e democrático que acusados reajam a decisões que consideram injustas. Claro que não conheço todos os detalhes dos processos judiciais, mas à distância me parece que o juiz Moro tem feito um trabalho acertado e legitimado por critérios técnicos.
São processos importantes para a política brasileira, para que a partir deles sejam revistas inclusive as regras das eleições, com a o fim do financiamento empresarial das campanhas. Ou, pelo menos, que haja leis de limites de gastos, impondo campanhas mais baratas e isonômicas. Os gastos com campanhas no Brasil são absurdos se compararmos com outros países democráticos. Aí está a maior fonte de problemas, que se transformam periodicamente em grandes escândalos.
Houve cortes de 400 pagamentos com irregularidades no governo e até do salmão e do bacalhau de cardápio previstos em licitação. Sua gestão será marcada pela austeridade?
Recebemos um estado com muitas dívidas e caixa quase zerado. Encontramos nos cofres do governo um saldo de R$ 24 milhões, mas com uma dívida que superava R$ 1,3 bilhão. Diante deste cenário, estamos fazendo cortes de custeio, sobretudo no que se refere ao fim de privilégios que existiam na máquina pública e no combate firme a superfaturamentos e desvios.
Foram essas medidas que nos permitiram honrar compromissos inadiáveis e aumentar despesas em áreas essenciais, como a educação. Reajustamos os salários dos professores e contratamos mais para garantir aulas normais aos nossos jovens.
Como é assumir um governo com uma dívida bilionária?
Lamentamos muito que a Lei de Responsabilidade Fiscal não tenha sido cumprida. O que causa mais indignação é que não havia razões econômicas para tantos problemas que herdamos. Na verdade, houve a priorização de gastos absurdos pelo governo passado, enquanto que coisas sérias iam sendo dolosamente atrasadas. Por exemplo, só a má fé pode explicar deixar contas de energia atrasadas. Houve uma deliberada política de “terra arrasada”.
Como o senhor se sente como o primeiro governador eleito do PCdoB em todo país?
Tenho muita responsabilidade e também muita vontade de fazer as mudanças necessárias no Maranhão. O PCdoB tem uma trajetória de lutas pelos direitos dos trabalhadores e pela defesa do desenvolvimento soberano da nossa Nação. Me filio a essa tradição com muita alegria.
Por que seu partido não tenta mais vezes as eleições para cargos executivos?
Nosso partido valoriza e respeita muito seus aliados. Sempre levamos em conta qual o partido que, em dada conjuntura, está em posição melhor para liderar os processos de transformação. No combate à ditadura, participamos de uma grande frente que era o MDB. Depois de consolidada a democracia, desde 1989 consideramos que o PT passou a ser uma força política determinante para as propostas que defendemos no plano nacional.  Isso não impede que mantenhamos identidade própria e às vezes até enfrentemos o PT, quando consideramos que sua política não é a mais adequada para um determinado estado ou município.
O que o senhor achou das escolhas de Dilma para o Ministério da Fazenda e o time econômico? Foi uma ruptura necessária da condução do país?
A história vai responder isso. Numa conjuntura econômica extremamente adversa, alguma alteração da política fiscal infelizmente era necessária. Só espero que a nova equipe não erre na dose do ajuste, o que poderia provocar uma desastrosa recessão e total paralisia dos investimentos. E é preciso que haja medidas de ampliação da arrecadação sobre o capital financeiro e sobre as grandes fortunas.
O senhor diz que fará a “revolução burguesa” no Maranhão. Quando haverá a revolução comunista maranhense?
Sou socialista e luto por um novo caminho para a humanidade e para o meu país. Obviamente conheço os limites econômicos e constitucionais que regem a minha função de governar um estado. Quando falei em “revolução burguesa”, refiro-me ao momento da história da humanidade em que determinados postulados tornaram-se hegemônicos, a exemplo da igualdade de todos perante a lei. Esse postulado em tudo é incompatível com um regime oligárquico e coronelista como tínhamos no Maranhão. Com essas premissas, vejo que governar com um pensamento de esquerda significa, acima de tudo, buscar promover o máximo de igualdade possível. Essa é a maior meta, com a garantia crescente de serviços públicos e direitos básicos para todos