Jornalismo com seriedade

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Acordo de Roseana Sarney com empreiteira teve propina e dano ao MA, diz auditoria




O governo do Maranhão concluiu a auditoria sobre o precatório assinado pela ex-governadora Roseana Sarney (PMDB) com a construtora Constran e afirma que houve pagamento de propina e prejuízo ao Estado no acordo que resultou no acerto de pagamento de R$ 114 milhões à empreiteira envolvida na operação Lava Jato.

Agora, o governador Flávio Dino (PCdoB) vai remeter o caso para investigação da Polícia Civil, do Ministério Público do Maranhão e da PGE (Procuradoria Geral do Estado).

O advogado de Roseana, Antônio Carlos de Almeida Castro, afirmou ao UOL que ela não vai se manifestar sobre a auditoria. "Os órgãos competentes que participaram é que têm de manifestar. Ela não participou da negociação e apenas assinou um ato final depois de um complexo processo, que tinha, inclusive, participação do Poder Judiciário. Foi essa instância que teve poder de decisão", explicou.

Sobre o envio do caso à polícia e ao MP pelo governador Flávio Dino, Castro disse que também não iria manifestar. "Não falo sobre manifestações políticas. Sou advogado e me atenho apenas a questões jurídicas. Não houve nenhuma irregularidade de Roseana", disse. "Acho a politização nesse caso lamentável."

O acordo entre a governadora e a Constran foi fechado no dia 23 de novembro de 2013, com a autorização da juíza da 1ª Vara da Fazenda Pública, Luiza Neponucena. O pagamento autorizado era referente à dívida gerada por obras rodoviárias executadas nos anos 1980, e o acordo foi pago em valor integral, sem deságio --apenas com desconto de juros.

Em apenas 33 dias após a assinatura, a Constran recebeu a primeira parcela do acordo: R$ 4,7 milhões. Ao todo, foram pagas sete parcelas. Em junho, quando o caso veio à tona, a Justiça suspendeu o acordo. Até agora foram pagos R$ 34 milhões do acordo.

Segundo a auditoria, o acordo foi fechado com o valor proposto pela empresa, com juros corrigidos conforme o desejo da empreiteira, sem nenhum questionamento do Estado ao montante.

"A formalização do acordo para o pagamento do precatório foi extremamente danosa ao interesse público, pois, além de não exprimir nenhuma vantagem concreta, impôs aos combalidos cofres públicos do Maranhão o desembolso de vultosa quantia", diz um trecho do relatório.

A auditoria concluiu que o acordo assinado entre o governo e a empreiteira foi fruto de ato de corrupção e trouxe prejuízos aos cofres públicos. Em depoimento à Polícia Federal, a contadora do doleiro Alberto Youssef, Meire Poza, disse que a negociata rendeu pagamento de R$ 6 milhões de propina, que teriam sido pagas ao então chefe da Casa Civil do governo maranhense, João Abreu.

"Esse acordo foi feito com base num cálculo equivocado, não teve qualquer vantagem ao Estado e foi chefiado mediante ato de corrupção", disse ao UOL o secretário de Transparência do Maranhão e responsável pela auditoria, Rodrigo Lago.

Segundo Lago, o valor foi fechado sem qualquer estudo que o embasasse. Para ele, embora ainda não seja algo preciso, o débito do Estado com a Constran seria de menos de R$ 50 milhões.

"A PGE será encarregada de chamar a empresa e rediscutir o débito. Não há um reconhecimento desse valor. Tem petição, inclusive, dizendo que a causa nem existia, que houve um erro de cálculo", informou.

Para justificar a acusação de que houve corrupção, o secretário disse que documentos enviados pelo juiz Sergio Moro ao governo trouxeram certeza do pagamento de propina.

"Essa informação tem novos elementos [descobertos na auditoria]. Se fosse apenas o depoimento, seria algo perigoso, porque é um sujeito que está preso. O juiz Sergio Moro compartilhou conosco o auto de busca e apreensão. Com Youssef, foi encontrado petição do acordo e planilhas. Tem inclusive um e-mail dele comemorando porque passou meses negociando esse acordo", disse.

Youssef foi preso em março do ano passado, em São Luís, onde estava para entregar, supostamente, propina a João Abreu.

Obra fantasma?

Com a conclusão da auditoria, o governo fará um novo levantamento para saber se a obra foi realmente executada nos anos 80. Segundo ele, há depoimentos que apontam que ela não foi realizada. 

"Precisamos saber também se essa a obra realmente existe. Para saber, foi criada uma comissão e ela vai convocar pessoas para prestar depoimento. Não é tão simples", afirmou. "Tem que ir lá e fazer perícia, pois essa obra foi feita --se é que existe--, há mais de 30 anos. Não é só ir lá e ver se a obra existe, precisa uma análise." 

Em nota enviada ao UOL, a Constran informou que, "por determinação do Poder Judiciário, em todas as instâncias possíveis, a Constran é credora líquida e certa do Estado do Maranhão".

"Por decisão do ministro Luiz Salomão, do Superior Tribunal de Justiça, os aspectos que envolvem o referido acordo já foram remetidos no ano passado à Justiça do Maranhão. A Constran permanece à disposição das autoridades para prestar todos os esclarecimentos necessários", disse

Afinal, quem é o dono da Cemar?



Afinal, quem é o dono da Cemar?


José Jorge Leite Soares, diretor de Relações Institucionais da Cemar: da cozinha dos Sarney

As relações da Companhia Energética do Maranhão (Cemar) com o Sistema Mirante de Comunicação voltaram às conversas políticas depois que a empresa perdeu R$ 25 milhões do governo do Estado e escolheu justamente os veículos da família Sarney para chorar pitangas. Voltou também a pergunta: afinal, quem é o dono da Cemar?

Antes de ser privatizada em junho de 2000, a Cemar serviu como a porta de entrada do grupo Sarney no mundo das companhias energéticas estatais. O escritor Palmério Dória conta em detalhes no Livro “Honoráveis Bandidos”, como Fernando Sarney usou negócios com a Cemar para conseguir recursos que financiaram a criação do Sistema Mirante de Comunicação.

O grupo Sarney controla o setor elétrico no país desde que a Presidência da República caiu no colo do patriarca, em 1985. Os donos do Maranhão até dezembro de 2014 só perderam parte do espólio elétrico em janeiro deste ano, quando o senador Lobão foi demitido do cargo de ministro de Minas e Energia. Ainda assim, os tentáculos dos Sarney continuam firmes e fortes em empresas energéticas estatais ou privadas, caso da Eletronorte e da Cemar.

Para explicar como Sarney continua operando na Cemar mesmo depois da privatização, é preciso voltar no tempo e rememorar o processo de desestatização da companhia.

Até hoje corre na Justiça uma ação do Ministério Público Federal que investiga a possibilidade de subvalorização na privatização da empresa. Para o MPF, a então governadora Roseana Sarney desvalorizou propositalmente a Cemar com a finalidade de beneficiar o consórcio de empresas que arremataram a estatal.

O MPF é claro ao dizer que a operação gerou duplo prejuízo à população, uma vez que uma empresa que pertencia ao Estado e, portanto, ao povo do Maranhão, foi vendida à preço de banana com posterior redução da qualidade dos serviços prestados.

E por que Roseana Sarney vendeu a Cemar à preço de banana? Porque há fortes indícios de que o negócio beneficiou sobretudo o próprio grupo Sarney. Exemplo claro é a presença do senhor José Jorge Leite Soares na diretoria da empresa.

José Jorge é amigo íntimo do empresário Fernando Sarney (há quem diga que seja irmão), de quem recebeu uma procuração para movimentar a conta do Instituto Mirante. Em 2009 a ONG foi suspeita de desviar parte de uma verba de R$ 150 mil repassada pela Eletrobrás para patrocínio cultural de festas.

José Jorge fazia a ponte para garantir a entrada de recursos públicos do Programa Luz para Todos dentro da Cemar.

Em matéria publicada no ano de 2009, o jornal “Folha de S.Paulo” mostrou os detalhes da relação do grupo Sarney com a Cemar. Segundo a matéria, além de José Jorge, mais dois amigos maranhenses de Fernando Sarney participavam da operação de arrecadação de recursos públicos para a Cemar: o então diretor financeiro da Eletrobrás, Astrogildo Quental, “que tinha como missão agilizar o repasse de verbas do programa ‘Luz para Todos’ para a Cemar”, e o empreiteiro Henry Duailibe Filho, dono da Ducol Engenharia, contratada para as obras de eletrificação. Segundo a Folha, a Ducol recebeu R$ 51 milhões da Cemar.

Trocando em miúdos, mesmo privatizada, a Companhia Energética do Maranhão continuou sendo um ninho de negócios lucrativos para os Sarney, que drenaram recursos públicos para a empresa operando dentro da empresa como se dela fossem os donos de fato.

E o dono da Cemar, o que comprou a companhia do governo do Estado, nunca ninguém viu no Maranhão

POLICIAIS MILITARES DO GRUPO TÁTICO MÓVEL DO 1º BPM (CPAM III) PRENDEM ASSALTANTES DE MOTOS NO RIO DOS CACHORROS EM SÃO LUIS.



POLICIAIS MILITARES DO GRUPO TÁTICO MÓVEL DO 1º BPM (CPAM III) PRENDEM ASSALTANTES DE MOTOS NO RIO DOS CACHORROS EM SÃO LUIS.



Policiais Militares do Grupo Tático Móvel do 1º Batalhão de Polícia Militar (Comando de Policiamento de Área Metropolitano III), que compreende a região sul da capital, comandado pelo Major QOPM Ilmar, onde se destacam os bairros São Cristóvão e Estiva, bem como toda  à área industrial de São Luís, prenderam no início da noite de ontem, 26, por volta das 19h50, uma quadrilha especializada em assaltos e desmanches de motocicletas e que agiam especificamente no Bairro Rio dos Cachorros na capital.
Os acusados agiam na BR – 135. Os policiais do CPAM III, há dias vinham tentando prender os mesmos. Após alguns levantamentos o bando foi localizado numa residência, no mesmo bairro, onde estavam homiziados. No local a PM conseguiu recuperar 02 (dois) aparelhos celulares; 03 (três) capacetes; 01 (uma) motocicleta, pop 100, de placa OJG 8975, e uma sucata de outra motocicleta de placa NNH-8814, provavelmente depenada para a venda de peças. Num dos celulares que estavam com os acusados foi encontrada uma filmagem dos mesmos depenavam uma moto.

Foram conduzidos ao distrito policial da Vila Embratel, Alen Thaylan Lopes Balden, Lourival Leite  Lopes Filho, Gabriel Magalhães Aires e apreendidos os menores L. K. A., J.R.V., e J.P.L.
Iremos fazer uma megaoperação no distrito industrial de São Luís, com blitizens e abordagens, onde o principal objetivo e tirar de circulação todos aqueles que vivem a margem da lei, dando uma sensação de segurança a todos desta área. Nosso trabalho continuará diuturnamente em prol da sociedade maranhense, frisou o Major Ilmar comandante do 1º BPM.

Participaram da Operação o Sargento Duarte, Cabos G. Carlos  Adelmo e ainda Soldados Dayton, P. Ricardo, Dárlio, Bruno e Simone.
O Comando de Policiamento de Área III é coordenado pelo Coronel PM Egídio Amaral

Obras para exploração de gás natural são iniciadas em Santo Antônio dos Lopes







Já iniciaram no Maranhão as obras para a instalação da Estação de Produção e Escoamento de Gás Natural de Gavião Branco (EPGVB) e de seu gasoduto. Empregando 400 funcionários da construção civil já em 2015, o empreendimento foi possível a partir da sensibilidade do Governo do Maranhão que declarou, já no primeiro semestre, a comercialização dos campos de gás natural da região. As obras iniciaram no mês de maio de 2015.
O início da produção de gás natural na região está previsto para o primeiro semestre de 2016 e a empresa Parnaíba Gás Natural já atua na construção do gasoduto. A comercialização foi alcançada após a assinatura pelo governador Flávio Dino, em abril deste ano, da comercialidade do campo de gás natural no Sudeste de Bom Jesus que está localizado na Bacia Terrestre do Parnaíba, no município de Lima Campos.
“O Governo do Maranhão vê isso com muito otimismo, porque ajudará a matriz enérgica brasileira e complementa nosso objetivo de mais adiante podermos dispor de gás para, inclusive, termos gasoduto que alimente a industrialização no nosso estado”, disse Flávio Dino durante a solenidade.
As obras de instalação e a operação da exploração de gás natural no Maranhão são fatores de geração de emprego, circulação de renda, crescimento do comércio local e pagamento de royalties pela produção de gás no Estado.
Os dados apresentados pela PGN mostram que no Maranhão são produzidos, em média, 4,9 milhões de m³/dia e a meta da empresa é atingir um patamar de produção de 8,4 milhões de m³/dia