Jornalismo com seriedade

sexta-feira, 4 de março de 2016

Pedrinhas:













GOVERNO DE ROSEANA SARNEY

GOVERNO FLAVIO DINO
Do Maranhão da Gente
Um relatório divulgado pela ONG Conectasutiliza dados antigos para atacar o governo Flávio Dino. Ao longo do documento, são relatadas condições que não mais existem no Complexo Penitenciário de Pedrinhas. Ao publicar o número de presos sem condenação, por exemplo, o relatório usa dados de junho de 2014. Em vários outros pontos, os dados utilizados se referem ao período de 2013 e 2014.
O Complexo de Pedrinhas ficou conhecido nacionalmente após a onda de violência que aconteceu por lá entre 2013 e 2014, com o registro de 63 mortes violentas. Incapaz de contê-la, o Governo Roseana, na época, pediu o envio da Força Nacional para ajudar a combater o caos.
Com o novo Governo, várias medidas foram tomadas para que a crise fosse resolvida. Já em 2015, o número de homicídios teve uma diminuição expressiva: apenas 4 mortes em 2015, uma queda de 76,74%. Ao contrário do que se via na gestão anterior, com presos fugindo pelo muro da frente em cadeia nacional, o número de fugas do Complexo também caiu 72,16%.
Isto se deve, entre outras providências tomadas pela nova gestão, à de separação de presos, para garantir a integridade física dos mesmos. Esta separação incidiu em outro dado positivo: o governo acabou o ano de 216 sem nenhum registro de motins e rebeliões, um fato inédito na história do presídio.
Estrutura
Outro ponto falho do relatório é que indica que presos não recebem alimentação adequada, além de condições de permanência. Não se pode negar que em Pedrinhas ainda exista a superlotação. Porém, o Governo já tomou várias medidas para desafogar o sistema. O cronograma de obras de novas unidades do sistema prisional, que fazem parte do Termo de Compromisso firmado em junho de 2015 entre o Governador Flávio Dino e o presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Enrique Ricardo Lewandowski, já foi cumprido em mais de 50%.
Até o momento já foram abertas 924 novas vagas no sistema prisional maranhense, com a entrega dos presídios de Balsas, Açailândia, Imperatriz e Pinheiro, e outras 880 serão entregues ainda este ano. A licitação para a construção do Presídio São Luís IV (PSL IV) já teve processo iniciado. O presídio terá capacidade para 120 internos e uma nova unidade prisional ao lado da Penitenciária de Pedrinhas (PP), com capacidade para 682 novas vagas.
O próprio dado defasado do relatório que fala em 66,4% de população carcerária sem condenação merece atenção: a Secretaria de Administração Penitenciária (Sejap) ampliou o número de procedimentos administrativos para encaminhamento e cumprimento de alvarás de soltura de presos no estado, tendo alcançado a marca de 6.612 pareceres, em 2015, (5.726 favoráveis) feitos pelo Núcleo de Alvarás da Sejap; e 1.420 só nos dois primeiros meses deste ano.
Sobre as condições de alimentação, o relatório também mostra fatos e vídeos antigos: ao longo de 2015, o Governo passou a oferecer quatro refeições balanceadas, por dia (café da manhã, almoço, lanche da tarde e jantar), kits de higiene pessoal com até 9 itens a cada 20 dias, fardamentos a cada dois meses e colchões a cada seis meses.
Ressocialização
Com a nova gestão, outro ponto que era incômodo também está sendo encaminhado: a ociosidade. Agora, pelo menos 1.417 internos foram inseridos em cursos e oficinas de preparação para o mercado de trabalho, a partir de parcerias com empresas públicas e privadas, que garantiram a estes internos contratações formais, após o cumprimento de pena.
Internos de todos os regimes têm a oportunidade de participação nesse benefício, exercendo trabalhos como artesanato, limpeza e conservação, oficinas, horta, trabalho externo, manutenção, cozinha, setor administrativo, enfermaria, e instalação de fábricas de blocos de concreto, chinelos, e padarias. A escolarização nos presídios do Maranhão também merece destaque: saiu do zero e tem 11% dos internos em sala de aula, o que representa um aumento de 30% de inscrições de internos no Enem.
Torturas
Denúncias de possíveis torturas feitas pelos familiares diretamente à Sejap são acompanhadas com rigor, junto à Corregedoria e à Ouvidoria do Sistema Penitenciário do Maranhão, respeitando-se os prazos legais exigidos por estes órgãos públicos e pela polícia judiciária, no curso dos inquéritos instaurados na Secretaria de Segurança Pública.

Recado do governador Flávio Dino




Usando uma declaração do governador durante o lançamento do Diálogos por Paço do Lumiar, no último sábado (27), blogs alinhados à oligarquia Sarney tentaram fazer intriga entre a base do governo estadual na Assembleia, a bancada federal e demais membros da classe política simpática ao atual governo.
Na ocasião, Flávio Dino lembrou dos aliados que recusaram propostas indecentes na última eleição e não abriram mão de caminhar no projeto de mudar a política do Maranhão. “Vou ser leal com quem foi comigo. Meus aliados são os que andaram no sol e na chuva comigo. Quem chegou depois eu abraço, mas não tiro o lugar de quem esteve comigo no sol e na chuva” disse.
A declaração foi um ‘tapa na cara’ de Luis Fernando Silva, ex-pré-candidato pelo PMDB da família Sarney a governador do Maranhão, pois, o recado emprega-se perfeitamente no perfil adotado por Picolé de Chuchu na eleição de 2014.
Após perceber que não tinha possibilidade de disputar a eleição de 2014 com Flávio Dino, o ex-prefeito de São José de Ribamar escondeu-se em Panaquatira e não deu um ‘pio’. O então sarneysista fez questão de não tomar partido no pleito eleitoral.
E pior, na maior cara de pau, o noviço tucano (ex-secretário de Infraestrutura e ex-chefe da Casa Civil do governo de Roseana Sarney) logo na segunda semana do novo governo fez questão de ir até o Palácio dos Leões posar numa foto com o governador do PCdoB.
O recado de Dino foi dado, acertou em cheio Luis Fernando, e também foi direto a todos aqueles que acham que vão ter a mesma atenção do governador que aqueles que estavam com ele durante os anos de campanha.

quinta-feira, 3 de março de 2016

Projeto obriga oferta de internet




Foi aprovado pela Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE), na última terça-feira (01), o projeto apresentado pelos participantes do programa Jovem Senador que torna obrigatória a disponibilidade de internet para os alunos do ensino fundamental e do ensino médio, das redes pública e privada, para fins educacionais.
A proposta foi apresentada por estudantes que participaram da edição 2014 do Programa Jovem Senador, que seleciona jovens de todos os Estados por meio de um concurso anual de redação. Depois, a Sugestão (SUG) 3/2014 foi analisada pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) e transformada no Projeto de Lei do Senado (PLS) 280/2015.
Para justificar a iniciativa, os autores destacaram a importância do uso da tecnologia para o letramento digital e para o processo de ensino-aprendizagem. Também observaram que o Projeto Banda Larga nas Escolas previa todas as escolas públicas urbanas conectadas à internet até o final de 2010. Segundo o Censo Escolar, até 2013, no entanto, 5,5 mil dessas escolas não tinham internet.
Mais um gasto para os Municípios
O relator do projeto na Comissão de Educação, senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE), foi favorável à proposta. Segundo ele, a escola é um bom lugar para se aprender a lidar com as tecnologias, em especial, para as classes socialmente menos favorecidas.
Apesar de considerar o projeto meritório, o senador lembrou, contudo, que um tema não deve ser disciplinado por mais de uma lei.
Por esse motivo, preferiu introduzir as alterações na Lei de Diretrizes e Bases da Educação (Lei 9.394/1996) e não criar uma nova específica. Para isso, sugeriu a aprovação do texto na forma de substitutivo. A proposta será analisada agora pela Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT).