Ana
Duarte era bailarina e foi assassinada por assaltantes no sábado passado
A
morte da bailarina Ana Duarte (51), no sábado, ainda repercute na cidade, e fez
levantar uma série de questionamentos sobre a situação BR-135.
A
Superintendência Regional do Departamento Nacional de Infraestrutura e Trânsito
(DNIT) informa que suspendeu o contrato com a construtora Hytec, que encabeçava
um consórcio de construtoras responsável por fazer a conservação e a manutenção
da rodovia federal que liga São Luís ao continente. Motivo: a empresa
simplesmente abandonou as obras.
Somente
neste fim de semana, além da trágica morte da bailarina, a Polícia Rodoviária
Federal divulgou que vários carros tiveram os pneus cortados pelos buracos.
Outro problema é o mato que se acumula as margens da BR, dificultando a vida
dos motoristas e serve de esconderijo para criminosos.
A
Hytec já teve outros contratos suspensos. Além disso, a construtora é
investigada pela justiça por fraudes em certames licitatórios.
Histórico
A
Hytec é alvo do Tribunal de Contas da União desde 2014, por superfaturamento em
obras da Copa do Mundo de 2014. O alvo é um consórcio assinado com a Trimec,
para ganhar uma licitação no Estado do Mato Grosso.
Nos
anos de 2012 e 2013, o Governo mato-grossense celebrou duas prorrogações de
contratos no valor de R$ 52 milhões para serviços de manutenção e conservação
da malha viária de rodovias estaduais, porém, muitos serviços não foram
concluídos.
No
governo de Roseana Sarney, a construtora da família Lobão faturou mais de R$ 50
milhões para fazer serviço de asfaltamento, terraplanagem, mediação e
asfaltamento de rodovias.
Mesmo
com todo esse aporte financeiro, a empresa não terminou o asfaltamento da
rodovia MA-323, entre Marajá do Sena e Nova Olinda, por exemplo.