Jornalismo com seriedade

quinta-feira, 31 de março de 2016

PALAVRA DE ORDEM NA GLOBO



PALAVRA DE ORDEM NA GLOBO É COMBATER A PALAVRA GOLPE

Embora a presidente Dilma Rousseff, primeira mulher a ocupar o cargo mais alto da República, esteja correndo o risco de ser enxotada do poder por "pedaladas fiscais", sem que suas contas tenham sido sequer apreciadas pelo Congresso Nacional, num processo conduzido pelo político que hoje simboliza a corrupção, o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), a Globo, maior monopólio de mídia do mundo, tenta convencer a sociedade de que não se trata de um golpe contra a democracia, mas sim de um processo legítimo; além de um editorial publicado nesta quarta-feira, o grupo também escalou o articulista Merval Pereira para repetir a tese de que "não vai ter golpe, vai ter impeachment", como se a deposição de uma presidente sem crime de responsabilidade pudesse ter alguma legitimidade; do golpe que promoveu em 1964 (à época chamado de Revolução), a Globo só pediu desculpas 50 anos depois; por mais que a Globo grite, artistas e intelectuais, como Wagner Moura, denunciam o processo atual pelo que ele é: um golpe
Em abril de 1964, quando um golpe militar apoiado pela Globo solapou as liberdades individuais e empurrou o País para 21 anos de ditadura, a primeira página do jornal da família Marinho estampou o editorial "Ressurge a democracia". Foram necessários nada menos que 50 anos para que o grupo Globo, que, de mãos dadas com os militares, criou o maior monopólio de comunicação do mundo, pedisse desculpas à sociedade (confira aqui).
Agora, em pleno século 21, a Globo está engajada em mais um golpe. Trata-se de "deseleger" a presidente Dilma Rousseff, anulando seus 54 milhões de votos obtidos nas últimas eleições presidenciais, em 2014. O pretexto para isso é a acusação de que ela teria cometido "pedaladas fiscais" – uma prática comum a todos os governos, numa acusação que beira o absurdo quando se leva em conta que as contas do governo Dilma nem sequer foram apreciadas pelo Congresso Nacional, que é quem tem o poder de julgá-las. Para piorar, o processo de impeachment vem sendo conduzido por um parlamentar que hoje simboliza a corrupção: o deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ).
Portanto, como a primeira mulher a ser eleita presidente da República corre o risco de ser deposta sem que tenha cometido um crime de responsabilidade, é de um golpe que se trata. No entanto, nos últimos dias, a Globo se lançou a uma nova campanha de desinformação. Trata-se de difundir a tese de que, por estar previsto na Constituição, impeachment não é golpe. O que a Globo não diz é que, embora previsto na Constituição, um impeachment não pode prescindir de um crime de responsabilidade – o que no caso da presidente Dilma inexiste. Na prática, pela tese da Globo, qualquer pessoa poderia ser acusada de homicídio, simplesmente porque o crime está previsto no Código Penal.
No entanto, como a sociedade hoje é mais plural, a Globo tem lutado com todos os seus instrumentos para vencer a batalha da comunicação. Nesta quarta-feira, publicou um editorial e escalou o colunista Merval Pereira para repetir a tese de que "não vai ter golpe, vai ter impeachment". O que importa, para os Marinho, é consumar o golpe de 2016, sem que sejam condenados pela sociedade ou pela História.
No entanto, num artigo cristalino publicado nesta quarta-feira, o ator Wagner Moura explica, de forma didática, por que a presidente Dilma Rousseff está sendo vítima de um golpe clássico (leia aqui). Além disso, em artigo recente, a colunista Tereza Cruvinel, também explicou por que a Globo decidiu combater com tanto afinco a palavra golpe (leia aqui). Entre os Marinho e Merval ou Wagner Moura e Tereza, é melhor ficar com a segunda opção.

Ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello



‘Ela tem razão, impeachment sem crime é golpe’

Ministro do Supremo Tribunal Federal Marco Aurélio Mello concordou com o argumento da presidente Dilma de que se não houver crime de responsabilidade, o impeachment configura golpe; "Acertada a premissa, ela tem toda razão. Se não houver fato jurídico que respalde o processo de impedimento, esse processo não se enquadra em figurino legal e transparece como golpe", afirmou; para ele, afastar Dilma do cargo não vai resolver a crise política e econômica do País; ao "contrário", haverá possibilidade de conflitos sociais, acrescentou; para o magistrado, governo e oposição deveriam juntar-se para "combater a crise que afeta o trabalhador, a mesa do trabalhador, que é a crise econômico-financeira"; Marco Aurélio quis saber "por que insistem em inviabilizar a governança pátria. Nós não sabemos"
 O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello disse considerar "uma esperança vã" que o impeachment da presidente Dilma Rousseff acabe por resolver os problemas do Brasil e concordou com os argumentos de Dilma de que seu afastamento sem comprovação de crime de responsabilidade "transparece como golpe". 
"É uma esperança vã (que o impeachment resolva a crise). Impossível de frutificar. Nós não teremos a solução e o afastamento das mazelas do Brasil apeando a presidente da República. O que nós precisamos, na verdade, nessa hora, é de entendimento, é de compreensão, é de visão nacional", disse Marco Aurélio. "Acertada a premissa, ela tem toda razão. Se não houver fato jurídico que respalde o processo de impedimento, esse processo não se enquadra em figurino legal e transparece como golpe", observou.
O ministro disse acreditar ainda que o afastamento seria o "contrário" da solução, e que poderia resultar em conflitos sociais. "Precisamos aguardar o funcionamento das instituições. Precisamos, nessa hora, de temperança. Precisamos guardar princípios e valores e precisamos ter uma visão prognostica. Após o impedimento, o Brasil estará melhor? O que nós teremos após o impedimento? A situação é diversa de 1992, porque temos dois segmentos que se mostram, a essa altura, antagônicos, e não queremos conflitos sociais. Queremos a paz social", destacou.
Caso o Congresso opte por levar adiante o processo de impeachment, acrescentou o magistrado, o governo ainda poderá recorrer ao STF. "O Judiciário é a última trincheira da cidadania. E pode ter um questionamento para demonstrar que não há fato jurídico, muito embora haja fato político, suficiente ao impedimento. E não interessa de início ao Brasil apear esse ou aquele chefe do Executivo nacional ou estadual. Porque, a meu ver, isso gera até mesmo muita insegurança", avaliou.
"O ideal seria o entendimento entre os dois poderes, como preconizado pela Constituição Federal para combater-se a crise que afeta o trabalhador, a mesa do trabalhador, que é a crise econômico-financeira. Por que não se sentam à mesa para discutir as medidas indispensáveis nesse momento? Por que insistem em inviabilizar a governança pátria. Nós não sabemos", propôs o ministro do STF.

quarta-feira, 30 de março de 2016

Superintendente do Sebrae



Superintendente do Sebrae apresenta projetos de desenvolvimento econômico e territorial para municípios do Litoral Oeste Maranhense

Projeto desenvolverá potencialidades de cada município, visando o fomento ao empreendedorismo.

O Diretor Superintendente do Sebrae no Maranhão, João Batista Martins, visitou, na semana passada, quatro municípios do Litoral Oeste Maranhense, que integram o projeto Desenvolvimento Econômico Territorial - DET, para apresentar as ações previstas e conhecer um pouco mais sobre as demandas dos empreendedores da região. O novo projeto será desenvolvido nos municípios de Cândido Mendes, Luís Domingues, Carutapera e Godofredo Viana, em parceria com as prefeituras municipais.

Em Cândido Mendes a reunião foi com fruticultores e artesãos, além de secretários de governo do município.

Na ocasião, o superintendente enfatizou a importância de ir até o empreendedor, para conhecer a realidade das comunidades e decidir junto com cada grupo o que é preciso para impulsionar as ações. Destacou também que as parcerias são fundamentais para o sucesso desse trabalho realizado tanto no meio urbano como rural.

Na Associação dos Trabalhadores com Açaí do Município de Luís Domingues- ATALD, João Martins, que estava acompanhado do gerente regional do Sebrae em Santa Inês, Aluízio Muniz e do gestor do projeto DET, Adalberto Fraga, foi recebido por um grupo de associados, que aproveitou o momento para expor as dificuldades que a entidade tem para desenvolver as atividades e ouvir as colocações do superintende com relação ao que está sendo proposto por meio do projeto.

Josivaldo Gonçalves, presidente da ATALD, explicou que eles já plantam, processam e comercializam a polpa do açaí, mas só no próprio município. Agora, querem ampliar mercado e, para isso, precisam fazer parcerias. O presidente da associação demonstrou otimismo com a visita.

 “A presença do Sebrae é de suma importância nesse processo, pois sabemos que o conhecimento por meio das capacitações é uma ferramenta que vai impulsionar nosso negócio. Ter o superintende da instituição aqui, conhecendo de perto a nossa realidade, nos deixa ainda mais confiantes”, enfatizou.
Para o gestor do Sebrae e responsável pela execução do DET, Adalberto Fraga, o papel do Sebrae é fortalecer a organização social da entidade, bem como contribuir para o aumento da produção e a da produtividade, buscando com qualidade novos mercados. “O trabalho já está em andamento com o plano de ação definido para alçar os objetivos propostos. O Negócio Certo Rural será a próxima ação a ser desenvolvida no mês de abril, juntamente com os fruticultores de Luís Domingues”, reinterou Fraga.

Em Carutapera a reunião foi com os secretários municipais e pessoas que integram o Polo Turístico Amazônia Maranhense, formado por cinco municípios: Carutapera, Luís Domingues, Turiaçu, Godofredo Viana e Cândido Mendes.

Roseane Maia, turismóloga, diretora de turismo do município e coordenadora do Polo, fez a apresentação dos dados e demonstrativos do potencial turístico da região. Segundo Roseane, a ideia é fazer do turismo sustentável a principal atividade econômica de Carutapera, a frente do comércio da pesca que hoje impulsiona a economia local.

O superintendente João Martins encerrou a agenda, agradecendo as parcerias com as prefeituras e reafirmando o compromisso do Sebrae em levar aos micro e pequenos empreendedores, inovação, tecnologia, educação empreendedora, e conhecimento, que podem melhorar a vida das famílias e consequentemente dos municípios. “Essa é uma das estratégias do Sebrae: discutir com gestores públicos e todos aqueles que querem, de alguma forma, melhora o desenvolvimento da região, por meio das potencialidades que existem nas suas localidades e as informações prestadas por nosso corpo técnico”, concluiu Martins.

Gilciléa Marques
Unidade de Marketing e Comunicação
Regional do SEBRAE em Santa Inês - Ma
Contatos: (98) 8237-3242
Sebrae – Santa Inês -MA (98) 3653 2461