Jornalismo com seriedade

segunda-feira, 31 de julho de 2017

Filme da Lava Jato mostrará entrega de mala de dinheiro a agentes do governo Roseana Sarney


do Blog Marrapá

Com estreia marcada para 7 de setembro, o filme ‘A Lei é Para Todos’, sobre os bastidores da Operação Lava Jato, mostrará, do ponto de vista da Polícia Federal, a entrega de uma mala de dinheiro para agentes do governo Roseana Sarney (PMDB).

Ocorrido em 17 de março de 2014, nas dependências do Hotel Luzeiros, em São Luís, o episódio marcou o início da mais longa operação de combate à corrupção no país, com a prisão de Alberto Youssef, vivido no filme pelo ator Roberto Birindelli.

O doleiro estava na capital para despachar R$ 1,4 milhão em propina paga pela UTC, como parte de um acordo de R$ 12 milhões com o governo de Roseana, relacionado ao pagamento fraudulento de R$ 113 milhões em precatórios à construtora investigada na Lava Jato.

Segundo a delação de Youssef à época, a herdeira do oligarca José Sarney teria conhecimento toda negociata, que também levou a prisão do empresário João Abreu.

‘Chefões’ unidos: Sarney se torna um dos maiores conselheiros de Temer, acusado de chefiar uma organização criminosa


O ex-presidente e ex-senador José Sarney é um dos principais e maiores conselheiros do presidente golpista Michel Temer, apontando por Janot como chefe de uma organização criminosa. Já o empresário Joesley Batista, em entrevista à Época, disse que Temer comanda a organização criminosa mais perigosa do país.

Em meio ao turbilhão de denúncias contra Temer, que tem apenas 5% de aprovação, surge a figura de Sarney, o ‘escritor’ do listão da Odebrecht, como conselheiro-mor. Foi de Sarney a orientação para que o golpista não renunciasse em um dos momentos mais críticos, depois das revelações feitas pelo empresário Joesley Batista.

Nesta segunda-feira (31), o jornalista Murilo Ramos, da revista Época, confirma que Sarney é, sim, um dos maiores conselheiros de Temer. “A proximidade de José Sarney com Michel Temer surpreende assessores de longa data do presidente. De alas distintas do PMDB, eles nunca foram muito ligados. Sarney esteve ao lado de Lula e Dilma nos momentos mais difíceis”, diz a nota do jornalista.

Um dos internautas, em comentário no site da revista, diz: “o imperador do Maranhão? Ótimo conselheiro, político ‘ilibado’ e de grande ‘saber’ dependendo da matéria, é claro...”

Outro afirma: “os iguais se atraem e se entrelaçam no lamaçal fétido da política no Brasil”

“Este é conselheiro do capeta. Vade retro!”, diz outro internauta.

Em tempo: Sarney não dá murro em ponta de faca. O apoio a Temer terá um preço: a garantia de financiamento do projeto de retomada do poder no Maranhão. Sem o controle dos cofres do governo do Maranhão, a oligarquia Sarney precisa dos cofres da União para bancar suas candidaturas, principalmente ao governo. Se Michel Temer naufragar, leva junto o projeto político de Sarney para 2018.

“IMPEACHMENT DE DILMA NÃO FEZ BEM AO PAÍS”


Mais de um ano após o golpe contra Dilma Rousseff, o deputado federal Waldir Maranhão (PP-MA) voltou a criticar o afastamento definitivo da petista; “O tempo mostrou que eu estava certo quando tentei anular a cassação de Dilma. Hoje o Brasil está bem pior. O impeachment dela não fez bem ao país. É só comparar como estava a nação antes e agora depois da cassação”, disse; tanto o MP como a perícia do Senado inocentaram Dilma; Já Michel Temer tem a menor popularidade desde a redemocratização; sobre 2018, o parlamentar reforçou sua intenção em disputar o Senado; “Acredito que o grupo do governador Flávio Dino deverá fazer as duas vagas para o senado e não vejo hoje nenhum nome preferido dele, por esta razão vou perseguir essa chance”
Não é ensaio com objetivos terceiros ou qualquer outra intenção que não seja disputar uma vaga para o senado nas eleições do próximo ano a pré-candidatura de senador do deputado federal Waldir Maranhão, do PP. Foi o que ele garantiu.  Em Timon nesta quinta-feira (27) o deputado se se encontrou com amigos e reforçou sua intenção de disputar uma das vagas para o senado no próximo ano.
Reitor da Universidade Estadual do Maranhão por duas vezes. deputado federal pelo terceiro mandato, Waldir Maranhão foi o político maranhense e do país que mais sacrifício pessoal fez em defesa da presidente Dilma Roussef, quando tentou anular o Impeachment da petista. “O tempo mostrou que eu estava certo quando tentei anular a cassação de Dilma. Hoje o Brasil está bem pior. O impeachment dela não fez bem ao país. É só comparar como estava a nação antes e agora depois da cassação”, disse o congressista ao Elias Lacerda.
Tanto o Ministério Público (MPDFT) quando uma perícia do Senado inocentaram Dilma Rousseff, em 2016. No mês de julho do ano passado, o procurador da República Ivan Cláudio Marx, responsável pelo caso aberto no MP do Distrito Federal, pediu arquivamento do inquérito nesta quinta-feira 14, depois de ter pedido, na última sexta-feira, arquivamento de um caso semelhante relacionado ao BNDES. Esua decisão, Marx levantou suspeitas sobre "eventuais objetivos eleitorais" com as "pedaladas" e afirmou que o caso "talvez represente o passo final na infeliz transformação do denominado 'jeitinho brasileiro' em 'criatividade maquiavélica'".
No caso da perícia do Senado, três técnicos da Casa assinaram um documento apontando que não houve ação de Dilma no atraso do repasse de R$ 3,5 bilhões do Tesouro ao Banco do Brasil para o Plano Safra, uma das acusações que constam no pedido de impeachment contra a presidente. "Pela análise dos dados, dos documentos e das informações relativos ao Plano Safra, não foi identificado ato comissivo da Exma. Sra. Presidente da República que tenha contribuído direta ou imediatamente para que ocorressem os atrasos nos pagamentos", diz trecho do laudo.
Pesquisa Ibope, divulgada nesta quinta-feira (27), apontou que apenas 5% dos brasileiros aprovam o governo Michel Temer, a pior popularidade desde redemocratização. O percentual (ótimo/bom) de 5% é tecnicamente empatado com os 7% apurados em junho e julho de 1989, no governo do então presidente José Sarney. 
Senado
O parlamentar do PP contou que muitos da imprensa não lhe tem levado a sério no seu projeto de pré-candidatura ao senado, entretanto ele ressalta que tem trabalhado diuturnamente na busca de viabilização desse projeto para 2018. Waldir Maranhão afirmou que, estrategicamente, tem evitado divulgar quais lideranças lhe tem manifestado apoio, pois sabe que assim agindo estaria despertaria a cobiça de concorrentes.
Ainda filiado ao PP, o parlamentar revelou que não deverá ficar no partido. Disse que em momento oportuno deixará a sigla para se filiar a outro partido onde já recebeu garantias para sua candidatura ao senado.
Reforçando que só tem um lado para as eleições do próximo ano, o do projeto de reeleição do governador Flávio Dino, Waldir Maranhão esteve ontem em Codó onde visitou o prefeito Francisco Nagib, ex-prefeito Zito Rolim, e talvez tenha sido a única liderança política de expressão aliada de Dino que visitou também o ex-prefeito Biné Figueiredo.
“Durante esse recesso parlamentar não parei um dia sequer. Vou continuar buscando minha candidatura ao senado. Acredito que o grupo do governador Flávio Dino deverá fazer as duas vagas para o senado e não vejo hoje nenhum nome preferido dele, por esta razão vou perseguir essa chance. Daqui de Timon agora vou a São Luis, mas antes de chegar lá passarei por diversas outras cidades mantendo conversas com forças políticas amigas para apresentação de meus propósitos com uma candidatura ao senado”, informou o deputado antes de viajar.


CÂMARA AMEAÇA SALVAR A PELE DE UM GOVERNO REJEITADO PELO POVO


Para emplacar o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, a oposição usava o discurso da "impopularidade" para justificar golpe. Agora, diferentemente da rejeição de Dilma, que foi insuflada pela grande mídia - principalmente pela Rede Globo -, o governo ilegítimo de Michel Temer bate recorde de reprovação dos institutos de pesquisa, é denunciado por crime de corrupção passiva e com uma base aliada dividida, ele se mantém no poder; leia reportagem de Dayane Santos, no portal Vermelho
Pesquisa Ibope encomendada pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) constata 70% dos brasileiros consideram o governo Temer ruim ou péssimo. Já o levantamento feito pelo instituto Paraná Pesquisas, divulgado nesta sexta-feira (28), mostra que o governo de Michel Temer é reprovado por 86,1% da população.

Além disso, 79,1% dos brasileiros consideram o governo de Temer ruim ou péssimo, enquanto que apenas 4,6% o classificam como ótimo ou bom.

Para deputados, cientistas políticos e economistas, Temer só se mantém no poder por meio de manobras e compra de votos em troca de verbas, mais conhecido como toma lá, dá cá. De acordo com a líder do PCdoB na Câmara, a deputada Alice Portugal (BA), essa situação contraditória e de indiferença do Congresso Nacional com o recado de reprovação das ruas tem origem no golpe contra o mandato de Dilma.

"O descompasso tem um pecado original. O Temer não foi votado. Ele compunha uma chapa de aliança de centro-esquerda, no entanto, nunca teve sufrágio popular à sua figura. Além de ser fruto de um impeachment fraudulento, ele implementa um programa de governo que também não foi aprovado nas urnas, pelo contrário, foi o programa derrotado do candidato Aécio Neves", enfatizou a deputada comunista, destacando que esse programa inclui privatizações, quebra d soberania, de reformas ultraliberais e a posição de submissão ao capital rentista.

"Temer implementa um projeto derrotado nas urnas e por isso mesmo fala com todas as letras que ele não tem compromisso ou preocupação com popularidade. Construiu uma maioria no Congresso na base do toma lá, dá cá que adotam medidas que vão na contramão do povo e do país", frisou a parlamentar..

O deputado Daniel Almeida (PCdoB-BA)também concorda que a a maioria que compõe a base do governo demonstra "que não tem nenhuma sensibilidade para as demandas populares".

"Não tem vínculo com o povo", salienta o deputado, destacando que ao ignorar a rejeição de Temer, o Congresso revela ser "predominantemente conservador e de interesses mesquinhos".


"Tenho dúvidas até quando essa base vai se sustentar, porque a pressão da rua vai aumentando e cada vez mais deputados vinculados a essa agenda do governo vão fincando com dificuldades de circular nas ruas", declarou Daniel Almeida. Segundo ele, a votação da denuncia contra Temer por corrupção passiva, mercada para o dia 2 de agosto, vai revelar esse distanciamento, e como o procurador-geral, Rodrigo Janot, já disse que haverá outras denúncias, a distância deve aumentar o isolamento de Temer.

SOB TEMER, 76% DOS HOSPITAIS NÃO TÊM CONDIÇÕES DE ATENDER PACIENTES COM AVC

Agência Brasil
Pesquisa do Conselho Federal de Medicina (CFM) com 501 médicos que trabalham em serviços de urgência e emergência de unidades de saúde pública de todo o país indica que 76% dos hospitais não apresentam condições adequadas para atender casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC); apenas 3% dos serviços avaliados pelos médicos têm estrutura classificada como muito adequada e 21% como adequada; o AVC ocupa o segundo lugar no ranking de enfermidades que mais matam no Brasil, atrás apenas das doenças cardiovasculares
Agência Brasil - Uma pesquisa do Conselho Federal de Medicina (CFM) com médicos neurologistas e neurocirurgiões de todo o Brasil indica que 76% dos hospitais públicos onde eles trabalham não apresentam condições adequadas para atender casos de Acidente Vascular Cerebral (AVC). Apenas 3% dos serviços avaliados pelos médicos têm estrutura classificada como muito adequada e 21% como adequada, de acordo com estudo divulgado hoje (31).
O CFM ouviu 501 médicos que trabalham em serviços de urgência e emergência de unidades de saúde pública de todo o país. Eles responderam a um questionário sobre a situação do atendimento a pacientes com AVC, considerando critérios como o acesso exames de imagem em até 15 minutos, disponibilidade de leitos e medicamentos específicos, triagem dos pacientes identificados com AVC de forma imediata, capacidade numérica e técnica da equipe médica especializada e  qualidade das instalações disponíveis, entre outros pontos baseados em parâmetros internacionais e nacionais de atendimento ao AVC.
A percepção da maior parte dos médicos entrevistados aponta que as unidades públicas de saúde nem sempre estão preparadas para receber de forma adequada um paciente com sintomas do AVC, apesar de ser uma doença grave que está entre as principais causas de morte em todo o mundo.
“Nós fomos atrás dessa percepção em virtude do Acidente Vascular Cerebral ser a segunda principal causa de morte no Brasil, um dado epidemiológico. E é a principal causa de incapacidade no mundo e no Brasil, gerando inúmeras internações”, disse Hideraldo Cabeça, neurologista responsável pela pesquisa e coordenador da Câmara Técnica de Neurologia e Neurocirurgia do CFM.
Infraestrutura de atendimento é inadequada
Segundo a pesquisa, a infraestrutura de atendimento a casols de  AVC é inadequada em 37% dos serviços e pouco adequada em 39%, totalizando 76% de serviços que não se enquadram totalmente nos protocolos de atenção ao AVC estabelecidos pelo Ministério da Saúde.

Entre os itens essenciais que não estão disponíveis em mais da metade das unidades de saúde figura a tomografia em até 15 minutos e o acesso ao medicamento trombolítico, usado para dissolver o sangue coagulado nas veias do cérebro.