Jornalismo com seriedade

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

Encha o tanque e ajude Temer a pagar pelos deputados que comprou; fatura pode chegar a R$ 13,2 bilhões

Levantamento feito pelo jornal Valor Econômico aponta que a vitória de Michel Temer na sessão de ontem, no Congresso Nacional, custará pelo menos R$ 13,2 bilhões, entre emendas e outros favores concedidos aos setores que os parlamentares representam.

Sempre que parar para abastecer seu carro, lembre-se: você estará ajudando Michel Temer a pagar pela compra dos deputados que o salvaram na sessão de ontem no Congresso Nacional.

Um levantamento feito pelo jornal Valor Econômico aponta que a vitória de Temer custará pelo menos R$ 13,2 bilhões, entre emendas e outros favores concedidos aos setores que os parlamentares representam, como o ruralista.

É mais do que os R$ 10 bilhões que serão arrecadados com o tarifaço na gasolina, que produziu o maior aumento dos combustíveis nos últimos 13 anos.

Embora o pretexto para o golpe fosse a questão fiscal, Temer já estourou a meta de rombo de R$ 139 bilhões e, provavelmente, terá que aumentar outros impostos. É também possível que a meta seja revista para cerca de R$ 170 bilhões.

"A vitória obtida ontem pelo presidente Michel Temer na Câmara dos Deputados teve um custo alto para os cofres públicos e doerá no bolso do setor privado. Apenas três iniciativas de um "pacote de bondades" recente para agradar aos parlamentares - a liberação de emendas, o refinanciamento de dívidas de produtores rurais e o aumento dos royalties da mineração - somam uma conta de R$ 13,2 bilhões. O enfraquecimento político do governo também pode gerar frustrações na arrecadação federal, com um atraso na reoperação da folha de pagamento e mudanças no projeto do Refis", diz a reportagem de Daniel Rittner e Fernando Torres.

"Mais de 95% dos R$ 4,15 bilhões dos empenhos de emendas parlamentares ocorreram entre junho e julho. O período coincide com as vésperas da votação da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Temer na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) e, logo em seguida, no plenário da Câmara. Nos primeiros dois dias de agosto, o valor empenhado supera toda a liberação de janeiro a março."

Os devaneios de Roseana, a amnésia de Adriano Sarney e o incômodo com a eficiência do governo Flávio Dino


Ao que parece, acostumada a apropriar-se do que não lhe pertence, Roseana Sarney quer tomar para si as realizações do governo Flávio Dino. Ela continua insuperável na arte de mentir. E quem mente...

Símbolo da inapetência administrativa e sofrendo de abstinência dos cofres públicos, a filha do coronel Sarney está encantada com a eficiência de Flávio Dino como gestor. É o que se pode deduzir de suas mais recentes declarações.

Em apenas dois anos e meio, Dino fez na educação a revolução que a “princesa da Odebrecht” prometeu em 94. Roseana não só deixou de concretizar obras como sucateou o sistema educacional.

Na contramão disso, mais de 600 escolas foram construídas, reconstruídas, reformadas e revitalizadas por Flávio Dino; criado o sistema de educação profissionalizante em tempo integral e a UemaSul; professores valorizados; eleição direta para gestores escolares, entre outras tantas ações.

Na saúde, Dino promoveu a regionalização do atendimento de alta complexidade com a inauguração de cinco hospitais regionais, enquanto que Roseana (com Ricardo Murad) inventou um programa que prometia 72 hospitais, mas serviu para desvios de recursos pela denominada ‘Máfia da Saúde’. Segundo o Ministério Público, esses desvios podem chegar a R$ 1 bilhão. A própria ex-governadora recebeu mais de R$ 1 milhão de uma das empresas para campanha eleitoral.

Na infraestrutura, o governo já fez a interligação de municípios com a pavimentação de mais de 3 mil quilômetros de estradas e vias urbanas em todo estado. E o programa "Mais Asfalto" continua sendo implementado em parceria com prefeituras, mesmo em um cenário de crise.

Esses são marcos de um governo inovador e que pratica a justiça social, aplicando corretamente os recursos públicos e combatendo a prática de ilicitudes.

São compreensíveis, portanto, os arroubos e devaneios de Roseana, que parecem ter convencido apenas o sobrinho Adriano Sarney. Num surto de amnésia, o herdeiro da oligarquia resolveu atribuir como prática do governo Flávio Dino a utilização de propaganda enganosa. Artifício, sabido por todos, fartamente utilizado nos 14 anos da Sarney no poder, quando a governadora pagava com uma mão e recebia com as duas como acionista da TV Mirante.

Quem melhor definiu a pirotecnia publicitária da oligarquia foi o ex-senador Cafeteira ao afirmar que o governo de Roseana era tão fictício que acabava tão logo o telespectador desligava a televisão.

Tia e sobrinho precisam acordar para a realidade do estado e ver de perto a mudança e os níveis de rejeição à dinastia Sarney.

quinta-feira, 3 de agosto de 2017

Imagem da noite: os deputados do Maranhão que ajudaram a salvar Temer, apontado por Janot como chefe de organização criminosa

O triunfo da corrupção e do crime organizado institucionalizado. Assim pode ser resumida a sessão na Câmara dos Deputados, em Brasília, que livrou Temer de investigação por corrupção passiva no STF. Um triunfo garantido pelo uso escancarado do dinheiro público para comprar parlamentares, uma prática vigente há muitos anos na política nacional. É a predominância do toma lá dá cá entre o Executivo e o Legislativo. 

Nos dias que antecederam a votação, o próprio Temer comandou a operação de compra de deputados em vários jantares bancados com o dinheiro público.Tudo aos olhos de uma justiça leniente, também responsável pela ascensão de criminosos do colarinho branco ao comando do país.

Somente no Brasil, contaminado pelo vírus da corrupção, um elemento acusado de chefiar uma organização criminosa, segundo Rodrigo Janot, continue no comando da Nação e favorecido pela impunidade. Lembrando que o empresário Joesley Batista disse à revista Época que o golpista comanda a organização criminosa mais perigosa do país.

Dentre os deputados que votaram a favor da impunidade de Temer, encontram-se 11 maranhenses que devem buscar a reeleição em 2018, mas parece que não estão preocupados com o desgaste junto ao eleitor. Estão no time dos que acreditam que o eleitor vai esquecer isso em pouco tempo, pois tem memória curta. Talvez tenham feito a opção de assegurar apoio ao governo golpista para viabilizar suas candidaturas. Se ganharam alguma coisa em troca de votos? Não se tem como afirmar, mas é certo é público o uso dos cofres públicos para assegurar a vitória.

Será que o eleitor vai esquecer tudo em 2018 e ajudar a eleger novamente os deputados Aluísio Mendes, André Fufuca, Cleber Verde, Hildo Rocha, João Marcelo, José Reinaldo, Júnior Marreca, Juscelino Filho, Pedro Fernandes, Sarney Filho e Victor Mendes?

Votaram a favor da investigação de Temer os deputados Deoclides Macedo, Eliziane Gama, Luana Costa, Rubens Júnior, Waldir Maranhão, Weverton Rocha e Zé Carlos.

quarta-feira, 2 de agosto de 2017

TV Câmara: Transmissão em tempo real da análise da denúncia contra o presidente Michel Temer


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Após reajuste determinado pelo governo Temer, Sarney tenta colocar culpa no governo do MA pelo aumento da gasolina

O que o jornal do clã Sarney não revelou é que, antes dos aumentos determinado por Temer, o Sistema de Levantamento de Preços da ANP apontava que o valor da gasolina na capital maranhense, São Luís, estava entre os sete menores do país.
Em todo o país, a gasolina teve na semana passada a maior alta desde que a Agência Nacional do Petróleo (ANP) passou a fazer o levantamento semanal de preços, em 2004. O grande vilão para o reajuste do preço foi o repasse do aumento dos impostos Pis/Cofins sobre combustíveis determinado pelo governo Michel Temer (PMDB). Apesar do aumento dos impostos federais terem sido amplamente repercutidos na imprensa nacional, a mídia maranhense ligada ao grupo Sarney tenta jogar a culpa no governo do Maranhão pelo aumento da gasolina nos postos maranhenses.

Na verdade, a elevação dos impostos foi a maneira mais impopular encontrada por Temer para tentar tapar o rombo no orçamento federal. Seguindo as orientações do oligarca José Sarney, seu principal conselheiro, Temer teria atuado para comprar votos de deputados contra a denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que o acusa de corrupção passiva com base nas delações da JBS.

O presidente liberou apenas no mês passado R$ 2,11 bilhões em emendas parlamentares e após a manobra não vem conseguindo equilibrar as contas púbicas. Quem efetivamente está pagando por esse rombo é o consumidor, que já sente no bolso o aumento no preço dos combustíveis.

Edição desta quarta-feira (2) do jornal O Estado do Maranhão, um dos principais veículos de comunicação da família Sarney, associou tendenciosamente em sua reportagem de capa a alta no preço dos combustíveis no Maranhão ao reajuste na alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) no Maranhão. A alteração foi proposta pelo governo do Maranhão no início do ano e aprovado pela Assembleia Legislativa do Maranhão (AL-MA). Na época, o aumento do ICMS foi contestado essencialmente por empresários ligados ao grupo Sarney no Maranhão. Com a medida, a gestão estadual sinalizou maior capacidade de investimentos, além da garantia de repasses aos municípios profundamente impactados pela crise e proteção aos cidadãos com menor capacidade contributiva.

O que o jornal do clã Sarney não revelou é que, antes dos aumentos determinado por Temer, o Sistema de Levantamento de Preços da ANP apontava que o valor da gasolina na capital maranhense, São Luís, estava entre os sete menores do país. Pesquisa semanal realizada pela agência entre os dias 18 e 24 de junho, revelou que a média cobrada no Maranhão foi de R$ 3,48. O preço estava abaixo da média nacional, que era de R$ 3,54.  

Já o último levantamento semanal divulgado pela ANP e realizado entre os dias 23 e 29 de julho, aponta que São Luís ainda apresenta uma média de preço da gasolina bem abaixo da média de outras capitais e até mesmo aquém da que era cobrada nacionalmente antes do reajuste.

Atualmente em São Luís o preço médio do litro de gasolina é de R$ 3,47, enquanto em Salvador o preço do combustível subiu para R$ 4,04, em Recife para R$ 3,65 e no Rio de Janeiro para R$ 4,12. Mas esses dados a mídia do grupo Sarney faz questão de ocultar.