OPERAÇÃO ‘SEM SAÍDA’ PRENDE 22 SUSPEITOS DE FALSIFICAR CARTEIRAS
DE MOTORISTA NO MA
Envolvidos
devem responder por corrupção passiva e ativa. Organização tinha a colaboração
direta da empresa terceirizada Thomas Greg
A Polícia
Civil do Maranhão prendeu 22 pessoas suspeitas de envolvimento em crime de
fraude na concessão de carteiras de habilitação de motorista. Entre os detidos,
donos e funcionários de autoescolas, examinadores e alunos. As prisões foram
decorrentes de operação colocada em pratica pela Superintendência Especial de
Investigação Criminal (Seic), denominada ‘Sem Saída’ que, há oito meses,
investiga o caso.
Pelas
carteiras falsificadas era cobrado entre 2 mil e 3 mil reais. A polícia irá
cumprir, ainda, outros quatro mandados de prisão/busca e apreensão.
Foram presos
cinco proprietários das autoescolas Abdon, Coutinho, Unidas e Andrade, em São
Luís; da Júnior, no município de Pinheiro; Coutinho, em São Bernardo; e Unidas,
de Santa Inês. Estão detidos quatro funcionários destas empresas, sendo nove
examinadores e um aluno/examinado. Frank Leonardo Gomes, apontado como o líder
da fraude, também está preso.
Segundo a
polícia, ele conseguia os alunos junto às autoescolas e os encaminhava aos
examinadores integrantes do grupo. Estes, de imediato, aprovavam os alunos do
esquema sem que precisassem realizar as provas.
A polícia
realizou, ainda, 14 conduções coercitivas de apoiadores secundários e outros
suspeitos de envolvimento. Entre as provas conseguidas pela polícia estão
gravações de ligações telefônicas do que seriam conversas entre alunos e
representantes das escolas, além dos examinadores. Em uma das conversas, o
aluno questiona a razão de precisar ir ao local para nova assinatura de
documento. Como resposta, a pessoa que seria o dono da autoescola, alerta o
aluno de ter assinado diferente em um dos papéis.
A
organização tinha a colaboração direta da empresa Thomas Greg, terceirizada do
Departamento Estadual de Trânsito (Detran) do Maranhão, que por meio dos seus
examinadores facilitavam a aprovação de pessoas para o exame Nacional de
Carteira de Habilitação (CNH).
Os
envolvidos devem responder por corrupção passiva (donos das autoescolas e
examinadores), corrupção ativa (alunos). As penas para ambos os crimes variam
de dois a 12 anos, conforme o Código Penal Brasileiro.