TEMER
ADMITE LEVAR INVESTIGADOS AO GOVERNO
Em
entrevista ao jornalista Gerson Camarotti, o vice-presidente Michel Temer
(PMDB) admitiu a possibilidade de nomear investigados na Operação Lava Jato
para compor o seu eventual governo; são cotados para a equipe do peemedebista
Romero Jucá e Henrique Eduardo Alves, ambos do PMDB, investigados pelo Supremo,
e Geddel Vieira Lima, também do PMDB que já foi citado nas delações; "Num
plano mais geral, o que eu posso dizer é que a investigação ainda é o que é,
uma investigação. Então, não sei se isto é um fator impeditivo de uma eventual
nomeação", afirmou; sobre a possibilidade do presidente da Câmara, Eduardo
Cunha (PMDB), assumir a Presidência, Temer desconversou: "Isso eu só
avaliarei se eu vier a assumir o governo"; na entrevista, ele disse que a
economia é o tema central do país e disse concordar com o programa do PSDB para
aderir ao governo, sobretudo o tópico que trata sobre o parlamentarismo
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Em entrevista ao jornalista Gerson Camarotti, o vice-presidente Michel Temer
(PMDB) admitiu a possibilidade de nomear investigados na Operação Lava Jato
para compor o seu eventual governo.
São
cotados para compor a equipe do peemedebista o senador Romero Jucá e o
ex-deputado federal Henrique Eduardo Alves, ambos do PMDB, que são investigados
pelo Supremo Tribunal Federal. Geddel Vieira Lima, também do PMDB e cotado para
a Secretaria de Governo, já foi citado em delações.
"Num
plano mais geral, o que eu posso dizer é que a investigação ainda é o que é,
uma investigação. Então, não sei se isto é um fator impeditivo de uma eventual
nomeação", afirmou.
Sobre
a possibilidade do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), assumir a
Presidência, Temer desconversou: "Isso eu só avaliarei se eu vier a
assumir o governo".
Na
entrevista, exibida pelo Jornal Nacional, Temer também falou sobre a economia e
o programa do PSDB.
"Na
eventualidade de eu vir a assumir – até porque eu estou aguardando com todo
respeito a decisão do Senado –, é claro que eu esperarei produzir algo
produtivo para o país. Evidentemente que hoje o tema central é o tema da
economia. Nesse, em particular, eu estou examinando, estudando a matéria, tendo
a colaboração de justos economistas, entre os quais a figura de Henrique
Meirelles. E pretendo no início apresentar algo que seja palatável para o país,
seja útil para o país, gerando talvez expectativa", afirmou.
Sobre
as 15 propostas do PSDB, ele afirmou que está de acordo com os pontos
apresentados. "Quero ressaltar que um dos aspectos fundamentais desse
documento é exatamente a questão do parlamentarismo. E eu não tenho objeção a
isso não. Se for o caso, nós temos que empreender uma grande reforma política,
para então adotarmos o sistema parlamentarista. Eu não tenho nenhuma objeção em
relação a isso. O que eles propõem é que a partir de 2018 se possa adotar a
tese do parlamentarismo", disse