O governo interino de Michel Temer (PMDB) pode
estar com os dias contatos, haja vista o isolamento de seu golpe nas arenas
internas e externas.
Internamente, os protestos contra o vice aumentam
na mesma proporção em que se passam as horas. Ontem à noite, por exemplo, houve
panelaço, vomitaço e apitaço durante uma entrevista do interino na TV Globo.
Países sul-americanos, de forma uníssona, vêm se
manifestando através de seus organismos — como UNASUL, MERCOSUL e OEA — porque
temem que o golpe jurídico seja adotado como modus operandi contra as
democracias na região.
Some-se a isso, a Europa também vai ampliando seu
conhecimento sobre o atentado contra o Estado Democrático de Direito no Brasil.
Amanhã, em Lisboa, o Eurolat — parlamentos europeu e latino — também devem se
manifestar.
Para complicar ainda mais a situação do governo
golpista de Temer, países como China e Rússia ensaiam não o reconhecer.
O Uruguai se somou a Venezuela, Equador, Nicarágua,
Bolívia — da Alba — no repúdio ao golpe de Estado que destituiu a presidente
eleita Dilma Rousseff.
Paralelamente, não há quem com certa sustância
política reconheça o golpismo do vice que tomou de assalto o poder na semana
passada.
A situação é dramática para Temer e seus golpistas.
A questão é: quanto tempo demorará para ele cair?
Portanto, Temer tem tudo para ficar conhecido na
História como “O Breve“.