O interino de Michel Temer (PMDB) vai
ganhar “medalha de ouro” em nado sincronizado, pois conseguiu antecipar a
votação do impeachment para o dia 25 de agosto e adiar a votação da cassação de Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para dia 12 de setembro.
Tudo aos olhos do Supremo, que se finge de samambaia.
O objetivo do governo provisório é afastar
definitivamente Dilma Rousseff antes da
apreciação da perda ou não do mandato de Cunha. Temer receia que o
ex-presidente da Câmara o delate, caso seja cassado.
A ideia é defenestrar Dilma, mas salvar Cunha. É o script do Palácio do
Planalto desenhado pelo próprio Temer, com a providencial ajuda
do ministro Gilmar Mendes, do STF, e do
presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
O juízo final do impeachment de Dilma será no dia
25 de agosto a partir das 9 horas.
Nesta sexta (12), o advogado de Dilma, José Eduardo Cardozo, entregou à Secretaria Geral da
Mesa do Senado o contraditório ao libelo apresentado pela acusação. O documento
tem 673 páginas.
Sobre a coleção de medalhas pelo interino, a
imprensa internacional tem registrado que o governo Temer é medalhista no quesito
corrupção. O ex-presidente do STF, Joaquim Barbosa,
também disse que a tropa do PMDB chegou ao poder para se proteger [da Lava
Jato] e continuar saqueando o país.