O consumo de bebidas alcoólicas é prejudicial para
a saúde quando feito em excesso e de forma descontrolada
Enquanto algumas pessoas sequer chegam perto de
bebidas alcoólicas, outras optam por consumi-las apenas socialmente. Contudo,
existem também aquelas que não se conseguem controlar e – mesmo não se
classificando como alcoólatras – acabam por apresentar um sério problema com a
bebida.
Bosco Rowland, investigador da Escola de Psicologia
da Universidade de Deakin, revela quais os principais sinais demonstrados pelas
pessoas que têm, de fato, um problema com o álcool, aponta o site The
Conversation.
Um desses sinais é a necessidade de consumir
maiores quantidades de álcool para se sentir alegre do que consumia há algum
tempo. Para o especialista, precisar de mais bebida para ficar alcoolizado é um
sinal de dependência e de consumo recorrente e excessivo deste tipo de bebida.
Sentir remorsos depois de uma noite regada a àlcool
é também um sinal claro, tal como a dificuldade em parar de beber, seja numa
noite com amigos ou numa tentativa de abstinência.
Para o pesquisador, as pessoas com problemas com o
álcool tendem também a continuar bebendo mesmo sabendo que não devem e que isso
vai danificar ainda mais a saúde, ignorando toda e qualquer recomendação dada
para que se abrande ou pare de consumir bebidas alcoólicas
O que acontece quando se mistura analgésicos com
álcool?
Com
certeza que já ouviu que é preciso ter cuidado com a combinação de bebidas
alcoólicas com medicamentos, mas por quê?
A preocupação em relação à mistura de álcool com
medicamentos geralmente está relacionada com os antibióticos, mas deve
estender-se a outros tipos de medicamentos.
Os analgésicos, que são os mais vendidos nas
farmácias, também podem exigir muita preocupação quando o assunto é a
associação com o álcool.
A revista Saúde listou as principais reações de
cada tipo de analgésico quando misturado com álcool:
Analgésicos ‘comuns’, antipiréticos e
anti-inflamatórios: Ibuprofeno e diclofenaco provocam dores no estômago/gastrite;
Naproxeno e celecoxib causam problemas no fígado e o Acetaminofeno provoca
taquicardia e problemas graves no fígado.
Analgésicos opioides: Meperidina e oxicodona
provocam sonolência, tonturas, risco elevado de overdose, diminuição da
frequência respiratória, dificuldades respiratórias, alterações de
comportamento prejudicam a coordenação motora e a memória; Tramadol provoca
sonolência e tonturas.
Relaxantes musculares: Ciclobenzaprina e
carisoprodol provocam sonolência, tonturas, risco elevado de overdose,
diminuição da frequência respiratória, dificuldades em respirar, alterações de
comportamento, prejudicam a coordenação motora e a memória.
O risco da interação do álcool com os medicamentos
pode ser ainda maior para as mulheres, uma vez que o organismo feminino costuma
ter uma percentagem menor de água do que o masculino, levando a uma maior
concentração de álcool no sangue.
O CISA (Centro de Informações sobre Saúde e Álcool)
alerta que não há um período específico seguro para o consumo de bebidas alcoólicas
com o uso de medicamentos, pois a interação pode ocorrer em horas ou até dias.
Por isso, recomenda-se não beber durante qualquer tratamento