Jornalismo com seriedade: E agora Edivaldo? Sem dinheiro para transporte, agentes de endemias ameaçam fazer greve

sexta-feira, 23 de setembro de 2016

E agora Edivaldo? Sem dinheiro para transporte, agentes de endemias ameaçam fazer greve

Os agentes de endemias que trabalham para a Prefeitura de São Luís, responsáveis especialmente pelo controle vetorial do Aedes aegypti, transmissor da dengue, febre chikungunya e zika, ameaçam parar as atividades. A alegação de representantes da categoria é que a Prefeitura de São Luís não repassa, há quatro meses, o benefício do vale-transporte.
A ausência de quitação do vale-transporte foi confirmada, ainda na semana passada. Na ocasião, a entidade informou que o Município cumpriria o pagamento dos débitos até sexta-feira, 16, o que não ocorreu.
Profissionais do setor de endemias também confirmaram a falta de pagamento. “Até agora, mesmo com a divulgação na mídia do problema, não obtivemos resposta”, disse um agente de endemia que preferiu não ser identificado e que atua na área do Bequimão.
Ainda de acordo com o agente, a paralisação das atividades é uma opção dos trabalhadores. “Já existe uma organização de vários colegas para que não trabalhemos mais. A gente depende do benefício para se locomover, para ir de um lugar a outro. E não é confortável a pessoa ir trabalhar pagando do seu próprio bolso, ou seja, pagando para trabalhar”, disse.
Outros trabalhadores também disseram que não recebem o vale-transporte. “É uma situação que fica ainda mais complicada por ser período eleitoral. Mas o que a gente quer é receber o que a gente tem de direito”, disse um agente de endemia também da área Bequimão, que não revelou o nome por medo de represálias.
Pagamento
Ontem, a Prefeitura de São Luís pagou um mês em atraso. Por meio de nota enviada a O Estado, disse que “está providenciando o repasse referente ao vale-transporte”. Mas não deu prazo sobre quando isso acontecerá totalmente. Mesmo sem receber o benefício, os agentes de endemias afirmam que o valor de R$ 46,00 continua sendo descontado todos os meses.
Caso os agentes decidam pela paralisação, o combate às doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, por exemplo, seria prejudicado. De acordo com dados da Secretaria Estadual de Saúde (SES), de janeiro a junho deste ano, foram confirmadas 2.467 ocorrências somente de dengue na capital maranhense