Jornalismo com seriedade: SERMÃO AOS PEIXES – Polícia Federal investiga desvio de verbas da saúde no Maranhão

quinta-feira, 6 de outubro de 2016

SERMÃO AOS PEIXES – Polícia Federal investiga desvio de verbas da saúde no Maranhão

A Polícia Federal (PF) e a Controladoria Geral da União (CGU) deflagraram, na manhã desta quinta-feira (6/10), a 2ª e 3ª fase da Operação Sermão aos Peixes, que investiga o desvio de verbas da saúde. As Operações foram denominadas de Abscôndito e Voadores. Os mandados estão sendo cumpridos nos municípios de São Luís/MA, Imperatriz/MA, Araguaína/MA, Palmas/TO e Arenópolis/TO.

Em São Luís, foram realizadas buscas no condomínio Catamarã, no São Marcos, nas primeiras horas da manhã. No prédio moram conhecidos políticos maranhenses.

Cerca de 60 Policiais Federais estão cumprindo simultaneamente 32 mandados judiciais, sendo 3 de prisão preventiva, 12 de condução coercitiva e 17 de busca e apreensão, além do bloqueio judicial de bens a apreensão e sequestro de uma aeronave.

Na segunda fase, denominada Operação Abscôndito, as investigações identificaram que o grupo criminoso agiu no sentido de destruir e ocultar provas, incluindo a venda suspeita de uma aeronave objeto de decisão judicial, após o possível vazamento da Operação Sermão aos Peixe, em 16/11/2015.

A outra fase da Operação, Voadores, apurou o desvio de cerca de R$ 36 milhões por meio do desconto de cheques e posterior depósito nas contas de pessoas físicas e jurídicas vinculadas aos envolvidos, incluindo o saque de contas de hospitais.
Operações
A operação que apura o embaraço à investigação foi denominada Abscôndito, que significa ‘escondido’, em alusão à ocultação e destruição de provas.
Já a operação Voadores se refere à técnica empregada de desviar recursos públicos por meio de cheques.
Ricardo Murad foi alvo da primeira fase da operação 
Na Operação Sermão aos Peixe, realizada em novembro de 2015, a PF conseguiu prender oito dos 13 suspeitos pelos desvios de verbas da saúde pública no Maranhão, realizada em cidades do Estado do Maranhão, Pernambuco, Tocantins e Goiás.
À época, a PF afirmou que os desvios da Saúde no Maranhão chegam a R$ 1,2 bilhão, no período de 2010 a 2013. O nome da operação foi alusivo ao sermão do Padre Antônio Vieira que, em 1.654, falou sobre como a terra estava corrupta, censurando seus colonos com severidade.