Levantamento foi feito pelo próprio Senado e se
refere aos gastos entre o ano de 2014 e 2016
Apesar
do discurso do presidente Michel Temer, de que iria "cortar na
própria carne", para justificar as medidas de contenção de gastos
anunciadas pelo governo, as despesas dos senadores em seus gabinetes
dobraram, passando de R$ 2,4 milhões, em 2014, para R$ 4,8 milhões, em 2016, de
acordo com levantamento feito pelo próprio Senado.
Com
o valor gasto a mais, daria para construir quatro escolas com boas instalações
ou remunerar por um ano 60 professores com o piso da categoria.
De
acordo com informações da Folha de S. Paulo, com a rubrica "gastos
extras", o Senado custeia o consumo em Brasília de combustível, material
de limpeza, papelaria, alimentação, Correios e as viagens oficiais, autorizadas
pela Casa.
Essas
despesas não estão incluídas na cota parlamentar a que cada senador tem
direito, em geral usada em seu Estado de origem, destinada a arcar com todo
tipo de atividade do senador em seu Estado, como viagens de ida e volta de
Brasília à base eleitoral, aluguel de escritório, alimentação e segurança
privada.
"Não
sinto um clima de redução de gastos em nada no Brasil. Não é só coisa de
parlamentar. Existe a ideia de que o que é do Estado não é público", disse
o senador Cristovam Buarque (PPS-DF).
A
assessoria de imprensa do Senado afirmou que vem tomando medidas para diminuir
seus gastos em momento de recessão econômica.
"Ao
longo dos últimos quatro anos, o Senado Federal tem empreendido uma ampla
reforma, com impacto orçamentário importante nos próximos anos, para economizar
recursos e racionalizar a estrutura da Casa", disse a assessoria, em nota.