BRASIL!!! BRASIL!!! BRASIL!!!
A libertação de 13 pessoas acusadas de envolvimento
em tenebrosas transações com Temer apenas dois dias depois de serem presas,
pelas mesmas autoridades que mandaram prender – Raquel Dodge, da PGR e Luiz
Roberto Barroso, do STF - confirma que as prisões foram efetuadas somente com o
intuito de interrogá-las e não por haver provas robustas e contundentes contra
elas, o que cria mais um precedente perigoso, o de prender para interrogar.
Dodge e Barroso podem alegar que os acusados tinham
de ser interrogados simultaneamente e a condução coercitiva está suspensa, por
determinação monocrática de Gilmar Mendes, que aguarda julgamento do plenário
do STF.
Mas não há dúvida que mais uma vez não seguiram à
risca o artigo 5º. da constituição brasileira, o das garantias fundamentais do
cidadão.
Não sei se as prisões foram revogadas com tanta rapidez
porque os objetivos da Polícia Federal foram alcançados e os interrogados
forneceram importantes elementos para a investigação ou porque os
interrogatórios fracassaram e as reações à operação foram negativas.
Me inclino a acreditar mais na segunda hipótese. O
principal personagem da trama, aquele que seria a testemunha número 1, o
coronel Lima, recusou-se, mais uma vez, a prestar declarações, como vem fazendo
há nove meses e foi para casa.
Ninguém foi pressionado a delatar, diferentemente
de outras operações da Polícia Federal.