Ex-ministro
do Meio Ambiente, o eterno deputado federal Sarney Filho foi oficializado nesta
quinta-feira (2), como candidato do PV ao Senado Federal na chapa da irmã, a
ex-governadora Roseana Sarney (MDB) que busca mais um mandato no comando do
Palácio dos Leões. Zequinha, como é mais conhecido, discursou fazendo um aceno
a seus dois principais pontos fracos: a rejeição que sua família tem por parte
eleitorado maranhense e sua relação acidentada com o setor ruralista.
O
político que virou um verdadeiro colecionador de escândalos ao longo de seus 40
anos de carreira política, até tentou ajustar suas falas e gestos dando a
entender que a experiência o credencia para pleitear uma das duas vagas na
Câmara Alta pelo Maranhão. A verdade é que não é de hoje, entretanto, que o
sobrenome maranhense aparece envolvido em escândalos com dinheiro público.
Acusações rumorosas acompanham o clã desde os tempos em que Sarney presidiu o
Brasil, na década de 1980.
Só
Sarney Filho, por exemplo, acumula uma folha corrida dos mais diversos
escândalos. Em 2010, Zequinha foi atingido pela Lei da Ficha Limpa. Sua
candidatura chegou a ser impugnada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE) do
Maranhão. Ele foi acusado de abuso de poder econômico pelo fato de a prefeitura
do município de Pinheiro, cujo ex-prefeito Filuca Mendes era seu aliado, ter
criado um link em sua página para a homepage do então deputado em 2006. O
presidente do PV no Maranhão foi condenado a pagar uma multa e, segundo o MPE,
isso o tornaria inelegível, conforme a lei complementar 135/2010. No entanto,
após recorrer ao Tribunal Regional Eleitoral, o deputado conseguiu manter o
registro de sua candidatura.
Essa
não é a única irregularidade a macular o currículo do ex-ministro do Meio
Ambiente. Em 2009, Sarney Filho foi investigado pelo Ministério Público por ter
usado sua cota parlamentar de passagens aéreas para viajar com a família para o
exterior. Além disso, entre julho de 2007 e julho de 2008, a Câmara pagou oito
passagens para Marco Antônio Bogéa, colaborador do empresário Fernando Sarney,
irmão do deputado. Embora não tendo qualquer vínculo funcional com a Casa,
Bogéa usou a cota de Sarney Filho, à época líder do PV na Câmara. Fernando
Sarney e Marco Antônio Bogéa são acusados de participar de um suposto esquema
de corrupção em estatais do setor elétrico e alvo de investigações da Polícia
Federal na Operação Boi Barrica.
Em
setembro de 2015, a CPI da Petrobras recebeu das mãos do deputado Jorge Solla
(PT-BA) cópias de documentos da contabilidade extraoficial da Odebrecht, do fim
da década de 1980, com registros de pagamento de propina a políticos das obras
executadas naquela época. No material, entregue ao delegado Bráulio Cézar
Galloni, coordenador-geral da Polícia Fazendária, constava o nome do deputado
José Sarney Filho.
Revelações do período em que
Zequinha esteve na Câmara ou em suas duas passagens pelo Ministério do Meio
Ambiente: entre 1999 e 2002, no governo Fernando Henrique Cardoso e mais
recentemente quando voltou ocupar a pasta no governo Temer.
POSTADO POR: WILLIAN REDONDO EM 04 DE AGOSTO DE 2018 ÁS 15;55HS
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