Ex-presidente não consegue explicar o fato de ter dormido por duas noites na Embaixada da Hungria, logo após ter seu passaporte apreendido, e agora corre o risco real de ser preso
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu, na noite desta segunda-feira (25), dar um prazo de 48 horas para que Jair Bolsonaro explique sua "fuga" à Embaixada da Hungria no Brasil. A informação foi confirmada pelo advogado do ex-presidente, Fabio Wajngarten.
Mais cedo, o jornal norte-americano The New York Times revelou que Bolsonaro passou dois dias escondido na sede da representação diplomática húngara, localizada em Brasília, supostamente para evitar sua prisão dias após a apreensão de seu passaporte, por determinação de Moraes, e de dois de seus mais próximos assessores terem sido presos. O fato ocorreu na primeira quinzena de fevereiro.
Bolsonaro teve o documento de viagem apreendido como medida cautelar contra uma possível fuga do Brasil, uma vez que o ex-chefe de Estado é o alvo central do inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado perpetrada pelo antigo governo entre o final de 2022 e o começo de 2023, após a derrota do radical para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O fato do ex-presidente se refugiar na Embaixada da Hungria, que é considerado um território estrangeiro, portanto fora da jurisdição nacional, pode configurar violação de medida cautelar, o que poderia ensejar, segundo juristas ouvidos pela Fórum, uma ordem de prisão preventiva. A Polícia Federal (PF) já informou, após a notícia vir à tona, que abriu inquérito para investigar a fuga de Bolsonaro.
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