Jornalismo com seriedade: Sobe para 90 o número de mortos no RS; 132 pessoas estão desaparecidas

quarta-feira, 8 de maio de 2024

Sobe para 90 o número de mortos no RS; 132 pessoas estão desaparecidas


A Defesa Civil do Rio Grande do Sul elevou para 90 o total de mortes decorrentes dos temporais que assolam o estado. Conforme o boletim divulgado nesta terça-feira (7), mais 4 óbitos estão sob investigação. Além disso, há 132 pessoas desaparecidas e 361 feridos registrados. Um total de 203,8 mil pessoas estão deslocadas de suas residências. Dentre elas, 48,1 mil encontram-se em abrigos, enquanto 155,7 mil estão desalojadas, alojadas nas casas de familiares ou amigos.

PREVISÃO DE MAIS CHUVA: O Rio Grande do Sul enfrenta problemas relacionados ao temporal em 388 de seus 497 municípios, afetando cerca de 1,3 milhão de pessoas. A previsão de chuvas para a segunda metade desta semana em áreas já atingidas pelos temporais coloca o estado em alerta novamente. Imagens capturadas pelo satélite Amazônia 1, operado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e obtidas com exclusividade pelo g1, apresentam uma visão em escala das áreas antes e depois da maior tragédia já enfrentada pelo Rio Grande do Sul.

PREFEITO PEDIU EVACUAÇÃO DE ÁREAS: Na tarde de segunda-feira (6), o prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo (MDB), aconselhou os residentes dos bairros Cidade Baixa e Menino Deus a evacuarem a área, devido à elevação do nível da água na região.

ARENA DO GRÊMIO localizada em Porto Alegre, declarou que não possui mais capacidade para receber desabrigados. Além do gramado alagado, a administração destacou a falta de água e eletricidade, resultando no transporte de mais de 300 indivíduos para abrigos municipais.

HOSPITAIS DE CAMPANHA: O governo federal estabeleceu hospitais de campanha para prestar assistência às pessoas feridas e desabrigadas. Até o momento, os municípios de Estrela, Canoas e São Leopoldo foram beneficiados com essas instalações.

ENERGIA: Conforme comunicado do governo estadual, a CEEE Equatorial não forneceu detalhes sobre a quantidade de áreas sem energia em sua área de concessão. Anteriormente, um porta-voz da empresa indicou que 170 mil residências estavam sem eletricidade em Porto Alegre. Por outro lado, a RGE Sul reportou que há 270 mil pontos sem luz em sua área de atuação.

ÁGUA: Na região, um total de 750 mil clientes da Corsan enfrentam a falta de água. Em Porto Alegre, o Departamento Municipal de Água e Esgoto (DMAE) indicou que 70% da cidade está sem fornecimento de água. O prefeito Sebastião Melo (MDB) apelou à população para que faça uso racional desse recurso essencial.

TELEFONIA E INTERNET: A Tim relata que 38 municípios estão sem serviços de telefonia e internet, enquanto a cobertura da Vivo está comprometida em 28 cidades. Por sua vez, a Claro enfrenta problemas em 19 municípios, deixando-os sem sinal. Diante dos temporais que assolam o estado desde 29 de abril, as operadoras optaram por disponibilizar pacotes de internet gratuitos para os clientes no Rio Grande do Sul, visando manter a comunicação ativa.

EDUCAÇÃO: Segundo o governo do Rio Grande do Sul, 789 escolas localizadas em 216 municípios estão enfrentando problemas diversos, incluindo 386 danificadas, 52 servindo como abrigo e dificuldades relacionadas ao transporte e acesso em algumas localidades. Estes contratempos afetam diretamente 273 mil estudantes.

ESTRADAS: Nas rodovias estaduais, há 99 trechos de 42 estradas com bloqueios totais e parciais. Já nas rodovias federais, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) relata a ocorrência de 58 bloqueios, dos quais 19 são parciais.

AEROPORTO: A Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) comunicou o fechamento por tempo indeterminado do Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, com a suspensão de todas as operações. Imagens evidenciam alagamentos em áreas de espera, de circulação de passageiros e até nas pistas de pouso de aviões. Para os passageiros que possuíam viagens aéreas agendadas com origem ou destino em Porto Alegre, é possível solicitar compensações às companhias aéreas.

SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA: O governo decretou estado de calamidade, medida que recebeu reconhecimento por parte do governo federal. Com isso, o estado torna-se elegível para solicitar recursos federais a fim de implementar ações de defesa civil, incluindo assistência humanitária, reconstrução de infraestruturas e restabelecimento de serviços essenciais. A Defesa Civil alertou para o risco iminente de elevação das águas acima da cota de inundação em grande parte das bacias hidrográficas do estado.

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