Jornalismo com seriedade: Trio é preso após sequestrar marido de gerente de banco em Açailândia

sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Trio é preso após sequestrar marido de gerente de banco em Açailândia

Os três homens presos devem responder por extorsão mediante sequestro, crime conhecido como 'sapatinho'.

Três homens foram presos, nesta quinta-feira (3), na cidade de Açailândia, suspeitos de extorsão mediante sequestro, crime conhecido como “sapatinho”.

De acordo com informações da Polícia Militar, os três criminosos fizeram refém o marido da gerente de um banco, na cidade de Itinga do Maranhão, na noite dessa quarta-feira (2). Já nesta quinta, o trio obrigou a vítima a fazer a retirada do dinheiro da agência.

A PM, por meio do 26º Batalhão, ao tomar conhecimento do caso, iniciou as buscas pela vítima e pelos criminosos e conseguiu localizá-los no povoado Pequiá, em Açailândia.

A vítima foi resgatada, e os três suspeitos foram presos e apresentados na Delegacia Regional de Açailândia, com um carro usado no crime, uma pistola e duas placas de veículos.

Sobre o “sapatinho”

O “sapatinho” é a modalidade de crime onde a vítima é o funcionário da instituição financeira. Ele e sua família ficam sob ameaça dos criminosos e é obrigado a se dirigir à instituição para a retirada de valores que lá estão. É ação que demanda um menor número de criminosos e que muitas vezes não terá confronto com a polícia. É a que apresenta um menor risco e gasto.

Essa modalidade, “sapatinho”, foi muito comum no início da década de 2000, mas ainda continua ocorrendo. Impõe uma rotina de medo aos funcionários dos bancos, pois os criminosos agem através de abordagens mais discretas ou silenciosas, levantando informações sobre a rotina da família.

O sequestro de familiares dos funcionários das instituições financeiras e empresas de guarda de valores é uma forma bem utilizada pelos criminosos. Em tais crimes, comumente as vítimas são capturadas na noite anterior à empreitada criminosa e são mantidas em cárcere normalmente em suas próprias residências. 

Na madrugada ou início da manhã do dia seguinte, o funcionário da instituição é coagido a se dirigir ao local de trabalho, para recolher todo o valor existente e entregá-lo aos criminosos que estão restringindo a liberdade de seus familiares.

Para esses funcionários, o impacto psicológico de ter sua residência invadida e sua família mantida em cárcere é brutal. A ideia de ter seu lar violado e seus entes queridos mantidos sob grave ameaça, o faz crer em uma falha no seu papel de protetor e provedor de sua família, mesmo ciente que não possui qualquer controle sobre esse evento.

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