Jornalismo com seriedade

terça-feira, 21 de janeiro de 2014


Deputado denuncia convênios suspeitos firmados 

Othelino Neto denuncia obras suspeitas
Othelino Neto denuncia obras suspeitas do governo Roseana
O deputado estadual Othelino Neto (PPS) denunciou, em pronunciamento  mais duas obras suspeitas da Secretaria de Desenvolvimento Social (Sedes), desta vez, no município de Pinheiro. Na primeira, o órgão firmou convênio de R$ 287.208,03 para construção de um sistema simplificado de abastecimento de água que, em menos de ano, sucumbiu, restando apenas pedaços.
“A Caixa D’água caiu; a estrutura de concreto, que era para segurar a Caixa D’água, despencou; o poço não funciona, não está ligado a nada, ou seja, R$ 287.208,03 jogados fora. E ninguém explica”, disparou Othelino Neto.
Othelino denunciou também um outro convênio firmado pela Sedes com a Associação Comunitária São Paulo, em Pinheiro, que seria para a recuperação de uma estrada vicinal nos povoados Angelim, São Paulo dos Lobatos e para o Porãozinho. Porém, não existe estrada nenhuma e carro não passa pelo local.
“Além do secretário não ter conseguido explicar nadaa cada dia surge uma nova denúncia de recursos públicos direcionados a um lugar que não é o devido destino. Parece que o governo do Maranhão, além de incompetente, ficou surdo para ouvir essas manifestações todas que acontecem no Brasil e no Maranhão, porque as imoralidades no Estado continuam acontecendo a cada dia”, disse Othelino Neto.
Segundo o deputado, como se não bastassem esses convênios, todo dia surge um elemento novo no caso da farra de nomeações do já chamado “Conselhão”. Ele lamentou que o Maranhão continue sendo destaque negativo no país, ao exemplo de recentes matérias publicadas na Carta Capital e na Veja Online, que expõem mazelas do Maranhão por culpa exclusiva do governo do Estado.
CONVOCAÇÃO
Othelino Neto (PPS) disse, ainda na tribuna, que o secretário de Desenvolvimento Social, Fernando Fialho, ficou devendo esclarecimentos sobre uma série de questionamentos feitos em relação ao convênio suspeito com o Instituto Vera Macieira, 
“Nós tivemos a oportunidade de perguntar e percebemos o nítido constrangimento do secretário por não ter como responder o que aconteceu com aqueles quase cinco milhões de reais que foram depositados na conta do tal Instituto Vera Macieira, que não tem endereço e nem cara”, disse Othelino.
Segundo o deputado, apesar da tentativa, principalmente dos veículos de comunicação ligados à oligarquia, de passar a impressão para a sociedade de que ficou tudo explicado, infelizmente, Fernando Fialho não conseguiu esclarecer nada.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Em 15 anos, número de presos no Brasil cresceu 7 vezes mais que a média

Da: Carta Capital

As cenas de horror no Maranhão conseguiram, mais do que expor a barbárie no Complexo Penitenciário de Pedrinhas, em São Luís, trazer à luz as mazelas de um sistema sufocado por sua própria política de encarceramento em massa. Dono da quarta maior população carcerária do mundo, o Brasil prende, em termos relativos, 7,3 vezes mais que a média mundial. Enquanto o total de presos cresceu cerca de 30% nos últimos 15 anos em todo o mundo, segundo estudo do Centro Internacional de Estudos Penitenciários (ICPS, na sigla em inglês) da Universidade de Essex (Reino Unido), no Brasil a taxa foi de 221,2%  passando de um total de 170,6 mil presos em 1997 para 548 mil em 2012, de acordo com o Ministério da Justiça.

Com 513.713 presos no sistema prisional e 34.290 em instalações policiais, o Brasil tem hoje 1.478 instituições prisionais com capacidade para comportar 318.739 presos. O déficit de cerca de 230 mil vagas demonstra o sufocamento de um sistema que opera muito acima do que sua estrutura comporta. Segundo números compilados pelo ICPS, o Brasil atingiu um nível de ocupação de 171,9% de suas prisões.
Dos quatro países com maior população carcerária do mundo (os outros são Estados Unidos, China e Rússia), o Brasil é o único cujo sistema carcerário está muito acima da sua capacidade
Vada a bordo, cazzo!

O comandante é o último a abandonar o navio? Nem sempre: o comandante Francesco Schettino foi um dos primeiros a cair fora, quando o seu Costa Concordia começava a naufragar. O capitão Gregorio de Falco, da Guarda Costeira, indignou-se e mandou Schettino voltar ao navio. Vada a bordo, cazzo! - bradou. Schettino, cazzo, fingiu que não ouviu. Os passageiros que se danassem.

Mudemos de assunto. O presídio de Pedrinhas, no Maranhão, teve rebeliões sucessivas, o crime organizado tomou conta de tudo e promoveu assassínios com requintes de crueldade. O ministro da Justiça, esquecido de que seu partido está no poder há onze anos, reclama que o sistema penitenciário brasileiro é "medieval", e diz que preferia morrer a ficar preso. Ele, a propósito, é o chefe do Departamento Penitenciário Nacional, que deveria cuidar do assunto. 

Os rolezinhos se multiplicam e ameaçam transformar-se numa crise política - e numa crise se transformarão assim que alguém perder a cabeça e for para o confronto físico. E a segurança da
Copa, que está sendo discutida, de que forma será equacionada? 

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, sabe perfeitamente o que fazer: como o comandante Schettino, abandonar o barco o mais rapidamente possível, antes que o naufrágio se complete, e deixar claro que tê-lo ou não como ministro da Justiça não faz a menor diferença. Cardozo descansou nos feriados de fim de ano, tirou férias entre 2 e 6 de janeiro, e, a partir de sexta, tira mais oito dias de folga. Volta dia 26. 

E até agora, no Governo, ninguém lhe gritou Vada a bordo.

Woodstock à brasileira

O comentário é do jornalista e apresentador Marcelo Tas:

"O garoto amava os Beatles e os Rolling Stones, lutou contra a Ditadura... Hoje defende Roseana. O bagulho é doido, né ministro Zé Eduardo?"

Coincidência

Ah, os nomes! Pois não é que o recordista de gastos de dinheiro público, com o tal cartão corporativo do Governo brasileiro, também se chama Schetino?

Me engana... 

Não leve a sério essa história de que o PMDB está disposto a deixar o Governo Federal por não ter conseguido o sexto ministério. O PMDB é coerente: sempre no Governo. Se a oposição vencer as eleições, o PMDB continua no Governo como se nada tivesse acontecido. A oposição pode ir para o Governo, os governistas podem ir para a oposição, mas o PMDB continua onde sempre esteve. Os peemedebistas, pessoas educadas, de fino trato, sabem que é feio morder a mão que os alimenta. 

E, considerando-se que Dilma Rousseff é favorita na disputa, é mais fácil o Fluminense ser rebaixado do que o PMDB mudar de lado. 

...que eu gosto

A autorização para que o Governo paulista concedesse à iniciativa privada cinco aeroportos regionais foi publicada no Diário Oficial da União por erro burocrático da Secretaria de Aviação Civil. O mesmo erro, certamente, foi responsável pela alegria do ministro Moreira Franco após divulgar as concessões. 

Fica combinado assim. Espalhando isso todo mundo fica contente, até a presidente.

Constatação

Comparando-se as mesmas classes sociais, analisando hábitos, perfis e fotos, está claro que os franceses comem melhor que os brasileiros. 

O rolo do rolê

O Carnaval cai em março. A Semana Santa, início oficial do ano, na segunda metade de abril. O Brasil já estará no clima da Copa. A campanha eleitoral começa em 5 de julho, coincidindo com a última semana da Copa. Em seguida, há as discussões sobre o desempenho do Brasil, quem foi bem, quem foi mal, as festas, se for o caso, ou as críticas ferozes. O horário gratuito começa em 15 de agosto. Quem é mais conhecido leva vantagem (e quem é mais conhecido do que Dilma?) 

Na TV, tem mais tempo o candidato da maior aliança- Dilma sai com vantagem de novo. Para o PT, quando mais curta e menos intensa for a campanha, melhor. Aí aparecem os tais rolezinhos, que podem gerar tumultos. Alguém poderia explicar a este colunista por que tantos petistas apoiam os rolezinhos?

Abrindo o flanco

O ministro Joaquim Barbosa saiu de férias. Mas deve receber do Supremo onze diárias de viagem, no período de 20 a 30 de janeiro, no valor total de pouco mais de R$ 14 mil. 

Explicação: Barbosa interromperá suas férias neste período para fazer duas palestras, em Paris e Londres. Como será então uma viagem a trabalho, faz jus às diárias. Tudo legal, sem dúvida. Mas pega bem receber onze diárias para fazer duas palestras, uma delas de 30 minutos? 


Barbosa não tem medo de ataques: saiu de férias sem assinar a ordem de prisão do deputado João Paulo Cunha, já foi grosseiro com um repórter e com pelo menos três ministros do Supremo, não informa quando (e se) determinará a prisão do mensaleiro condenado Roberto Jefferson, agora recebe diárias de viagem a trabalho mesmo depois de ter dito que tiraria férias de 10 a 30 de janeiro. Não deve haver nada errado. Mas, como ensinavam os antigos romanos, mestres de nosso Direito, à mulher de César não basta ser honrada: é preciso também parecer honrada. 

Ex-vereador de Arame é executado a tiros em festa de emancipação do município


O ex-vereador do município de Arame, Alcides Ferreira Neves Filho, foi executado com diversos disparos, na noite desta sexta-feira (17). Alcides estava na festa de emancipação do município de Arame, distante 459 quilômetros de São Luís, quando foi assassinado de forma brutal.

Alcides Ferreira estaria retornando do banheiro, quando foi abordado pelos criminosos que o atingiram com diversos tiros. A vítima não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no local. No momento dos disparos, seis pessoas que estavam nas proximidade, também teriam sido também atingidas. Após o crime, os suspeitos fugiram em uma motocicleta de placa não identificada.

Segundo informações, Alcides Ferreira havia perdido o pai no ano passado da mesma forma. O empresário conhecido como Alcides Ferreira Saboia, teria também sido executado a tiros.

A polícia informou que as primeiras investigações já estavam sendo realizadas. Investigadores da Delegacia de Barra do Corda estão no município de Arame para as apurar as causas do crime.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

O governo do Maranhão a decretar estado de emergência no sistema prisional.
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onda de ataques no Maranhão (Foto: Arte G1)