Jornalismo com seriedade

terça-feira, 11 de novembro de 2014

Justiça nega habeas corpus ao ex-prefeito de São Luís João Castelo

Justiça nega habeas corpus ao ex-prefeito de São Luís João Castelo

A 1ª Câmara Criminal de Justiça do Maranhão (TJMA) negou nesta terça-feira (11) pedido de habeas corpus em favor do ex-prefeito de São Luís, João Castelo, acusado de improbidade administrativa quando de sua gestão à frente da prefeitura da capital.
O ex-prefeito foi denunciado pelo Ministério Público do Estado por ter deixado de saldar os salários dos servidores do Executivo Municipal no mês de dezembro de 2012, quando teria preferido optar pelo pagamento de credores do erário municipal, em sua maioria, construtoras contratadas pelo Município.
João Castelo impetrou habeas corpus pleiteando a nulidade da decisão proferida pelo Juízo 7ª Vara Criminal da Comarca de São Luís, que havia indeferido pedido da defesa do ex-gestor no sentido de que fosse juntada a comprovação da impossibilidade financeira do município de São Luís em honrar com as obrigações, inclusive com o pagamento do salário de seus servidores.
Na ocasião, o juiz da 7ª Vara Criminal da Comarca de São Luís, Fernando Luis Mendes Cruz, indeferiu o pedido da defesa do ex-prefeito, fundamentando sua decisão no sentido de que existiam elementos suficientes nos autos para subsidiar a análise do mérito da ação penal, mostrando-se desnecessárias as diligências defensivas requeridas.
No julgamento do habeas corpus, o desembargador Raimundo Melo (relator) entendeu que a decisão proferida pelo Juízo da 7ª Vara Criminal encontra-se coerente e provida da necessária fundamentação.
Melo ressaltou que o indeferimento da diligência pelo magistrado de primeiro grau não configura cerceamento de defesa, uma vez que o próprio Código de Processo Penal prevê, no parágrafo 1º do artigo 400, a possibilidade de o juiz indeferir as provas consideradas irrelevantes, impertinentes ou protelatórias, sem que isso implique em nulidade da respectiva ação penal.
Com esse entendimento, o magistrado votou pela denegação da ordem, sendo acompanhado pelo desembargador Benedito Belo e pelo o juiz convocado Sebastião Bonfim

Juiz soltou em março assassino do médico Luiz Alfredo Guterres

Juiz soltou em março assassino do médico Luiz Alfredo Guterres

 

Nixon Richardson, acusado de ser autor do disparo
O juiz da 2ª Vara de Entorpecentes, Adelvan Nascimento Pereira, foi o responsável por mandar soltar Nixon Richardson França Chaves, acusado de ser autor do disparo na região cervical do médico Luiz Alfredo Guterres.
Nixon foi preso na Aldeia, que fica no bairro do Barreto, no mesmo domingo (09), dia em que matou o diretor do Hospital do Câncer, antigo Hospital Geral. No momento da prisão ele estava com um bebê no colo dizendo que era seu filho, temendo ser executado.
O magistrado estava desde o dia 08 de janeiro deste ano com o processo criminal que detalha a participação de Nixon juntamente com o menor L.M.P como integrantes de uma quadrilha que traficava e praticava diversos assaltos na área nobre de São Luís.
Quando foi preso no inicio do ano, ele estava em um apartamento que residia Alice Fernanda Mendes da Silva, onde foi encontrado objetos roubados como – por exemplo -, munições calibre .40, colete balístico, cordões, pulseiras, além de grande quantidade de maconha e balança de precisão.
No dia 11 de abril foi aberto outro processo que está em pose do juiz José Ribamar Oliveira Costa Júnior, da 2ª Vara Criminal. Em 27 de agosto, o juiz da Vara Criminal, José Gonçalo de Sousa Filho, recebeu o terceiro processo pela acusação de roubo.
Ocorre, porém, o juiz da 2ª Vara de Entorpecentes, Adelvan Nascimento Pereira, não revogou a prisão e deu liberdade a Nixon Richardson no dia 13 de março e, meses depois, voltou a aterrorizar com a morte do medico Luiz Alfredo

Vaga na Assembleia Legislativa custou até R$ 1,8 milhão; Andrea Murad e Adriano Sarney foram os que mais gastaram

Vaga na Assembleia Legislativa custou até R$ 1,8 milhão; Andrea Murad e Adriano Sarney foram os que mais gastaram

Por Willian Redondo
 
Glaucione Pedrozo / Imparcial
Andrea Murad
Na última semana, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) divulgou a prestação de contas final de todos os candidatos, cujas eleições foram definidas em primeiro turno. Em levantamento realizado, averiguou-se que os 42 deputados eleitos gastaram R$17,010,704,93, o que representa um gasto médio de R$405,016.78.
De acordo com o que determina o Sistema de Prestação de Contas Eleitorais 2014 do TSE, em todo o Brasil, 72,4% entregaram dos candidatos entregaram suas contas. No Maranhão, o percentual daqueles que finalizaram a entrega foi de 63,3%, entre candidatos a deputados federais, estaduais, senadores e governadores.
No estado era esperado o quantitativo de 877 prestações de contas de candidatos e órgãos de direção partidária. Desse total foi confirmada a entrega da documentação de 556 candidatos e 21 de órgãos de direção partidária. No Maranhão, todos os 42 deputados estaduais eleitos prestaram contas junto à Justiça Eleitoral.
MAIORES GASTOS
Entre os eleitos, dois declararam ter feito campanhas milionárias. A campeã de gastos foi a deputada eleita Andréa Murad (PMDB), que declarou à Justiça Eleitoral despesas na ordem de R$ 1.800.532,33. Em segundo lugar ficou Adriano Sarney (PV), com gastos de R$ 1.193.747,68 declarados.
Adriano Sarney
Adriano Sarney
Andréa Murad foi à quarta deputada mais bem votada do estado, com 77.889 votos, o que corresponde a um total de 2,44% dos votos validos no estado. Adriano Sarney aparece na ordem direta como o 13º mais votado no Maranhão e 48.463 votos, correspondendo a um total de 1,52% do eleitorado que compareceu às urnas.
O primeiro colocado na disputa, deputado eleito Josimar de Maranhãozinho, que obteve a confiança de 3,11% dos maranhenses que votaram, o que correspondeu a 99.252 votos, aparece como terceiro lugar entre os deputados que mais gastaram na eleição. Ele declarou despesas de R$ 923.200,00.
MENORES GASTOS
O candidato eleito que menos gastou no estado foi Cabo Campos (PP), que desembolsou o total de R$ 67.754,60. Em segundo lugar entre os mais econômicos está o Prof. Marco Aurélio (PCdoB), que gastou R$ 83.227,42 durante toda a campanha.
Com o orçamento modesto entre os colegas eleitos, Cabo Campos conseguiu conquistar os votos de 19.298 eleitores. Entre os candidatos econômicos, o professor Marco Aurélio chegou à frente do colega Cabo Campos, com 30.900 votos.
CUSTO DOS VOTOS
Realizando uma média entre o gasto legal total das campanhas, aquele declarado à Justiça Eleitoral, e a quantidade de votos obtidos, a reportagem chegou a números que traduzem em média quanto custou o voto de cada candidato. É importante salientar que os números não refletem a prática de compra de votos e sim uma base do custo de campanha por eleitor.
Entre os votos mais caros estão os do deputado Adriano Sarney, que desembolsou, em média, R$ 24,63 por eleitor. Em seguida, a campeã de gastos, Andréa Murad, também reaparece na lista dos votos mais caros. Cada voto da peemedebista custou cerca de R$ 23,11.
Apesar de aparecer na terceira posição entre os deputados eleitos que mais gastaram, Josimar de Maranhãozinho desembolsou, em média, R$ 9,30 por eleitor. O deputado eleito mais econômico, Cabo Campos, não foi o mesmo que obteve menor custo por eleitor. De acordo com a média realizada pela reportagem, cada eleitor custou a Campos cerca de R$ 3,51.
Entre os parlamentares eleitos que tiveram eleitores mais “baratos” está Edson Araújo (PSL) e o Professor Marco Aurélio. Cada voto de Edson saiu, em média, R$ 2,52, enquanto que o do comunista custou cerca de R$ 2,69.

O que é Alcoolismo?



Alcoolismo é a dependência do indivíduo ao álcool, considerada doença pela Organização Mundial da Saúde. O uso constante, descontrolado e progressivo de bebidas alcoólicas pode comprometer seriamente o bom funcionamento do organismo, levando a conseqüências irreversíveis.



A pessoa dependente do álcool, além de prejudicar a sua própria vida, acaba afetando a sua família, amigos e colegas de trabalho.
O que é o abuso de álcool?
O abuso de álcool é diferente do alcoolismo porque não inclui uma vontade incontrolável de beber, perda do controle ou dependência física. E ainda o abuso de álcool tem menos chances de incluir tolerância do que o alcoolismo (a necessidade de aumentar as quantias de álcool para ficar "alto").
Efeitos do álcool
O álcool encontrado nas bebidas é o etanol, uma substância resultante da fermentação de elementos naturais. O álcool da aguardente vem da fermentação da cana-de-açúcar, e o da cerveja, da fermentação da cevada, por exemplo. Quando ingerido, o etanol é digerido no estômago e absorvido no intestino. Pela corrente sanguínea suas moléculas são levadas ao cérebro.
  • Gastrite, quando ocorre no estômago
  • Hepatite alcoólica, no fígado
  • Pancreatite, no pâncreas
  • Neurite, nos nervos.
A longo prazo, o álcool prejudica todos os órgãos, em especial o fígado, que é responsável pela destruição das substâncias tóxicas ingeridas ou produzidas pelo corpo durante a digestão. Dessa forma, havendo uma grande dosagem de álcool no sangue, o fígado sofre uma sobrecarga para metabolizá-lo. O álcool no organismo causa inflamações, que podem ser:
Os perigos do álcool
Apesar de ser aceito pela sociedade, o álcool oferece uma série de perigos tanto para quem o consome quanto para as pessoas que estão próximas
A decisão de pedir ajuda
Reconhecer que precisa de ajuda para um problema com álcool talvez não seja fácil. Porém, tenha em mente que, o quanto antes vier a ajuda, melhores serão as chances de uma recuperação bem sucedida.
Qualquer relutância que você sinta em discutir sobre a sua bebida com seu profissional de saúde pode reforçar muitos preconceitos sobre o alcoolismo e os dependentes de álcool. Em nossa sociedade prevalece o mito de que um problema com álcool é sinal de fraqueza moral. Como resultado disto, você pode até achar que procurar ajuda é admitir algum tipo de defeito, que você deveria se envergonhar. Contudo, o alcoolismo não é uma doença que indique maior fraqueza que o diabetes ou a asma. E ainda, identificar um possível problema com álcool tem uma compensação enorme, uma chance de viver com mais saúde.
Quando você for a seu médico, ele vai lhe fará uma série de perguntas sobre o seu uso de álcool para determinar se você está ou não tendo problemas por causa do álcool. Tente ser o mais completo e honesto possível. Você também pode passar por exames físicos. Se o médico concluir que você é dependente de álcool, ele deve recomendar que você se dirija a um especialista para diagnosticar e tratar o alcoolismo. Você deverá tomar decisões e entender tudo sobre a necessidade do tratamento e as formas de tratar a dependência.
Tratamento
A natureza do tratamento depende da gravidade do alcoolismo do indivíduo e dos recursos disponíveis na comunidade. O tratamento pode incluir a desintoxicação (o processo de retirar o álcool do sistema de uma pessoa com segurança); tomar medicamentos receitados pelo médico para ajudar a evitar o retorno à bebida uma vez que já parou; e aconselhamento individual e/ou em grupo. Há tipos de aconselhamento promissores que ensinam a recuperar dependentes de álcool e a identificar situações e sentimentos que levam à necessidade de beber e de descobrir novas maneiras de lidar com a ausência do álcool. Quaisquer destes tratamentos podem ocorrer tanto em um hospital, como em tratamento residencial ou ambulatorial (o paciente fica em sua casa e vai às consultas, até todos os dias).
Como o envolvimento com a família é importante para a recuperação, muitos programas oferecem aconselhamento conjugal e terapia familiar como parte do processo de tratamento. Alguns programas podem oferecer para o dependente recursos vitais da comunidade como a assistência legal, treinamento de trabalho, creche e aulas para pais.
Alcoólicos Anônimos
Quase todos os programas de tratamento do alcoolismo também incluem encontros de Alcóolicos Anônimos (AA), cuja descrição é "uma comunidade mundial de homens e mulheres que se ajudam a ficarem sóbrios". Enquanto o AA é geralmente reconhecido como um programa eficiente de auto-ajuda para recuperar dependentes de álcool, nem todas as pessoas respondem positivamente ao estilo e mensagens do AA, e outras abordagens podem estar disponíveis. Até mesmo, os que vêm conseguindo ajuda pelo AA geralmente descobrem que a recuperação funciona melhor com outros tratamentos juntos, inclusive aconselhamento e tratamento médico.
Alcoolismo tem cura?
Embora o alcoolismo seja uma doença tratável, ainda não há cura. Isto significa que mesmo que um dependente de álcool esteja sóbrio por muito tempo e tenha sua saúde de volta, ele ainda está suscetível a recaídas e deve continuar a evitar todas as bebidas alcóolicas. "Reduzir" não adianta; parar é necessário para uma recuperação bem sucedida.
Contudo, até indivíduos determinados a ficarem sóbrios podem ter recaídas, antes de chegar à sobriedade de longo prazo. Recaídas são muito comuns e não significam que uma pessoa fracassou ou não pode eventualmente se recuperar do alcoolismo. Tenha em mente também que todo dia que um dependente do álcool fica sóbrio antes de uma recaída é extremamente valioso, tanto para o indivíduo quanto para sua família. Se ocorre uma recaída, é muito importante tentar parar de beber de novo e obter o apoio necessário para não beber mais. A recaída não destrói as conquistas que ocorreram durante a abstinência, na maioria das vezes.
Ajuda ao abuso do álcool
Se o seu médico determinar que você não é dependente de álcool, mas está envolvido em um padrão de abuso de álcool, ele pode ajudá-lo:
  • Examine os benefícios de parar de beber e o risco de continuar bebendo
  • Estabeleça uma meta de bebida para você mesmo. Algumas pessoas se abstêm do álcool, enquanto outras preferem limitar as quantidades bebidas
  • Examine as situações que desencadeiam seus padrões não saudáveis de bebida, e desenvolva novas formas de lidar com situações de modo a manter suas metas em relação à bebida.
Algumas pessoas que pararam de beber depois de terem tido problemas relacionados ao álcool frequentam os AA para obter informação e apoio, mesmo não sendo dependentes.

A violência nossa de cada dia. A matriz do problema são as drogas (Parte I)

A violência nossa de cada dia. A matriz do problema são as drogas (Parte I)



Violência que não cessa. E não irá cessar enquanto a matriz do problema não for enfrentada com coragem: as drogas!
O pior é que a indústria das drogas interessa e sustenta muitos setores importantes da sociedade, tais como: políticos, policiais, magistrados, empresários, membros do Ministério Público e por aí vai.
Este assunto, violência/drogas, não foi suficientemente debatido na campanha presidencial desde ano, infelizmente.
Por incrível que possa parecer, temas menos relevantes ganharam mais atenção por parte dos candidatos do as propostas para combater a violência e o tráfico de narcóticos.
A brutal violência que tem assustado, e com razão, a população de São Luis, é reflexo da também brutal presença das drogas nas nossas comunidades.
Associado a isso, pesa ainda a incompetência dos governos instalada praticamente nos três níveis: municipal, estadual e federal, cada qual com suas (ir)responsabilidades.
A partir de hoje, o Blog do Robert Lobato publica uma série de artigos que visam fazer os leitores entenderam o que está pro trás dessa onda de violência que tem tomado contra da nossa cidade, estado e país.
Há muito de errado, incompetência, omissão, mas alguns aspectos a violência tem origem numa complexa rede de poder que envolve governos internacionais, megatraficantes, empresas multinacionais, bancos privados e autoridades públicas poderosíssimas.
Vamos lá. Apertem os cintos.
Uma indústria trilionária
O números não muito exatos, mas há estudos, inclusive da ONU, que revelam cifras astronômicas quando o assunto é a indústria do narcotráfico. Alguns chegam a falar entre 750 bilhões a 1 trilhão de dólares, ou seja, valores equivalentes aos produzidos por setores empresarias de ponta juntos!
Não é apenas o traficante pé-rapado lá do bairro do Barreto quem ganha com essa indústria suja e violenta. Aliás, são os quem menos ganham, como veremos a seguir.
Drogras, armas e imperialismo
Em 2009, o governo dos Estados Unidos deram início uma operação denominada “Fast and Furious” (Velozes e Furiosos), sob comando do ATF (Departamento de Álcool, Tabaco e Armas de Fogo dos EUA, na sigla em inglês).
O que era ser uma sofisticada operação para investigar o tráfico de armas dos Estados Unidos para organizações criminosas mexicanas, acabou se transformando em um enorme fracasso e um dos dos maiores escândalos da administração de Barack Obama.
A emissora americana Fox News chegou apresentar documentos confirmando que o governo dos EUA comprou armas no arsenal Lone Wolf, no estado do Arizona, com dinheiro público que foram entregues a traficantes mexicanos e acabaram nas mãos de integrantes do Cartel de Sinaloa, liderado por Joaquín “El Chapo” Guzmán.
Os Estados Untiosam-DRUG-DEALER-292x300idos costumam sempre dizer que o combate as drogas é uma questão de “segurança nacional”, mas o lobby das empresas de armas, segurança privada etc, precisam, paradoxalmente, do tráfico de narcóticos para sobreviverem.
O próprio governo americano já fez inúmeros acordos com narcotraficantes internacionais ao londo da história, em alguns momentos sob o pretexto de barrar o avanço da “ameaça comunista”.
Casos como o do “Irã-contras” são emblemático para mostrar como o império estadunidense opera as relações com traficantes internacionais quando lhe interessa.
O “Irã-contras” foi como ficou conhecido, em 1986, um dos mais notórios escândalos do governo Ronald Regan, e revelou que a libertação de reféns americanos, aprisionados na cidade por terroristas iranianos, era feita à medida que chegavam ao Irã armas vendidas pelos americanos, numa operação montada pelo tenente-coronel Oliver North, assessor do Conselho de Segurança Nacional (CSN).
A CIA e a Casa Branca estavam mobilizados para fazer com que esta operação ilegal fosse bem sucedida para evitar a vitória da revolução sandinista na Nicarágua nos anos 80, daí que a ação criminosa com os iranianos.
O mesmo aconteceu durante a Guerra do Vietnã, quando os Estados Unidos fizeram acordos com grande traficantes asiáticos para derrotar os guerrilheiros vietcongs. A colaboração ianque com os traficantes anti-comunistas se deram em todo o chamado “Triângulo Dourado” (Laos, Vietnã e Tailândia) então os principais países produtores de heroína do mundo.
Confiram o que diz o historiador argentino Osvaldo Coggiola (USP) em imperdível artigo intitulado “O comércio de drogas hoje”:
“O narcotráfico é de grande utilidade para os EUA, chegando a gerar lucros, pois com a venda dos componentes químicos das drogas, a economia americana recebe em torno de US$ 240 bilhões, uma parte dos quais é investida em diversos setores da economia ou vai para os bancos. Os bancos da Flórida são especializados em “lavar” o dinheiro dos narcotraficantes e neles circula mais dinheiro em efetivo do que nos bancos de todos os demais estados juntos”.
É essa relação lucrativa entre o Estado americano, setores empresarias fortíssimos e bancos, que Coggiola chama de “narcoeconomia”.
E é exatamente essa “narcoeconomia” que explica o porquê da impotência dos governos no combate às drogas e, por conseguinte, na diminuição da violência

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Baixada Maranhense recebe pesquisadores e produtores para discutir práticas sustentáveis na meliponicultura

Baixada Maranhense recebe pesquisadores e produtores
para discutir práticas sustentáveis  na meliponicultura
Encontro sobre abelhas nativas foi uma realização do Sebrae em parceria com a UEMA.





Cerca de 750 participantes, entre produtores, pesquisadores e estudantes, foram atendidos pela sétima edição do Encontro sobre Abelhas Nativas da Baixada Maranhense, realizado pelo Sebrae Maranhão, em parceria com a Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), nos dias 3 e 4 de novembro, no município de São Bento. O evento recebeu o apoio institucional da Cooperativa Agroecológica do Mel na Baixada (Coamel) e Prefeitura Municipal de São Bento e discutiu os melhores caminhos para a produção do mel da abelha tiúba, nativa da região e sem ferrão.

As atividades do encontro foram realizadas na Fazenda Escola da Uema, com uma vasta programação que incluiu palestras, oficinas, um simpósio e uma reunião da Câmara Estadual do Mel, tratando de temas comuns à atividade econômica, como a conservação e a biodiversidade de abelhas com potencial para a produção de mel; a genética da espécie presente na região; inclusão produtiva por meio da criação de abelhas melíferas, dentre outros.
 Além das discussões, seis oficinas levaram os participantes a vivenciar as mais diversas práticas relacionadas à produção do mel da abelha tiúba, desde a utilização dos diferentes coletores para extração de mel; culinária meliponícola; multiplicação de colmeias; produção de creme terapêutico e hidratante para os pés com mel e extratos naturais das abelhas; produção de hidromel e a produção de mudas meliponículas.

Na solenidade de abertura do evento, o Prof. Dr. Maurício Bezerra – da equipe da Uema que coordenou o evento em São Bento, destacou a importância da meliponicultura como geração de riquezas para a região, reconhecidamente uma das mais pobres do Estado. “É uma atividade sustentável, desde que a sua exploração seja feita com manejo adequado e conhecimento para que os resultados possam ser otimizados. E o melhor: é uma atividade que dá retorno financeiro e tem pouco investimento, sendo alternativa para a criação de ocupação, emprego e renda para as pessoas que fazem parte da agricultura familiar, principalmente porque o mel dessa abelha tem mais valor agregado e, portanto, é vendido a um preço maior no mercado”. 

Capacitação
O diretor de Administração e Finanças do Sebrae no Maranhão, Raimundo Nonato Correia, ressaltou que o Sebrae sempre acreditou no potencial de negócio da meliponicultura maranhense, apoiando os pequenos produtores da região na gestão, no manejo das colmeias e no acesso ao mercado.  “Agora, com  a Lei de Produtos Artesanais, sancionada pelo Governo do Estado este ano, a atividade poderá alavancar, com a possibilidade de criação de pequenas agroindústrias já que aos requisitos e a fiscalização por parte dos órgãos estaduais competentes serão mais brandos”.

Na Baixada Maranhense, a atividade começou a ser discutida há 15 anos. “E hoje vemos um avanço realmente significativo, tanto no manejo das colmeias quanto, principalmente, no conhecimento dos meliponicultores”, destacou João Batista Martins, diretor da 8ª Superintendência da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), que atua em 147 municípios do Estado que são recortados, também, pelas bacias do Itapecuru e Mearim, além do Parnaíba.

“A Codevasf potencializa as atividades econômicas, principalmente dos pequenos produtores do raio de atuação dessas bacias hidrográficas, com aporte de recursos, buscando a sustentabilidade do ponto de vista financeiro e técnico”, explicou o representante da empresa pública que também apoiou o evento. “Como promotora de desenvolvimento, a Codevasf não poderia ficar à parte, tendo em vista, ainda, a rede de parceiros institucionais que foi constituída aqui para que as discussões sobre a meliponicultura fossem possíveis”. 

Atividade sustentável
A apicultura inclui a criação, o manejo da abelha e enxames, a extração e a comercialização de mel e seus produtos.  A atividade consolidou-se através dos tempos, principalmente, a relacionada à criação da abelha com o foco na produção de mel que é vista como prática sustentável e que gera um produto de alto valor nutritivo.

Nos últimos anos, a atividade ganha destaque no mercado de comoditties e, segundo dados da Agência Brasileira de Promoção a Exportação e Investimentos (Apex Brasil), a exportação de mel em 2014 deve atingir a casa dos US$ 55 milhões – US$ 1 milhão a mais do total vendido no ano passado, quando o setor superou as expectativas em US$ 5 milhões. Além disso, o Brasil está entre os dez maiores produtores e exportadores do produto do mundo.

Com a criação das abelhas, além do mel, é possível explorar produtos como pólen apícola, geleia real, abelhas rainhas, cera, própolis e a apitoxina – que é o veneno das abelhas, que tem valor comercial por causa das propriedades anti-inflamatória, analgésica, antidepressiva, imunomoduladora, hipotensora e antitumoral.

Meio ambiente
De acordo com o Prof. Dr. Ricardo Camargo, especialista em abelhas da Embrapa Meio-Norte e um dos conferencistas do evento, as abelhas são eficientes polinizadoras e grandes aliadas da conservação do ambiente.

“É um componente essencial da biodiversidade e na polinização das flores, tendo um importante papel na conservação dos ecossistemas e no equilíbrio ambiental, porque possibilitam a perpetuação das espécies. Elas, ainda, são úteis para a agricultura, contribuindo na melhoria da qualidade da produção de frutas, legumes, grãos e hortaliças”, reiterou o especialista.

Dentre as abelhas nativas do Maranhão, as indígenas sem ferrão merecem um local de destaque, pois além de fazer parte da grande biodiversidade encontrada na região de transição entre a Amazônia, o semi-árido, o Planalto Central e o litoral produzem uma grande quantidade de mel e de alta qualidade. Dentre as espécies encontra-se o gênero Melípona e como a sua principal representante a abelha tiúba, tipicamente da Baixada Maranhense, de alta fertilidade, resistência e produtora de um mel diferenciado, o que agrega valor ao seu produto.


Vanda Pereira
Unidade de Marketing e Comunicação
Regional do SEBRAE em Pinheiro - Ma
Contatos: (98) 8118 0106
Sebrae - Pinheiro-Ma- (98) 3381- 2711