Cultura: indicação da professora Esther Marques gera polêmica
“O inferno está vazio. Todos os demônios estão aqui” (Shakespear)
Numa da mais polêmicas indicações feitas até aqui pelo governador eleito Flávio Dino (PCdoB), a professora Ester Marques será a secretária de Estado da Cultura a partir de 1º de janeiro de 2015.
Professora do Departamento de Comunicação da UFMA, formada em Comunicação, com mestrado em Comunicação e Cultura pela UNB, escritora, o nome de Esther Marques foi apresentado, desde a semana passada, a Flávio Dino com a chancela da deputada federal eleita Eliziane Gama (PPS).
Polêmica
No geral, o nome da professora Esther Marques foi bem recebido pela comunidade cultural do estado. Ela tem a vantagem de possuir trânsito em todas as correntes de pensamento no mundo artístico e cultural maranhense, e não possui uma “militância” partidária e/ou política orgânica, o que pode ajudar na hora de tocar sua gestão e os projetos para uma pasta tão importante para a cidadania como é o caso da Cultura.
Entretanto, a polêmica sobre o anúncio de Marques para a comandar a área da Cultura ficou por conta do fato dela ter votado em Gastão Vieira para senador e Roberto Costa para deputado estadual. Outra crítica feita é que o PPS não se sente contemplado pela indicação da professora.
Bom, quanto ao voto dado por Esther Marques nas eleições deste ano em candidatos alinhados ao grupo Sarney, demonstra que Flávio Dino não está movido por patrulhamentos políticos pueris na hora que aceita as sugestões de quadros feitas pelos aliados para a compor o seu governo. Ao menos neste aspecto parece que as mesquinharias provincianas não prevaleceram.
Insatisfações
Outra questão gerada a partir do anúncio do nomes da professora Esther Marques para a Cultura foi a suposta insatisfação do PPS, partido da deputada Eliziane Gama, não ter se sentido contemplado pela indicação. Pura bobagem.
Em primeiro lugar, Eliziane Gama é maior do que o PPS no Maranhão e ficou ainda maior com o resultado eleitoral quando a irmã saiu consagrada das urnas sendo a mais votada no estado e em São Luis.
Em segundo lugar, segundo apurou Bob Lobato, havia um acordo interno no partido onde a deputada Eliziane Gama faria a indicação por cota pessoal e o PPS faria a sua pela cota partidária.
Em segundo lugar, insatisfação por insatisfação até mesmo o PCdoB do governador eleito se encontra insatisfeito.
O partido de Flávio Dino ainda não se sentiu contemplado pelas indicações feitas, não professor Geraldo Castro?
Na própria Secretaria de Cultura, por exemplo, os comunistas esperavam que o cantor, compositor e poeta Joãozinho Ribeiro fosse o escolhido por Dino. E mesmo assim, uma eventual indicação de Ribeiro seria mais uma escolha pessoal do futuro governador do que propriamente do PCdoB, no sentido do que a “velha guarda” do partido continua chupando dedo por enquanto, não é professor Júlio Guterres?
Ah! Perguntem também para a banda do PT que apoiou a candidatura de Flávio Dino se está satisfeita com os anúncios feitos por Flávio Dino, não é Márcio Jardim?
Enfim, a indicação da professora Ester Marques não se trata de um ato meramente político e muito menos significa que Eliziane Gama esteja planejando algo para 2016 através da Secretaria de Cultura.
Todas as indicações anunciadas pelo governador eleito atendem, em primeiríssimo lugar, aos seus critérios