Jornalismo com seriedade

domingo, 29 de novembro de 2015

POESIA DE LUTO – Nossa homenagem a Nauro Machado…



POESIA DE LUTO – Nossa homenagem a Nauro Machado…






 O poeta e escritor maranhense Nauro Machado faleceu, na madrugada deste sábado (28), no Hospital UDI, em São Luís, onde se encontrava internado desde a última terça-feira (24), após realizar uma cirurgia no intestino, deixando a poesia e a cultura de luto. Considerado o maior poeta do Maranhão da atualidade, ele estava com 80 anos e deixa uma obra literária insuperável que vai ficar eternizada na história da literatura maranhense e brasileira.
Filho de Torquato Rodrigues Machado e Maria de Lourdes Diniz Machado, ele foi casado com a também escritora Arlete Nogueira da Cruz. Poeta autodidata com vasto conhecimento em artes e filosofia, comparado por alguns críticos a Fernando Pessoa, era original por ser poeta universal entre seus contemporâneos mais imediatos, como Ferreira Gullar, Lago Burnett, José Chagas e Bandeira Tribuzi.
Se Gullar discute a própria forma poética, Nauro Machado questiona a própria essência e destinação do ser humano, sem deixar de cultivar uma linguagem poética e uma técnica de versos exemplares. Sua obra apresenta traços de reflexão existencial angustiada e violenta que encontra poucas comparações na lírica de língua portuguesa.
Exerceu diversos cargos em órgão públicos entre eles, Detran e Emater, e também na Secretaria de Cultura do Estado do Maranhão. Foi casado com a também escritora Arlete Nogueira da Cruz.
Poesia
Uma das marcas do poeta Nauro Machado era retratar o cotidiano maranhense com simplicidade e liberdade poética. Sempre viveu em São Luís, ausentando-se apenas por breves períodos, sobretudo para o Rio de Janeiro para publicar boa parte de suas obras. No entanto, grande parte de sua vida Nauro dedicou à sua grande paixão, a poesia.
Recebeu diversos prêmios, dentre eles Academia brasileira de letras e da União brasileira de Escritores; teve varias de suas obras traduzidas para o alemão, francês e inglês.
Em novembro de 2014 publicou um livro, com o título: “Esôfago Terminal”, cujas poesias remetem a dor e a superação da sua luta contra o câncer.
Em outubro de 2015 recebeu o título de “Doutor Honoris Causa”, concedido pelo Reitor da Universidade Federal do Maranhão,
Em novembro de 2015 lançou seu último livro em vida: “O baldio som de Deus”. Na ocasião revelou ter cinco livros prontos, ainda não publicados.
ALGUMAS POESIAS DE NAURO MACHADO:
CALENDÁRIO
Tomaste parte em nenhuma outra guerra.
Não perdeste pés ou mãos dentro desta.
Não abriste túmulo em nenhum lugar.
Nada quiseste além dos teus haveres.
Teu país de bois na aurora plantados,
levou-o o tempo na usura do ocaso.
Fizeste nada sábado, domingo,
segunda, terça, quarta, quinta e sexta.
Igual a todos, somaste semanas,
Unindo a noite ao dia e o dia às noites.
Escuta: o tempo passa! E o teu passou.
Passou o bonde, o colégio, a criança.
Já o adulto vai-se: está chegando ao fim
como um ronco doído em cosa podre,
como um enlatado para ninguém.
Made in Brazil. Tonel à água lançado
No porto noite. Minha família! Ó alma.
Masmorra Didática, 1979
FILA INDIANA
Um atrás do outro, atrás um do outro,
ano após ano, ano após outros,
minuto após minuto, século
após séculos, continuam
(a conduzir seus madeiros
na perícia dos próprios dramas).
um após do outro, atrás um do outro,
anos após ano, ano após outros,
minuto após minuto, século
após séculos, e de novo
um atrás do outro, atrás um do outro,
até a surdez final do pó.

“Deputado Othelino Neto em mais uma tentativa de calar o Blogueiro Willian Redondo”.



Deputado Othelino Neto em mais uma tentativa de calar o Blogueiro Willian Redondo”.

Ah, a censura! Sempre ela… Desfilando sua feiúra pelas relações entre os que trabalham com comunicação e os afetados por este. Segundo o dicionário on line dicio.com.br, a palavra censura quer dizer: Ação de controlar qualquer tipo de informação, geralmente através de repressão à imprensa; Ação ou poder de recriminar, criticar ou repreender. Baseado nessa explicação, podemos chegar a conclusão de que o nosso blog e o blog do  William Redondo de Pinheiro-MA estão correndo sério risco de virarem vítimas da bendita censura ou bandidagem.
Mas quem seria ou seriam os interessados nisso? Bom… após ter ordenado que impedissem a entrada de alguns blogueiros no comitê da imprensa da Assembleia Legislativa do Maranhão em março 2015 deste ano como bem publicamos na época, o Deputado Estadual, economista e jornalista Othelino Neto ainda não se deu por satisfeito.
Recentemente este blog que vos informa  o blog do colega William Redondo de Pinheiro-MA , receberam uma notificação do Ministério Público do Maranhão (15ª Promotoria de Justiça Criminal da Capital) através de uma queixa-crime feita por Othelino Neto, de que estaríamos infringindo o artigo 138 do Código Penal brasileiro contra ele e que essa situação precisa ser apurada. Certo! Que seja apurada então. Agora vamos lá! O que fica no ar é: por que o que seria “calúnia” (segundo o artigo 138), incomoda tanto a ponto de uma tentativa de calar os blogs? Será se os blogs políticos só servem para puxar saco e noticiar o lado positivo da coisa? Não, senhoras e senhores! Os canais de comunicação servem também para expor o lado feio das histórias de contos de fadas contadas por alguns políticos. O povo, os leitores e eleitores tem direito ao acesso à informação e fica a critério de quem lê acreditar ou não. Agora querer calar a imprensa é de uma covardia sem tamanho. Principalmente vinda de um cidadão que já respondeu vários processos na justiça e já há uns anos vem acumulando escândalos na sua coleção de deslizes. Quem quiser é só pesquisar no Google que irá encontrar bastante material bem interessante sobre este deputado. Ora, quer que a imprensa pare de falar o que considera negativo? Pois faça coisas positivas, trabalhe muito pelo povo e pelo Estado, pare de se envolver em escândalos, pare de tentar calar quem não concorda com você, eleve o nível de atuação como parlamentar e deixa a imprensa trabalhar em paz.