Jornalismo com seriedade

sexta-feira, 25 de dezembro de 2015

R$ 42,8 milhões dos Diques da Baixada vão para cidade onde PCdoB disputa prefeitura




Governador do Maranhão cancelou verba para projeto que beneficiaria população de 11 municípios. Dinheiro será aplicado em infraestrutura em São João dos Patos
 FONTE: ATUAL 7


O governador Flávio Dino (PCdoB) acabou antecipadamente com o Natal da população de 11 municípios do Maranhão ao retirar R$ 42,8 milhões que seriam utilizados nas obras do projeto Diques da Baixada Maranhense - uma das microrregiões mais pobres do Maranhão -, e remanejá-los para o setor de infraestrutura do município de São João dos Patos, onde o PCdoB, partido do governador, tentará tomar a prefeitura nas eleições de 2016 por meio do vereador neo comunista Jardel Miranda, o Tio Jardel.
Reprodução Mudança? Tio Jardel, que articulou as Escutas Territoriais para as prioridades de investimentos do Orçamento Participativo 2016 disputará a Prefeitura de São João dos Patos no mesmo ano

De acordo com publicação no Diário Oficial do Estado do dia 3 de dezembro, Dino decidiu cancelar a dotação orçamentária que seria utilizada para “Construção e Melhoramento de Diques e Barragens” e repassar esse valor para a “Ampliação da Integração dos Municípios por Rodovia – Viva Maranhão, no Município de São João dos Patos”, onde o secretário de Assuntos Políticos e Federativos, Márcio Jerry Barroso, esteve no início de outubro, para evento de filiação do pré-candidato patoense.
Tio Jardel, inclusive, está licenciado do parlamento municipal desde meados de março deste ano, quando passou a comandar a Superintendência de Articulação Regional de São João dos Patos, cargo que curiosamente tem relação com as movimentações do Orçamento do Estado.
Diques da Baixada Maranhense
Os Diques da Baixada Maranhense são obras de engenharia que, se um dia saírem do papel e de promessas eleitoreiras, permitirão a contenção de água doce nos campos naturais durante a estação chuvosa, retardando o seu escoamento para o mar sem alterar as cotas máximas naturais de inundação. Além de servir ao consumo humano da população do entorno, essa água ampliará o período de pesca artesanal, matará a sede das criações animais, poderá ser usada em agricultura familiar irrigada, pastagens irrigadas para pecuária leiteira, circulação de canoas, e ainda abrir a possibilidade do uso do dique para tráfego leve, como bicicleta, motocicletas e carroças.
Apesar do governador do Maranhão não ter dado prioridade ao projeto, a importância dessa retenção da água da chuva é perfeitamente explicada quando se conhece o grande alcance social e o impacto positivo que os Diques da Baixada Maranhense podem proporcionar, se construídos.
É que, com os R$ 42,8 milhões que Flávio Dino retirou do projeto para usar em obras de infraestrutura no município onde Tio Jardel disputará a prefeitura, o Governo do Maranhão poderia finalmente iniciar as obras que propiciarão a redenção da população de Bacurituba, Cajapió, Matinha, Olinda Nova do Maranhão, São Bento, São João Batista, São Vicente Ferrer, Viana, Arari, Cajari e Vitória do Mearim, quer matando a sede dos adultos, jovens, crianças e até dos animais, quer por meio de novas alternativas de trabalho e renda que seriam naturalmente criados.

AS BELEZAS DO MARANHÃO



AS BELEZAS DO MARANHÃO


Barreirinhas (Maranhão)

Você está no meio de um deserto. O sol é forte e o vento constante joga a areia branca contra o seu corpo cansado e suado, mas calma: atrás de cada uma das dunas à sua frente há um oásis. Aliás, nesse amontoado de dunas brasileiro conhecido como Lençóis Maranhenses existem cerca de 5.000 oásis, ou lagoas formadas graças ao acúmulo da água das chuvas que caem na região de janeiro a junho e fazem o período de maio a agosto a melhor época para visitá-la.
Descoberta apenas na década de 1970 durante uma expedição da Petrobras, a região das lagoas cercadas por areia compõe desde 1981 uma área de proteção ambiental de 155.000 quilômetros quadrados. A visitação organizada ao local, contudo, só se estabeleceu de fato no ano 2000, e o pouco tempo de atividade turística garante ao Parque Nacional Lençóis Maranhenses um aspecto de região quase intocada pelo homem.
A depender do passeio escolhido, o viajante pode inclusive manter contato com povoados e famílias que habitam a região há séculos, vivendo praticamente do mesmo jeito que seus ancestrais. Durante essas viagens, que podem durar até cinco dias em caminhadas por dentro do parque nacional, os turistas comem com os locais e dormem em suas casas, a maioria delas feita ainda hoje de palha, e tudo a preços muito baixos.
O pouco tempo de turismo na região tem seus contratempos, contudo. O principal ponto de acesso ao parque atualmente é a cidade de Barreirinhas, que fica a quatro horas de carro da capital do Maranhão, São Luis, e cujo trajeto pode ser feito por vans e ônibus de empresas locais. A estrada para a localidade não está em condições perfeitas e a cidade, assim como grande parte da população do Maranhão, um dos estados com o povo mais pobre da região Nordeste, é muito humilde — os grandes destaques arquitetônicos da localidade são mesmo as dunas, que mudam de forma e posição constantemente, devido à ação do vento. Mesmo assim, a cidade oferece várias pousadas e até resorts, para quem estiver disposto a gastar mais com a hospedagem.
A julgar pela promessa do governador Flávio Dino (PCdoB), o acesso aos Lençóis Maranhenses deve ser facilitado nos próximos anos, com infraestrutura que permita chegar ao parque por outras cidades — as obras viárias realizadas ao longo da estrada que leva ao parque nacional são prova disso. Até lá, a referência é Barreirinhas, de onde se pode optar por passeios longos, de alguns dias, ou curtos, de quatro horas, durante as quais os turistas percorrem seis quilômetros do parque a pé, com pausas para banhos nas lagoas — os mais corajosos podem desafiar dunas de até 40 metros de altura, que exigem o auxílio de cordas para serem vencidas.
Mais água
Apesar de ser famoso por suas dunas e lagoas, o Parque Nacional Lençóis Maranhenses tem mais para oferecer do que a fotogênica combinação de areia branca e água límpida. Depois de conhecer a parte mais renomada da região, o turista pode passear de barco pelo rio Preguiças, que recebeu esse nome por correr muito devagar, por conta do trajeto sinuoso que percorre — outra explicação (e os maranhenses têm várias explicações e lendas sobre a fauna e a flora do lugar para contar) atribui o nome aos bichos-preguiça que costumavam povoar o redor do rio. O percurso feito pelas lanchas costuma durar seis horas, durante as quais o turista tem contato com o artesanato locale pode aproveitar passeios de quadricículo pelas dunas e pratos regionais, feitos à base de peixes e camarão, preparados por moradores das comunidades que habitam o entorno do rio.
Para os desportistas, também há espaço para a prática de kitesurf, windsurf, stand up paddle e boia-cross, em que os mais corajosos descem o rio Formiga em boias. Boa parte dessas atividades, inclusive o passeio pelas dunas, pode ser feita por conta própria, já que as entradas do parque não são bloqueadas, nem se cobra ingresso. Os guias locais alertam, entretanto, para o risco de se aventurar sozinho em meio à vegetação. Os maranhenses são muito solícitos e provavelmente vão ajudar o turista perdido, mas boa parte do parque nacional é inóspita e, principalmente depois que o sol se pôs, exige muito conhecimento da região para a locomoção. As histórias sobre os destemidos forasteiros que se perderam em voo solo acabam incorporadas ao repertório dos sempre simpáticos guias. Porque, no Nordeste, o viajante pode até se perder, mas a piada, nunca.

Pesquisa Exata: População de São Luís rejeita candidatura de Roseana




Os dados do Instituto Exata sobre a sucessão municipal na capital, publicados ontem (22), revela que a população de São Luís ainda guarda vivo na memória as péssimas administrações de Roseana Sarney (PMDB) no Governo do Maranhão.
A ex-governadora, detentora de quatro mandatos, sendo um fruto do golpe judicial que cassou Jackson Lago, em 2009, lidera o ranking da rejeição. Segundo o Exata, Roseana possui 50% de rejeição.
Os índices são perfeitamente justificáveis, afinal, Roseana passou seus governos massacrando a população de São Luís. Não construiu uma única obra na capital e ainda recusou a parceria proposta pelo prefeito Edivaldo para resolver os problemas mais urgentes da cidade.
Em quatro mandatos de Roseana Sarney (1995/1998; 1999/2002; 2009/2010 e 2011/2014), a população maranhense padeceu com muita miséria, atraso e retrocesso, resultado das administrações desastrosas do clã Sarney. Nesse longo tempo de desgoverno, Roseana deixou 2 milhões de maranhenses abaixo da linha de miséria (renda per capita de R$ 70 por mês); 64% da população passando fome; as três piores cidades em renda per capita – das 100 cidades com pior IDH, 20 são do Maranhão; 6,5% dos municípios maranhenses com rede de esgoto; e dos 15 municípios brasileiros com as menores rendas, segundo o IBGE, dez situados no Maranhão (é o estado brasileiro com maior percentual de miseráveis). O Maranhão tinha, em 2012, governado por Roseana Sarney, a segunda maior taxa de analfabetismo de jovens e adultos, com 20,8% da população de 15 anos ou mais sem saber ler e escrever e altas taxas de mortalidade infantil. O estado, nas gestões da filha do ex-senador José Sarney, viveu seus piores momentos, foram dias maus de fome, insegurança, desemprego, ciclo aterrorizante encerrado com a saída de Roseana do Palácio dos Leões em 2014.
Durante seus governos, o Maranhão foi apresentado ao país como celeiro de corrupção, onde malas de dinheiro de desvios na Petrobrás, segundo depoimento de ex-diretores da companhia, eram entregues no Palácio dos Leões a assessores diretos da governadora Roseana Sarney. Somente o precatório da Constran, conforme o doleiro Alberto Yousseff, teria rendidos alguns milhões à quadrilha que se instalou no Palácio dos Leões. A população de São Luís e de todo Maranhão não quer a volta disso