Jornalismo com seriedade

sábado, 19 de novembro de 2016

João Alberto vê favoritismo de Roseana em 2018 (A piada da semana anunciada pelo Senador Carcara)

Em entrevista concedida ao jornalista e blogueiro Marco Aurélio D'Eça, o senador João Alberto de Souza (PMDB) vê com otimismo o futuro político-eleitoral do chamado grupo Sarney nas eleições de 2018.

Para ele, a população não se envolveu emocionalmente com o projeto do governador Flávio Dino e espera uma liderança capaz de fazer o contraponto nas próximas eleições. E João Alberto não tem dúvidas de que o melhor nome do grupo é mesmo a ex-governadora Roseana Sarney (PMDB), dona de carisma e força eleitoral sem precedentes.

“Roseana é o único nome com força para barrar Flávio Dino em 2018. Ela tem o carisma que Dino não tem; e é conhecida eleitoralmente em cada canto deste Maranhão. Ela só precisa deixar a zona de conforto e encarar o contraponto ao projeto comunista”, defendeu o senador do PMDB.

Na avaliação de João Alberto, os dois anos de governo Flávio Dino e o fracasso do comunista nas eleições municipais deixam claro que o seu grupo tem potencial para retomar o poder em 2018.

“Tenho feito política semanalmente no Maranhão. E converso com lideranças de todo o Maranhão. Há um caminho aberto que precisa ser ocupado”, ponderou.

Mas o senador entende que só com a presença pública de Roseana o projeto pode se consolidar.

Com relação às vagas de senador pelo Maranhão – ele e Edison Lobão (PMDB) encerram o mandato em 2018 – João Alberto vê todas as possibilidades em aberto, tanto para o governo quanto para a oposição.

“Não vejo nomes consolidados. Todos os nomes postos têm chances de se viabilizar, um mais outro menos. Vai depender das chapas formadas para a disputa”, avaliou.

Até agora, embora seja a única adversária da oposição  com chances de vencer Flávio Dino, Roseana ainda não falou se entra ou não na disputa de 2018


Empresa fantasma ‘capacita’ professores de São João Batista

Em meio a uma crise financeira, o vice-prefeito de São João Batista, Fabrício Costa Correa Júnior, o Júnior de Fabrício (PPS), que está no comando do Município de forma interina, contratou por dispensa de licitação, uma empresa de fachada para realizar a capacitação dos professores, por meio de formação continuada. A empresa contratada foi a GCT – Gestão Consultoria e Treinamento. Até agora a Prefeitura ainda não divulgou no Diário Oficial do Estado (DOE) qual valor foi pago à empresa, mas, o blog já está buscando essa informação e em breve vai revelar os detalhes da negociação.
Segundo informações, o contrato teve o objetivo de “aprimorar os conhecimentos dos docentes”. Além disso, a formação continuada de professores serve como uma questão fundamental nas políticas públicas para a educação.

No endereço informado à Receita Federal, existe na verdade, uma residência, com nenhuma característica que sequer lembre o funcionamento de uma empresa responsável por esse tipo de serviço.
No imóvel onde deveria funcionar a Consultoria não existe nenhuma placa que a identifique e, também não vimos movimentos de funcionários. É apenas uma residência, localizada na Rua Dois, Quadra J, Nº 13, Alto do Calhau, em São Luís – MA.

Detentora de um capital social de R$ 20 mil reais, a GCT está registrada em nome de Albiane Oliveira Gomes. O blog apurou que Albiane Gomes se formou em Pedagogia pela Universidade Federal do Maranhão, em 2003. Ela possui vários vínculos empregatícios com prefeituras e instituições privadas.
A Prefeitura de São João Batista enfrenta uma situação financeira grave. Desde que Júnior de Fabrício assumiu o Município os gastos com a folha de pagamento passaram a ser maior do que a verba recebida pelo Município, o que resultou em paralisação de obras e constantes atrasos de salários.

MAIS DENÚNCIA

Estamos apurando se o prefeito interino utilizou empresa fantasma para comprar notas fiscais com objetivo de justificar gastos de serviços para poder desviar os recursos recebidos pelo Ministério da Educação. Além disso, o blog vai trazer na próxima matéria os vínculos empregatícios suspeitos da professora Albiane Gomes com órgãos do setor público.

Prisão de Cabral abala o Planalto por mirar no PMDB


Governo teme que a Lava Jato se aproxime de auxiliares mais próximos do presidente Michel Temer ao avaliar que partido virou a bola da vez

BRASÍLIA - A prisão do ex-governador do Rio Sérgio Cabral provocou no Palácio do Planalto a sensação de que a Lava Jato agora mira no PMDB e pode chegar muito perto de auxiliares do presidente Michel Temer.

O receio do governo é mais com o que está por vir - na esteira da delação do empresário Marcelo Odebrecht, preso desde junho de 2015 em Curitiba - do que com o que foi revelado até hoje pelos investigadores.

No Planalto, a avaliação é de que o PMDB virou a bola da vez da Lava Jato, depois do PT. A preocupação agora é com um possível ambiente de instabilidade política, que tende a prejudicar negócios, afugentar investimentos e a afetar ainda mais a recuperação da economia. 

Embora Cabral não seja próximo de Temer, sempre foi um nome de peso no PMDB e, no passado, chegou a ser mencionado como possível candidato a presidente da República. Causa apreensão no Planalto, ainda, a ligação do ex-governador com o secretário do Programa de Parcerias de Investimentos, Moreira Franco, e também com Jorge Picciani, presidente da Assembleia Legislativa do Rio e pai do ministro do Esporte, Leonardo Picciani (PMDB-RJ).

Adversários comemoram prisão de Cabral
O porta-voz da Presidência, Alexandre Parola, afirmou nesta quinta-feira que Temer confia plenamente em Moreira Franco. Na prática, porém, há tensão no Planalto. Antes mesmo de ser preso, o presidente cassado da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ) repetiu que Moreira Franco não resiste a uma investigação. 

Questionado sobre a prisão de Cabral, Moreira Franco não quis comentar. Assim também agiu o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O presidente do PMDB, Romero Jucá (RR), disse que a prisão de Cabral não atinge o partido. “É algo restrito.” Jucá assumiu nesta quinta-feira o cargo de líder do governo no Congresso, seis meses após ter sido obrigado a deixar o comando do Ministério do Planejamento. Ele caiu porque foi flagrado em gravação dizendo que era preciso “estancar a sangria” da Lava Jato. Para ele, seria “injusto” antecipar qualquer julgamento em relação a Cabral.

Renan Calheiros será investigado em novo inquérito por movimentação de R$ 5,7 milhões

Procedimento foi aberto em fevereiro, mas só agora foi definido ministro relator do caso, o 12º contra o presidente do Senado na corte

BRASÍLIA - O ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a abertura de um novo inquérito para investigar o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL). O pedido de abertura de inquérito foi encaminhado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) à Corte em fevereiro, mas houve demora na definição de quem seria o ministro relator responsável pelo caso. Com isso, Renan é oficialmente investigado em 12 casos – sendo que em um já há denúncia oferecida.

Em despacho desta sexta-feira, 18, Toffoli autorizou a realização de diligências solicitadas pela PGR. Os investigadores querem mais informações sobre uma movimentação financeira de R$ 5,7 milhões de Renan, considerada incompatível com a renda do parlamentar. 

O caso tramita em segredo de Justiça no STF. A partir da abertura do inquérito, Polícia Federal e Ministério Público podem fazer diligências de investigação como pedir novos depoimentos e solicitar quebra de sigilo bancário. Renan se torna investigado, neste caso, pelos crimes de peculato e lavagem de dinheiro.

A movimentação financeira suspeita foi identificada no curso de outra investigação, pela qual Renan já foi denunciado ao STF por uso de documento falso e peculato. Na época, em 2007, o senador foi alvo de investigação por recebimento de propina para pagamento de despesas pessoais. Segundo a apuração a construtora Mendes Júnior teria arcado com a pensão de uma filha em relacionamento extraconjugal do peemedebista com a jornalista Monica Veloso.

Na ocasião, o peemedebista apresentou ao Conselho de Ética no Senado recibos de venda de gado em Alagoas para comprovar um ganho de R$ 1,9 milhão – as notas foram consideradas frias pela Procuradoria. O escândalo fez Renan renunciar à presidência do Senado em 2007, mas a denúncia ainda não foi analisada pelo STF. O caso foi recentemente liberado pelo ministro Edson Fachin para o julgamento, no qual os ministros do Supremo terão de decidir se tornam Renan réu em ação penal. Até o momento, a denúncia não entrou na pauta de julgamentos do plenário.

Durante as investigações, procuradores e Polícia Federal identificaram a movimentação financeira suspeita e pediram a abertura de uma nova frente de investigação. Inicialmente, o caso foi encaminhado a Fachin, relator da denúncia contra Renan no STF. Investigadores consideram que os dois casos são desdobramentos de uma mesma situação, apesar de oriundos de fatos diferentes. No STF, no entanto, o inquérito foi redistribuído para Dias Toffoli.

A assessoria de Renan Calheiros informou por meio de nota que o senador "já esclareceu todos os fatos relativos a esta questão e é o maior interessado no esclarecimento definitivo do episódio". "Senador lembra ainda que foi o autor do pedido de investigação das falsas denúncias  em 2007, há quase dez anos", conclui a nota da assessoria do peemedebista.

Investigações
Além das duas apurações que remontam ao escândalo da propina envolvendo despesas pessoais de relacionamento extraconjugal, Renan é alvo de oito inquéritos no âmbito da Operação Lava Jato, incluindo a investigação por suposta formação de quadrilha para montar o esquema de corrupção na Petrobrás. Além disso, o presidente do Senado é alvo de um inquérito no âmbito da Operação da Zelotes e de mais um por suposto recebimento de benefícios indevidos por desvio nas obras da usina de Belo Monte.


Em fevereiro, quando a PGR pediu a nova investigação ao Supremo para apurar a movimentação financeira de 5,7 milhões, Renan afirmou que o inquérito era um filme “velho e repetido” e disse ter interesse em “esclarecer” os fatos

Lobão e a propina de Belo Monte: empresário admite assinatura de contratos de fachada para pagamentos ao ex-ministro


O objetivo dos contratos, de R$ 2 milhões, era devolver os recursos em dinheiro em espécie, que seriam usados pela Camargo para os pagamentos a Lobão.
Caça ao lobo

Um depoimento obtido pela Polícia Federal está ajudando a fechar o cerco da propina de Belo Monte ao ex-ministro Edison Lobão (PMDB-MA). 

Pela primeira vez, o empresário Fernando Brito, dono da empresa AP Energy, admitiu que assinou contratos de fachada com a Camargo Corrêa. 

O objetivo dos contratos, de R$ 2 milhões, era devolver os recursos em dinheiro em espécie, que seriam usados pela Camargo para os pagamentos a Lobão. 

“Ficou acertado que o objetivo da transferência de valores da Camargo Corrêa à AP Energy era de que fosse feito ‘dinheiro vivo’, o qual deveria retornar à própria Camargo Corrêa”, afirmou Brito.

Ele confessou ficar com 8% dos contratos com a Camargo, mas disse não saber que a propina era para Lobão. O ex-ministro tem negado as acusações