A aeronave apreendida pela
Polícia Federal (PF) na 2ª e 3ª fase da Operação Sermão aos Peixes, nesta
quinta-feira (06) que investiga o desvio de verbas da Saúde do Maranhão,
pertencia ao deputado estadual Antônio Pereira, do DEM.
O parlamentar é o dono oculto da
Bem Viver – Associação Tocantina para o Desenvolvimento da Saúde, criada em
novembro de 2006, localizada na Avenida Dogival Pereira de Sousa, em
Imperatriz.
A Bem Viver junto com o ICN foram
as entidades que mais faturaram na Saúde durante os governos da ex-governadora
Roseana Sarney, na gestão do
ex-secretário Ricardo Murad.
No período do auge financeiro da
Bem Viver, o deputado Antônio Pereira chegou a adquirir o avião. Segundo apurou
o blog, o parlamentar pagou pela aeronave o equivalente a R$ 1,5 milhão.
Fora esse, o patrimônio do
deputado quadruplicou na época do derrame de dinheiro público com meio de
contratos bilionários com o Governo do Estado, através da Secretaria de Estado
da Saúde – SES.
Tudo era maquiado como sendo
destinados para manutenção e funcionamento de hospitais, UPAs e outras
atividades. A Bem Viver, de Pereira, recebeu
repasses bilionários para também promover a reforma de hospitais que
jamais foram concluídas.
Pelas informações apuradas, o
avião bimotor modelo Beechcraft, foi vendido em novembro do ano passado após o
deflagar da primeira fase da operação por pouco menos de R$ 500 mil, quando o
preço da aeronave custa na verdade, algo em torno de 1,5 milhão, pelo valor de
mercado.
Documentalmente, o avião pertence
ao Centro Oncológico Brasileiro Ltda (COBRA), empresa localizada na Rua Ceará,
no Centro de Imperatriz, cidade onde também reside o deputado Antônio Pereira.
Operação
A segunda fase, denominada
Operação Abscôndito, as investigações identificaram que o grupo criminoso agiu
no sentido de destruir e ocultar provas, incluindo a venda suspeita da aeronave
objeto de decisão judicial, após o possível vazamento da Operação Sermão aos
Peixe em 16/11/2015.
A outra fase da Operação,
Voadores, apurou o desvio de cerca de R$ 36 milhões de reais através do
desconto de cheques e posterior depósito nas contas de pessoas físicas e
jurídicas vinculadas aos envolvidos, incluindo o saque de contas de Hospitais.
Os investigados serão indiciados
pelos crimes de embaraço à investigação de infração penal que envolva
organização criminosa, de peculato e de lavagem de capitais